quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sobraram só três pontos da reforma


Integrante da comissão especial que prepara a reforma política, o deputado brasiliense José Antônio Reguffe convenceu-se de que só três pontos dela têm alguma chance de aprovação. Pela ordem, são a coincidência de mandatos, deixando-se de ter eleições a cada dois anos; algum tipo de financiamento público de campanhas; e o fim das coligações para eleições proporcionais.

Opção preferencial pelos políticos

Esses três pontos têm algo em comum. Interessam muito mais aos políticos do que à população. São os políticos que se impacientam com os gastos excessivos a que devem fazer frente de dois em dois anos. São eles também, em especial os caciques partidários, que adorariam contar com uma injeção de recursos do Tesouro, vindos dos impostos pagos pela população, para sustentar as campanhas. O fim das coligações, enfim, ajudaria as grandes legendas, ao dificultar a vida dos partidos nanicos, ainda que sem inviabilizá-los. ...
Que ao menos cheguem ao plenário

A principal reivindicação de Reguffe, como integrante da comissão de reforma política, é conseguir que todas as principais propostas feitas - e não apenas essas três - sejam levadas a plenário para deliberar. “Se as propostas contidas nas reformas não passarem, faz parte da democracia, mas ao menos devem ser discutidas e votadas”, avisa Reguffe.

Para que serve um presidente

Nesse ponto, o deputado brasiliense deixa uma pista sobre seu voto para presidente da Câmara. “Hoje”, ensina, “o principal papel de um presidente da Mesa é decidir o que será votado pelos deputados”. Cabe portanto ao presidente desobstruir a agenda. Como lembra Reguffe, há projetos de interesse da população que aguardam há anos para entrar na pauta, caso do fim da assinatura básica nas contas de telefone.

Por Eduardo Brito

Fonte: Jornal de Brasília - Do Alto da Torre / Redação - 25/12/2012

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