terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mané Garrincha: Nosso belo elefante branco

Quanto mais insistem em dizer que o Estádio Mané Garrincha não é um elefante branco, mais comprovam que é.


Ainda não há uma só razão que justifique o gasto de um bilhão e meio de reais de dinheiro público para construir um estádio com lotação para 72 mil pessoas. Nem jogos, nem espetáculos, nem o que o governo arrecadou com isso.  ...

Agora se alardeia, como grande conquista, que os 10 jogos do Brasileirão realizados em Brasília tiveram média de público de 36.873 espectadores. E que há negociações para que se realizem oito partidas do torneio no segundo semestre. Sim, oito. Dizia-se que 70 mil lugares era exigência para Brasília sediar a abertura da Copa, o que não acontecerá, e para receber a seleção brasileira – que jogou apenas uma vez aqui na Copa das Confederações e enfrentará Camarões na Copa do Mundo.

O elefante branco se explica, assim, por uma simples conta de perdas e ganhos. Gastou-se muito para pouco. Os números, cada vez que são apresentados, mostram que Brasília estaria muito bem tendo um estádio para 40 mil espectadores, que custaria muito menos (mesmo com o superfaturamento infelizmente esperado e de rotina) e ficaria até mais bonito, com menos volume, sem parecer que a tal “arena multiuso” é o principal monumento no Eixo Monumental.
Fonte: Blog do Hélio Doyle - 07/01/2014

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