segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Nem o PT mostra interesse em livrar a pele de Agnelo

A cúpula do PT nacional emite sinais de que está ficando complicado limpar a área do governador Agnelo Queiroz. Desde o episódio da famigerada videoteca de Durval Barbosa, ainda na campanha para chegar ao Buriti quando Agnelo assistiu parte da coleção do delator, as cabeças pensantes do petismo nacional tem socorrido Agnelo. “Ele tem sido uma tremenda dor de cabeça e pode comprometer a estratégia do PT em 2014, ano crucial para ampliarmos nossa base política, principalmente no Distrito Federal, uma das sedes mais importantes da Copa do Mundo no Brasil”, confidencia uma fonte próxima ao Palácio do Planalto. Comenta-se que a presidente Dilma Rousseff jogou a toalha e entregou o destino de Agnelo para o diretório nacional do PT administrar. ...

Com esta nova descoberta da CPI mista do Cachoeira, de que Agnelo teria pago R$ 7,5 mil ao policial João Dias Ferreira na mesma época em que o PM a­meaçava delatar um esquema de desvio de recursos em convênios do Ministério do Esporte, o governador vai para as cordas do ringue. “As transferências — três depósitos de R$ 2,5 mil — ocorreram nos dias 1º de fevereiro, 4 de março e 31 de março de 2008, na época em que Agnelo era ministro do Esporte”, conforme relata o senador Álvaro Dias em seu blog.
“Agnelo parece que perdeu o interesse pelo futuro político dele. Em plena crise política na sua base de sustentação, acusação no STJ, greve na Polícia Civil e ele, simplesmente viaja com seus diletos amigos”, desabafa revoltado um militante histórico do PT. Realmente não dá para compreender a lógica do governador. Se ele realmente pensa em disputar a reeleição, esta é a hora para tentar passar uma borracha nas manchas obscuras de seu currículo. Caso contrário, ele entra para a história política do Distrito Federal pela porta dos fundos. “Que legado Agnelo vai deixar para as gerações futuras?”, questiona o histórico militante.
Por Wilson Silvestre
Fonte: Jornal Opção - 27/08/2012

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