quarta-feira, 14 de agosto de 2013

LICITAÇÕES DE TERMINAIS DE ONIBUS BARRADAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS


Os problemas da Rodoviária do Plano Piloto saltam aos olhos, mas é nos terminais das outras cidades do DF que os passageiros do transporte público enfrentam as maiores dificuldades. O GDF fez um levantamento da situação, descrita como “precária”, e criou um plano de reformas, ampliações e construção de novas rodoviárias. O investimento, de cerca de R$ 70 milhões, no entanto, foi barrado pelo TCDF (Tribunal de Contas) em novembro do ano passado e até hoje o projeto para a reforma dos terminais ainda não saiu do papel.

Quem acaba prejudicado é o usuário do transporte público, que tem de conviver com uma série de problemas. Os prédios são velhos e não recebem reformas há anos. Não há estrutura para atender a pessoas com deficiência e os telhados estão cheios de buracos e goteiras -quando existem. A sujeira é uma constante e o piso já é encardido dos anos sem manutenção. ...

Banheiros assustadores
Os banheiros, então, são ainda piores. Além de não receberem limpeza, na maior parte dos sanitários falta o mínimo de estrutura, das portas até o papel higiênico.

Para a vendedora Morgania Ferreira, o banheiro é o principal problema do terminal rodoviário de Sobradinho. “É um nojo, nem vaso sanitário tem direito”, comenta. O papel higiênico no terminal fica entre o banheiro masculino e feminino, quem quiser usar, tem de ir lá fora buscar. No Terminal do Cruzeiro a situação não é muito diferente.No banheiro masculino, uma obra interditou quase todos os mictórios.

Obras inacabadas também são problema constante. Nos dois terminais, as estruturas que foram pensadas para serem elevadores para os deficientes se tornaram depósitos de lixo. Na rodoviária de Sobradinho, a sujeira tem até asas. Os pombos do local são conhecidos como “atiradores” e já danificaram as placas e até as vigas do terminal.

Planos incompletos
A decisão do TCDF barrou os projetos de reforma e de construção por considerar a licitação da Secretaria de Transportes incompleta, além de estar com preços maiores do que os praticados no mercado.

Entre as mudanças técnicas propostas pelo Tribunal em relação aos projetos, era pedido que se especificasse: o tipo de piso que os terminais teriam e a estrutura das baias para os ônibus estacionarem; que fossem desenvolvidos projetos de drenagem pluvial para impedir o alagamento dos terminais; fossem revistos os projetos de acessibilidade e sinalização dos terminais a pessoas com deficiência; e que fossem revistos os projetos das coberturas.

A Secretaria de Transportes adequou apenas parte dos projetos, que foram autorizados a prosseguir, mas recorreu de parte da decisão, o que manteve o processo travado, até que seja emitido um parecer.

Procurado, o TCDF não informou a quantas anda o processo até o fechamento da edição.


Fonte: Jornal Metro Brasília - 14/08/2013

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