Mas o que é mesmo Terrorismo?
Segundo as fontes do Wikipédia,
terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques
localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada,
de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos que
ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluindo, antes, o resto da
população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como
forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas de esquerda e
direita, grupos separatistas e até por governos no poder.
A guerrilha é freqüentemente
associada ao terrorismo uma vez que dispõe de um pequeno contingente para
atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para combater forças
maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre
minimizar os danos a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto
mais uma tática militar que uma forma de terrorismo.
Segundo um estudo do Exército dos
Estados Unidos de 1988 existe uma centena de definições da palavra terrorismo.
A inexistência de um conceito
amplamente aceito pela comunidade internacional e pelos estudiosos do tema
significa que o terrorismo não é um fenômeno entendido da mesma forma, por
todos os indivíduos, independente do contexto histórico, geográfico, social e
político. Segundo Walter Laqueur nenhuma definição pode abarcar todas as
variedades de terrorismo que existiram ao longo da história.
Nota-se que em todo o mundo existe
sérias dificuldade para definir o crime de terrorismo e com isso muitas pessoas
são julgadas arbitrariamente sem ter cometido tal crime.
No Brasil como no resto do mundo, não
existem leis elaboradas sobre a definição de terrorismo e vários atos do
passado poderiam ter sido classificados como tal se houvesse interesse
político. Porém, as vésperas de um ano onde acontecimentos importantes irão
acontecer no Brasil, quando a população se encontra totalmente revoltada com os
mandos e desmandos governamentais, políticos de plantão em prol da atual
situação governamental e tentando garantir uma reeleição vão trabalhar com o
tema polêmico.
Aproveitando a morte do cinegrafista
Santiago Ilídio de Andrade, atingido por rojão em manifestação no Centro do Rio
de Janeiro, o Senador Romero Jucá (PMDB-RR), tenta aprovar tempestivamente um
projeto de lei que tipifica o terrorismo no Brasil.
Levando em consideração que existem
suspeitas de que grande parte das manifestações violentas e com atos de
vandalismo pode ter sido patrocinada pelo governo, a matéria com conceitos
vagos que abrem margem para condenações arbitrárias, vem para tentar intimidar
a população e acabar com as manifestações em geral.
O texto do Senador não tem o objetivo
de combater à violência em protestos, mas sim garantir que as festividades da
copa e das eleições transcorram sem problemas e não respingue nos candidatos a
reeleição como a presidente (PT) e vice (PMDB), partido do senador.
No caso da morte do cinegrafista, não
existiu terrorismo e foi apenas uma fatalidade onde um manifestante mal
intencionado acendeu o rojão. As investigações conseguiram identificar os envolvidos
e um deles nada mais é do que Fabio Raposo, um Black Bloc, grupo suspeito de
ter patrocínio do governo. Fábio se diz inocente no caso do rojão que acertou o
cinegrafista da Band. Gaguejando disse que não tinha a intenção de ferir
ninguém quando passou o rojão para o outro delinqüente acender.
Quando acende um
artefato explosivo no meio de uma multidão, é óbvio que alguém irá se ferir.
Mas, acontece que dessa vez não foi um policial militar, foi um membro da
imprensa que trabalha apenas mostrando os fatos, deve haver uma investigação para
apurar quem patrocinou o grupo, pois se for comprovado a participação do
governo, isso sim é terrorismo.
Se o senador não tivesse aproveitando
da ocasião, faria uma lei minimamente que abrangesse as centenas de
acontecimentos que poderiam e podem ser caracterizados como atos de terrorismo.
Exemplo disso são os grupos organizados que vão as ruas que causam terror com
uma finalidade política. Esses grupos são suspeitos de serem patrocinados pelo
governo.
No conceito do Senador terrorismo
é “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou
tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da
liberdade de pessoa” e prevê pena de 15 a 30 anos de prisão para o crime. Se
apenas isso caracteriza terrorismo, então temos que punir também quem dá causa
a esse terrorismo. No caso em questão o país está vivendo a pior crise de sua
história, onde o aumento da criminalidade cresce assustadoramente em conseqüência
da falta de políticas de segurança. Os responsáveis por esses atos de
terrorismo também tem que ser considerados terroristas, pois ocupam os cargos
que tem a obrigação de manter a calma, a paz e a tranqüilidade no país.
É preciso tentar sim definir o que é
terrorismo e principalmente criar leis para combatê-lo, mas isso não pode ser
feito a toque de caixa e tem que haver a participação popular. Antes de tentar
criar essa lei, nossos parlamentares deveriam voltar ao tema da reforma
judiciária, reforma política e trabalhar mais pela educação, saúde e para
manter a segurança e não ficar tentando criar formas de tentar uma reeleição.
Paula Matos
Paula Matos
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