quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Agnelo já está sendo chamado de “O Trapalhão do Planalto”

Nunca antes na história do Distrito Federal um governo foi tão pastelão como o do ex-comunista e neopetista Agnelo Queiroz. Há exatos 90 dias, o Jornal Opção e outras publicações vêm mostrando o quanto esta gestão é desastrosa e perdida como uma mula sem cabeça, sempre repetindo que a herança maldita deixada pelos antecessores emperrava e não permitia avanços. De repente, a verdade veio à tona, subiu à superficie como destroços de um naufrágio.

Escândalo, gestão temerária, cabide de empregos e farra nas festas promovidas pelas administrações regionais compunham o quadro fantasmagórico do “Construindo um Novo Brasil”, tendência predominante no governo de Agnelo.

Um governo que não sabe para onde ir, sem estratégia de desenvolvimento ou soluções para os graves problemas de mobilidade urbana, infraestrutura, regularização de condomínios e sem a menor noção de segurança pública, não tem como dar certo. Somam-se aos graves problemas grupos liderados por uma esquerda sedenta de poder e ávida para avançar sobre o quintal da viúva chamado Estado, corroendo o que sobra da opulência doada pelo contribuinte via governo federal. Na cabeça dessa gente, o Estado tudo pode. É um saco sem fundo, onde sempre está sobrando grana para mordomias, gastos supérfluos e viagens internacionais todas as semanas. E toma verba secreta, cartões recreativos e vinhos caros. Este é o triste retrato em que está emoldurado o Distrito Federal.

De repente, mais denúncias contra uma administração que pregava, nas reuniões políticas e comícios, “o fim da corrupção e do desmando na gestão pública”. Que ironia do destino, principalmente os brasilienses, que estão perdendo, além da paciência, a esperança de dias melhores. O rosto das pessoas e a expressão que fazem quando se pronuncia a palavra “governo de Agnelo” não deixam dúvidas quanto ao enervante cansaço com a bagunça generalizada que o PT instalou no Distrito Federal.

Agnelo já não sabe como se proceder em meio ao caos produzido por ele. Não é só pelo fato de estar em meio ao furacão da Operação Monte Carlo, mas devido à sua incapacidade de liderar uma equipe e sinalizar rumos, arbitrando demandas como a dos professores em greve e a PM com a enervante Operação Tartaruga. Atrapalhado, manipulado por inúmeros luas pretas encastelados na mesa do poder, ditando ordens que nem eles mesmos cumprem só para exercitar a vaidade que tanto sonharam: assumir o GDF. Este projeto de demolição de tudo o que foi construido em gestões anteriores demonstra bem a incapacidade de se manter este governo sob o manto da estrela vermelha. São tão evidentes as indecisões desse governo de Agnelo que empresários já não acreditam numa recuperação econômica do DF, tamanho o desprezo sem limites que a turma do governador tem pelos cidadãos.

Um gestor que logo no primeiro ano de governo briga com dois senadores eleitos pelo mesmo conjunto de forças que o elegeu, não pode ser considerado um político habilidoso. Como desprezar o voto de dois senadores, sendo um deles ex-governador e uma das figuras mais veneradas pela classe média brasiliense, Cristovam Buarque? Só mesmo um trapalhão político, como está sendo definido nos corredores do Congresso e no Palácio do Planalto o governador do DF.

Nem mesmo os emissários históricos enviados por Agnelo demoveram Cris­tovam de romper definitivamente com o Buriti. No final da semana passada, foi a vez do sena­dor Rodrigo Ro­llemberg dar ade­us ao governo de Agnelo. Até o Pa­lácio do Pla­nalto já mandou re­cados: “Agora é por sua conta”, teria dito uma figura com vis­ta privilegiada da Esplanada dos Ministérios.

O PT nacional não sabe mais como “enquadrar” Agnelo no figurino ideológico da corrente Construindo um Novo Bra­sil. Resta saber até quando a Ope­ração Monte Carlos vai mantê-lo só nas especulações. Ca­beças mais sensatas e pensantes do PT nacional já estão cha­mando Agnelo de “O Trapalhão do Planalto”.

Fonte: Jornal Opção por Wilson Silvestre

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