sexta-feira, 7 de março de 2014

Saúde no DF: Morte após esperar sete horas por transferência hospitalar

Jovem morreu após esperar sete horas por transferência hospitalar


Reprodução / TV Record Brasília. Ele se envolveu em uma briga, foi espancado e sofreu traumatismo craniano.

O adolescente Pedro Miguel Fonseca Dias, de 17 anos, morreu após esperar sete horas por uma transferência hospitalar. Sem ambulância, ninguém conseguiu fazer a remoção do jovem. Para piorar o problema, a família acusa a médica de não ter dado o atendimento correto. ...

O garoto se envolveu em uma briga e foi espancado. A família levou o jovem ao Hospital Regional de Samambaia na madrugada de segunda-feira (3). Ele estava passando mal e tinha um corte na cabeça.

O pai da vítima, Leonardo Fonseca, disse que a médica tirou um raio-x e o liberou.

— Ela só fez uma costura no ferimento da cabeça, depois mandou tirar um raio-x e pediu para ficar de repouso em casa.

No dia seguinte Pedro acordou sem conseguir mexer o lado direito do corpo e foi levado às pressas para o Hospital Regional de Taguatinga. No local, os médicos descobriram que ele estava com traumatismo craniano. 

Ele foi colocado em um respirador enquanto aguardava a transferência para o Hospital de Base. Teve seis paradas cardiorrespiratórias e quanto a UTI móvel chegou, sete horas depois do pedido, já era tarde.

— A médica também foi negligente e não tomou as medidas que deveriam ser tomadas.

A Secretaria de Saúde vai investigar se houve negligência no primeiro atendimento. A demora da ambulância foi justificada pelo excesso de pedidos de transferência de pacientes durante o carnaval. Foram 18 na terça-feira quando a média é de 10.

Apenas duas ambulâncias do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) são responsáveis pelo transporte de pacientes graves entre as unidades da rede pública, mas para o chefe de gabinete do Secretário de Saúde, José Bonifácio Carreira Alvim, a demora não foi responsável pela morte do adolescente.

— No carnaval houve uma demanda e a prioridade máxima do Samu, a principal, não é fazer transporte interhospitalar. Para isso, a secretaria vai contratar uma empresa basicamente para resolver esse problema de uma vez por todas.


Fonte: Portal R7, com a TV Record Brasília

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