segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O indefensável governo Agnelo Queiroz


Muito já foi dito sobre o governador do DF, o petista Agnelo Queiroz. Muito também já foi dito sobre a sua incapacidade gerencial, sua dificuldade de se impor como autoridade pública e, principalmente, sobre sua impossibilidade de reeleição, conforme demonstram amplamente as pesquisas de avaliação de seu governo.
 Tudo isso, entretanto, fica pequeno diante de uma outra grande capacidade que ele possui: a de gerar fatos negativos.
 Você acha exagero? Vamos em frente.
Neste sábado, a cidade acordou com mais uma suspeita mirando o colo do governador. A Procuradoria Geral da República solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a quebra dos sigilos fiscal e bancário da primeira-dama do DF, Ilza Querioz, e de Ailton Queiroz, irmão de Agnelo.
Eles são suspeitos de envolvimento em crime de lavagem de dinheiro, supostamente efetuado por meio de transações imobiliárias.
 Suspeitas contra Agnelo não são novidade.
Já tramitam contra o governador outros processos naquela Corte.  Um deles apura supostas irregularidades cometidas na gestão do programa “Segundo Tempo”, do Ministério dos Esportes. Agnelo foi ministro da pasta,  na cota do PCdoB, antes de filiar-se ao PT para disputar o Buriti.
De sua passagem pela Esplanada dos Ministérios sobraram denúncias e suspeitas. Muitas delas assinadas pelo policial militar aposentado João Dias, que dispensa apresentações.
Em outro, o governador do DF tem investigada sua gestão na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde foi diretor. Lá, denúncias de favorecimento a laboratórios envolvem até supostos repasses de propina por meio de depósito bancário.
Um terceiro processo investiga o envolvimento de Agnelo e figuras do primeiro escalão de seu governo, nas irregularidades cometidas pelo grupo ligado ao bicheiro Carlos Cachoeira, comandante da jogatina em boa parte de Goiás.
Esse escândalo levou Agnelo mais uma vez às páginas policiais dos jornais de todo o Brasil. Com isso, foi obrigado a prestar esclarecimentos a deputados e senadores da República, durante depoimento prestado à chamada CPI do Cachoeira.
Embora prestar esclarecimentos públicos sobre suas atividades seja uma obrigação de qualquer servidor público, depor em uma CPI, num Parlamento dominado pela maioria da qual participa seu partido,  é no mínimo um grande fracasso.
A impressão é que ele foi abandonado por seus companheiros. Não houve interesse em poupar-lhe. Agnelo foi jogado aos leões. Mas sobreviveu apesar dos arranhões e mordidas.
Em seguida, outra manchete.  Agnelo e alguns de sua equipe foram apontados como criadores de um sistema de utilização de perfis falsos, criados em redes sociais, para detonar inimigos políticos.
Um deles, o deputado federal Fernando Francischini, do Paraná, delegado da Policia Federal, contra quem teria sido forjado um dossiê. O parlamentar é atualmente um dos maiores desafetos do governador do DF.
Agnelo, atualmente, corre o risco de ver acontecer com ele o que ocorrera com seu correligionário, Olívio Dutra.
 Então governador do Rio Grande do Sul, com possibilidade de lançar-se à reeleição, Olívio Dutra foi substituído da disputa ao governo do Estado em razão de sua baixa aceitação popular. Acabou substituído pelo conterrâneo Tarso Genro, que disputou o pleito e o perdeu para a adversária tucana, Yeda Crucius.
 Então, diante de todos esses fatos, não nos resta muitas opções. Talvez Agnelo esteja certo e exista mesmo uma articulação oposicionista fabricando denúncias contra sua administração, como costuma alegar diante dos escândalos.
Do contrário, há algo mais grave acontecendo.
Seja como for, a história nos será testemunha e juíza: “à mulher de Cesar não basta ser honesta. Tem de parecer honesta”.
Fonte: Blog Radio corredor

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