quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Vicente Pires, uma cidade abandonada a sua própria sorte.

Você está sendo enganado pelo Governo e por aqueles que se acham donos da Administração.


Vicente Pires esteve, nos últimos anos, abandonada a sua própria sorte. Seus gestores não foram competentes para encaminhar soluções para os grandes problemas da cidade, sejam eles de infra-estrutura, sejam sociais. Isso se deve ao fato de que eles estiveram sempre preocupados em garantir o poder político nas mãos de seus respectivos grupos e/ou oligarquias. Os cidadãos também são culpados pela situação na qual Vicente Pires se encontra, pois um percentual enorme de moradores do setor vê a política apenas como uma possibilidade de satisfazer seus interesses particulares. Então, um emprego sem concurso na Administração ou num órgão público distrital é muito mais importante do que a aplicação de recursos públicos na solução dos problemas urbanos ou de toda a comunidade. Pois, o que vale é o meu interesse imediato e não o interesse coletivo. Logo, esta mistura de políticos de quarta categoria, sem uma ideologia e um projeto de sociedade, com cidadãos alienados e individualistas resulta numa situação quase que insuperável de caos administrativo na cidade.

Na Administração tudo é inoperante, faltam recursos, faltam meios, faltam pessoas capazes, falta ética e honestidade, falta compromisso com o bem comum, falta respeito para com a coisa pública, falta visão política, falta educação. A Administração serve apenas para manter os indicados políticos que não tem capacidade de passar em concursos ou conseguir sobreviver sem o Q.I. Sãos os eternos balança bandeira em troca de um cargo. Algumas coisas poderiam muito bem ser feitas, ainda que não se tenham os recursos orçamentários, pois basta apenas vontade política para tal, como por exemplo, a democratização da gestão pública.

Se não bastasse toda incompetência e inoperância de quem manda e dos ocupantes da Administração, ainda temos que lidar com a enganação. Somos enganados com a mesma frase decorada: não podemos fazer obras sem a licença ambiental.

Entra ano sai ano e o que vemos sempre é o descaso e desperdício de dinheiro com obras que sabidamente não terão durabilidade. Durante o período das chuvas aparecem sempre os recapeamentos que duram no máximo uma chuva forte. O serviço de tapa buracos é mal feito e nada resolve.

Até parece que estão usando a falta da rede de águas pluviais como motivo para contratar empresas para o serviço. A desculpa é sempre a mesma, não pode ser feita obra definitiva em área irregular.

Porém, as obras emergenciais têm custo sempre maior que as definitivas e a desculpa da falta de licença ambiental não cola mais, pois ONDE NÃO EXISTE LICENÇA NÃO SE PODE FAZER NENHUM TIPO DE OBRA. Nenhum quer dizer zero Senhor Governador e Administrador, Senhores diretores da Arvips e outros donos de Vicente Pires.

Se não pode fazer nenhuma obra, então como os senhores fizeram aquela pracinha mal feita e sem nenhuma necessidade da entrada da Rua 03? Como fizeram aquela calçada mal feita e sem acessibilidade da Rua 03? Como vocês estão fazendo calçadas de péssima qualidade na Rua 07? E etc. Isto não é obra prioritária.

Existem também as inúmeras obras de casas e edifícios que são construídas a toque de caixa sem nenhum incômodo por parte do governo que finge não ver a corrupção ativa e passiva aqui existente e muito menos pela falta de licença ambiental. Isto sem falar nos condomínios que aumentam seu tamanho nas áreas protegidas ou os novos condomínios que estão surgindo como o que começou na EPTG próximo ao Córrego.

Então governo e donos de Vicente Pires, parem de enganar o povo, parem de fazer obras paliativas repetidamente e por valores bem acima do que seria gasto com a definitiva. Vocês estão repetidamente cometendo crimes por não ter a licença. NÃO EXISTE PUNIÇÃO POR FAZER OBRAS DEFINITIVAS, SE EXISTISSE VOCES JÁ ESTARIAM SENDO PROCESSADOS. ENTÃO POR QUE NÃO COMETEM UM SÓ CRIME E FAZEM OBRAS DEFINITIVAS? ASSIM ESTARIAM SENDO HONESTOS E GASTANDO APENAS UMA SÒ VEZ O DINHEIRO DO CONTRIBUINTE.

Sejam honestos uma só vez e deixem o povo decidir o que fazer. É o que chamamos, na ciência política, de empowerment ou simplesmente empoderamento da sociedade civil. Deixe os membros do Orçamento Participativo serem eleitos pelo povo e não indicados pelo poder público. Permitam aos cidadãos decidir onde e como serão aplicados os recursos públicos. Enfim, basta ter vontade política, visão de futuro e compromisso social e democrático para poder encontrar saídas para este fim do túnel em que nossa querida Vicente Pires se encontra.

Quanto a infra-estrutura da cidade, muita coisa poderia ser feita com pouquíssimos ou quase nenhum recurso. Nosso trânsito, por exemplo, é uma loucura (talvez porque sejamos a cidade dos loucos). Como pode uma cidade de quase 80 mil habitantes e uma frota de quase 40 mil veículos não ter semáforos em seus cruzamentos, equipamento fundamental para cidades de intenso fluxo de carros e pessoas como Vicente Pires. Em algumas esquinas é quase impossível atravessar, como na Rua 05 esquina com a Rua 08, por exemplo. No cruzamento da 04A com 04, todos os dias carros em alta velocidade, crianças e pedestres em geral disputam ferozmente uma oportunidade para cruzar de um lado para outro. Será que estão esperando acontecer uma tragédia para tomar providências? Será que os membros do Ministério Público não vêem toda essa ilegalidade, enganação e o caos em Vicente Pires?

Aqui opera o caos porque é de interesse daqueles que se acham nossos donos. Isto deve trazer lucros para alguns e desejam manter do jeito que está, pois qualquer mudança pode mexer nos interesses de lojistas, empresários, especuladores e moradores, e isto, é sempre visto com cuidado, pois o mais importante é que os votos não sumam das urnas nas próximas eleições. Logo, é preferível manter tudo como antes no quartel de Abrantes.

Nossos políticos que se acham donos do setor não estão dispostos a fazer qualquer coisa que beneficie os moradores, manter esse caos deve de alguma forma dar lucro.

Vicente Pires é caótico durante todo o ano, porém no período das chuvas piora assustadoramente, mas como ele chegou e em breve vai passar, daqui a pouco ninguém do governo e da Administração se lembra desse caos que todo ano temos que vivenciar com os transtornos das enchentes. Eles esquecem as obras e continuam a enganar falando sobre a tal licença ambiental, mas continuam gastando milhões em obras mal feitas e sem sentido. OBRAS PALIATIVAS FEITAS SEM A LICENÇA AMBIENTAL. Um exemplo disto é o eterno problema das Ruas 03 e 10. No dia 08/01/2013, no final do dia, o corpo de bombeiros foi chamado para socorrer seis carros que ficaram atolados, presos por causa de uma chuva forte e por falta de uma infra-estrura decente que resolva de vez o problema das águas pluviais e de um asfalto decente.

Chega! Vamos dar um basta nisto. Estão nos fazendo de palhaços, estão nos enganando. São incompetentes e não estão preocupados com a comunidade e sim com o próprio umbigo.

Sr. Geraldo Magela, Sr. Dirsomar, Sr. Glênio e Sr. Administrador, pode ser feita alguma obra legal sem esta bendita licença ambiental? O que diz a lei? Fazer obras paliativas e que destrói muito mais o meio ambiente, sem a licença é permitido? Respondam ao povo.

Gilberto Camargos

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