terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Arruda, Roriz e Gim e a união improvável



As especulações em torno de uma formação de chapa majoritária composta por José Roberto Arruda, Liliane Roriz e Gim Argello, onde esses concorreriam respectivamente a governador, vice-governadora e senador, caiu no front político do Distrito Federal como uma bomba que não explodiu, ou seja: não produziu o efeito necessário para alcançar o impacto de “fato novo” no ambiente político.


A composição da suposta chapa, apela para uma união forjada pelo saudosismo que a própria história recente do DF é capaz de desconstruir. Arruda, Roriz e Gim encontram-se, há muito, em pólos distantes. O ex-governador Roriz já sentiu na boca o gosto amargo do “afastamento” de Arruda e Gim, apesar de ser o grande responsável pela criação política de ambos. O tempo não parou em 1998 ou mesmo em 2002, onde todos estavam juntos e misturados. Os acontecimentos da pré-campanha e da campanha de 2006 deixaram até hoje feridas abertas, que somadas ao episódio da cassação do mandato de senador do “Chefe” Roriz, e a própria eclosão do escândalo da “Caixa de Pandora”, tornam a união de Roriz, Arruda e Gim pouco provável. ...

Outro aspecto que põe em descrédito a formação da chapa em questão, é o arranjo partidário proposto. O PR de Arruda, assim como o PTB de Gim estão absolutamente comprometidos com o PT da Presidente Dilma, que por sua vez, tem em Agnelo Queiroz seu principal parceiro e único candidato a apoiar no âmbito local. É difícil Imaginar que as principais lideranças nacionais desses dois partidos venham colocar em risco a firme e proveitosa aliança nacional com o PT, apresentando uma chapa contrária a do governador Agnelo.

A inclusão do PRTB do ex-governador Roriz nessa composição passaria ainda pelo crivo do presidente da sigla no DF, o ex-senador Luiz Estevão, que de acordo com o que se comenta no meio político local, não morre de amores por Arruda, muito menos nutre por ele qualquer simpatia.

Avaliados esses pormenores, ainda é de se estranhar que a orquestração dessa chapa se dê, segundo matéria do Jornal Opção, pela batuta do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Natural seria que Perillo viesse ajudar a construir uma solução em que o seu partido, encabeçasse a chapa, no entanto, segundo o semanário Goiano, o PSDB sequer é citado, a despeito das pré-candidaturas de Luiz Pitiman, Izalci Lucas e Márcio Machado.

Por fim, fica no ar a seguinte pergunta: o que o presidenciável Aécio Neves acha disso tudo?


Fonte: Portal Guardian Noticias

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