segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ESTÃO MATANDO PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

Assassinato em massa de pessoas com síndrome de Down


Uma notícia preocupante e aterrorizadora foi publicada pela Agência EFE de notícias no último dia 23. O número de nascimento de pessoas com síndrome de Down na Espanha, em 2014, deve ser menor do que o número de óbitos e a tendência é que cada vez menos pessoas com síndrome de Down nasçam. O motivo: os bebês com síndrome de Down estão sendo assassinados (abortados) ainda no ventre materno. A única palavra capaz de descrever a tragédia é genocídio.

A cultura “abortista” e preconceituosa fez com que a taxa de nascimento de pessoas com síndrome de Down nascidas na Espanha seja a menor do mundo. Na década de 80 a taxa era de 15 pessoas com síndrome de Down para cada 10000 nascimentos.  Hoje, a taxa é de 05 pessoas com síndrome de Down para cada 10000 nascimentos. ...

Os exames de detecção precoce da síndrome de Down – que deveriam permitir cuidados médicos precoces – se transformou em uma sentença de morte aos que possuem a síndrome de Down. Os decrescentes índices de nascimento apontam para um genocídio, para uma matança em massa das crianças com síndrome de Down ainda no ventre materno.

Em outras palavras, o preconceito para com os que possuam alguma espécie de deficiência está se aliando de forma indissociável com a pratica homicida (aborto) em uma pretensão eugênica que nada difere das praticas nazistas.

Os nazistas pretendiam uma raça pura, livre de defeitos, a raça ariana. Para tanto, todos que julgavam deficientes eram eliminados em campos de concentração, cuja crueldade é conhecida por todos e mancha a história da humanidade.

Hoje, os que apregoam o aborto das crianças com síndrome de Down querem eliminar do nosso convívio as pessoas que tenham um cromossomo a mais. Todas as pessoas que não se encaixem em um padrão pré-concebido de normalidade genética devem ser eliminados ainda no útero materno. A semelhança com a ideologia nazista é indisfarçável.

Obviamente, o discurso “abortista” assume contornos mais amenos do que o discurso nazista. A diferença, entretanto, é apenas na forma de veiculação das ideias.

Os nazistas diziam que dizimar os impuros seria garantir aos arianos uma vida mais feliz. Os corifeus da morte dizem que abortar as crianças com síndrome de Down é privar as crianças de uma vida incapaz e indigna e aliviar o sofrimento dos pais. Hoje, ao contrário do passado recente, se diz que o genocídio é feito em prol das vítimas. Os nazistas diziam que era em prol dos algozes. O resultado, entretanto, é o mesmo: assassinato em massa.

O aborto é inaceitável em qualquer condição, mas mostra-se mais cruel quando as vítimas têm síndrome de Down, porque hoje esses estão conseguindo se integrar à sociedade de uma forma mais natural. Nem mesmo o falacioso discurso utilitarista serve de suporte ao discurso “abortista”.

Outro aspecto que deve ser considerado é que a pratica “abortista” financiada e incentivada pelo governo espanhol – e também por outros governos mundo à fora – encontra-se em contradição com a Convenção Internacional de Direitos das Pessoas com Deficiência, que afirma e reafirma o direito à vida de todos os seres humanos.

As pessoas com deficiência não merecem ser sentenciadas à morte, merecem, outrossim, a adoção de políticas afirmativas que promovam sua integração plena à sociedade, mudando a cultura segregacionista vigente em boa parte do mundo. A exclusão social, que deveria ser combatida, está sendo, ao revés, incentivada pelo fomento do aborto eugênico.

É uma lástima que países ditos modernos ao invés de promoverem a inclusão social promovam um silencioso genocídio, olvidando-se que a dignidade é inerente à condição humana, independente do número de cromossomos. É preciso que se combata a cultura do egoísmo e do preconceito. É preciso que se entoe louvores à vida desde a concepção até o seu ocaso natural.
Fonte: Blog Saber Melhor - 28/10/2013

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