quinta-feira, 6 de junho de 2013

Greve põe Agnelo em colisão com petistas


Após ver seu principal aliado, o PMDB, articular sua saída do governo e preparar uma candidatura própria para 2014, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), enfrenta problemas com a tradicional base sindical petista de Brasília.


Um dos principais sindicatos locais, o Sindsaúde, dos servidores da saúde, está em estado de greve e realizou , em frente à sede do governo, uma assembleia para aprovar paralisação total no sistema de saúde na próxima semana. Isso porque Agnelo apresentou um plano de carreira que contempla servidores de ensino superior - médicos, principalmente - e deixou de lado mais de 100 categorias de ensino médio. 

Desde então, o sindicato pressiona para ser recebido pelo governador, que delega a função ao secretário de Saúde. "Temos sido tratados com descaso pelo governo local", afirmou a presidente da entidade, Marli Rodrigues. A reivindicação passa por isonomia na carga horária, auxílio-saúde, reposição salarial com base nos índices da inflação e antecipação das gratificações. "Vamos partir para uma guerra", completa Marli. ...

Além da saúde, outras duas categorias do funcionalismo público do Distrito Federal também prometem dar continuidade ao movimento grevista. Nas últimas semanas, servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) fizeram paralisações que duraram 24 horas, mas foram suficientes para prejudicar o atendimento à população. Estima-se que cerca de 4,5 mil atendimentos deixaram de ser realizados nos postos da autarquia.

O foco do problema está nos instrutores, que reivindicam maior número de funcionários e melhores condições salariais, com reajustes de 15% e pagamento de vale-alimentação.

Por sua vez, servidores da Companhia Energética de Brasília (CEB) entraram em greve por tempo indeterminado na segunda-feira. A decisão já havia sido tomada na terça-feira da semana passada durante uma assembleia. O motivo da greve é o não pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) obtidos pela companhia em 2012.

Com a paralisação, apenas 30% dos servidores estão trabalhando, além de funcionários terceirizados que entregam as contas de energia e atendem à população.


Fonte: Por Caio Junqueira/ Valor Econômico

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