segunda-feira, 30 de junho de 2014

Arruda é lançado candidato ao governo do DF ao lado de Gim Argello, Luiz Estevão e família Roriz - Tudo é válido para tirar, neutralizar, a corja vermelha

Na convenção, o ex-governador pediu votos para o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves
Depois de ter recebido uma decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que viabilizou sua candidatura, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) foi oficializado neste domingo candidato ao governo do Distrito Federal. A chapa inclui o líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), que não conseguiu emplacar seu nome para o Tribunal de Contas da União (TCU) e agora disputa mais uma vez o Senado, e a família do ex-governador Joaquim Roriz, por meio da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Arruda deixou o governo do Distrito Federal em 2010, depois do chamado escândalo do mensalão do DEM.

Arruda foi condenado, em primeira instância, por improbidade administrativa. O caso subiu ao Tribunal de Justiça. No último dia 24, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, decidiu suspender o andamento da ação civil de improbidade administrativa contra o ex-governador, justamente pelo caso do mensalão do DEM. Com a decisão liminar do ministro do STF, ficou suspenso o julgamento de um recurso no TJ do DF, que deveria ter ocorrido no dia 25. - Fui cauteloso, respeitei o luto, me calei durante quatro anos. Esperei a data correta para que tivesse plenas condições de disputar a eleição. Vou atrás do julgamento mais importante: que é o julgamento do povo. Vou atrás agora do julgamento da população - disse Arruda, afirmando que a única coisa "a temer é a opinião da população".

Na convenção, Arruda ainda recebeu o apoio do ex-senador Luiz Estevão, hoje no PRTB, tendo como partidos aliados formalmente o PR, PTB, PMN e DEM. - Confiei na Justiça do meu país. Tenho algo engasgado aqui, há quatro anos. E há quatro anos, fui tirado do governo, fui preso, humilhado, execrado pela opinião pública. E tudo isso aconteceu quando vivíamos o melhor momento do nosso governo. As minhas primeiras palavras são para agradecer a Deus pela chance que ele está me dando de estar aqui novamente. E meus agradecimentos, nestes quatro anos de exílio, sofrimento, humilhações e saudades, àqueles que não arredaram o pé - disse Arruda, em discurso.

Com a convenção do atual governador Agnelo Queiroz (PT) acontecendo a poucos quilômetros, Arruda atacou o PT: - Brasília talvez vive hoje os piores quatro anos de sua História. Essa eleição vai ser como disputar a Copa do Mundo em casa: muita cobrança, muita dificuldade. Deixa o PT para o lado de lá; o que não for PT, vem com a gente governar. Quero resgatar Brasília: tirar os impostores que saqueiam e comprometem o seu futuro. [um pequeno lembrete sobre a eficiente política de INsegurança Pública do PT: neste final de semana ocorreram 15 assassinatos no Distrito Federal = um homicídio a cada três horas.
A preocupação do incomPeTente governador AgnUlo Queiroz é só a de mostrar segurança para a realização da Copa Fifa 2014 = mais conhecida como a Copa da petralhada, ou Copa da Vergonha ou Copa do Fracasso.
O que a corja petista pretende, Agnulo um dos que fica à frente, é que o 'poste', a ''criatura' Dilma seja reeleita.
Uma coisa é certa: se ela tiver coragem, altivez, dignidade - com ou sem a presença do seu 'criador' Lula - comparecer ao Maracanã no próximo dia 13 para entregar a Taça de Campeão da Copa do Mundo Fifa 2014 a um país estrangeiro (o timeco que o Scolari dirige será detonado no próximo dia quatro) certamente ela vai ser RE, mas não é o RE de reeleita e sim o RE de REVAIADA, REXINGADA, REESCULHAMBADA.
As forças de segurança do Distrito Federal NÃO CUIDAM MAIS DA SEGURANÇA PÚBLICA e sim de mostrar que existe SEGURANÇA EM BRASÍLIA NOS JOGOS DA COPA - até os turistas começam a sentir algo estranho em Brasília, ou mesmo no Brasil, mais policiais do que POVO.]
Em seguida, Arruda, que já foi líder do PSDB no Senado, pediu votos para o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. - Meu voto é para o Aécio. Para resgatar a Presidência da República, é Aécio Neves! - disse Arruda, sendo aplaudido.

Arruda ainda fez uma homenagem a Joaquim Roriz. - Roriz é o líder da sabedoria e da experiência, e só por ele estamos todos unidos aqui, hoje.

Sobre sua saída do governo, Arruda disse que foi vítima de um "golpe" e que juntou documentos para provar que o vídeo foi editado. Em 2010, o escândalo que tirou Arruda do governo surgiu depois da divulgação de um vídeo onde Jaqueline Roriz aparece junto com o marido, Manoel Neto, recebendo R$ 50 mil das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa. Ela ainda reclama que o valor está abaixo do combinado.

O vídeo foi gravado na campanha eleitoral de 2006. O esquema do mensalão do DEM foi desmantelado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, e resultou no afastamento de Arruda. - Com paciência, juntei documentos nesses quatro anos e posso provar hoje minha inocência. Foram usados recursos adicionais ardilosos e covardes, editando fatos e preparando o golpe que nos tirou do governo.

Depois da convenção, em entrevista, Arruda disse que agora tá pronto para o julgamento do povo. Perguntado se tinham algum arrependido, disse apenas que a vida "é um aprendizado" constante. - Só tinha duas alternativas: ou me esconder e fugir, ou botar a cara, dar as explicações que tenho a obrigação de dar à toda sociedade. A vida é uma constante evolução, cada momento da vida deixa um aprendizado. Tenho minha consciência tranquila. Se outras pessoas mentem para virar heróis, prefiro ser humano e reconhecer as mudanças de rumo que devem ser feitas para que a gente possa se aprimorar como ser humano. Fui cauteloso, respeitei o luto, me calei durante quatro anos. Esperei a data correta para que tivesse plenas condições de disputar a eleição. Vou atrás do julgamento mais importante: que é o julgamento do povo.

Vários discursos lembravam volta de Arruda. - Arruda é aquele que deixou saudades, que foi tirado de uma maneira covarde de lá e está voltando nos braços do povo - disse Gim Argello, cuja suplente na sua chapa é Weslian Roriz, mulher de Roriz. - Há 15 anos me expulsaram da vida pública e tentaram me retirar da política. Há oito anos, foi Roriz. E, há quatro anos, foi Arruda. Mas estamos aqui hoje, estamos de volta! -resumiu Luiz Estevão. - Estamos unidos de novo para tirar a corja vermelha - disse Jaqueline Roriz.

Roriz não foi, porque se prepara para um transplante de rim. A convenção foi no Serejinho, ao lado do estádio Serejão, em Taguatinga. Segundo organizadores, havia 3 mil pessoas dentro e mais 6 mil do lado de fora.

Ficha-suja
O ex-governador José Roberto Arruda já se envolveu em dois escândalos em sua vida política: o da violação do painel do Senado em 2000 e o chamado escândalo do DEM. Em 11 de fevereiro de 2010,Arruda foi o primeiro governador a ser preso. Ele ficou na cadeia por dois meses, de 11 de fevereiro a 12 de abril de 2010. O escândalo do DEM surgiu em novembro de 2009, com as investigações da Polícia Federal por meio da Operação Caixa de Pandora, baseadas em depoimentos de Durval Barbosa, então braço direito de Arruda. 

Em dezembro de 2009, Arruda pediu desfiliação do DEM, que já tinha decidido expulsá-lo. Com a prisão de Arruda em fevereiro de 2010, assumiu o então vice-governador Paulo Octávio, que renunciou ao cargo poucos dias depois, no dia 23 de fevereiro. Em março de 2010, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal decidiu por desfiliação partidária. Em 2013, Arruda se filiou ao PR, partido pelo qual é candidato nas eleições de outubro de 2014. 

Em novembro de 2009, Arruda foi flagrado num vídeo de 30 minutos e 31 segundos, recebendo maços de dinheiro das mãos do próprio Durval Barbosa, na época presidente da Codeplan, uma estatal do DF, e que depois foi secretário de Relações Institucionais do ex-governador. O vídeo teria sido gravado em 2006."Deixa eu pegar um negócio antes que eu me esqueça", disse Barbosa para Arruda, no vídeo. "Ah, ótimo. Me dá uma cesta, um negócio", respondeu o governador. Na sequência, Barbosa pega um envelope pardo em que o maço é guardado. A sacola com o dinheiro é levada da sala por Rodrigo Arantes, filho adotivo de Arruda. No vídeo, Arruda e Barbosa conversam sobre a campanha eleitoral.

Na época, o secretário de Ordem Pública do DF, Roberto Giffoni, admitiu ser dinheiro de campanha, mas negou ser propina. Os recursos seriam para campanha e teriam sido recebidos ainda em 2005, quando Arruda era deputado federal. Com a decretação da prisão pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Arruda negociou sua ida para a Polícia Federal (PF), onde se apresentou. A chegada foi negociada entre assessores de Arruda e a cúpula da PF.

Jaqueline sofreu um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara, mas foi absolvida pelo Plenário da Câmara em agosto de 2011. Em votação secreta, os deputados livraram a colega, alegando que na época das acusações ela não era deputada. 

Em 2001, Arruda foi envolvido publicamente no escândalo da violação do painel do Senado, durante votação secreta da cassação do então senador Luiz Estevão, ocorrida em 2000. Inicialmente, Arruda negou envolvimento no caso, mas depois foi à Tribuna e chorou, admitindo o erro. Ele renunciou ao mandato em maio de 2001, escapando, desta forma, de um processo de cassação.

Fonte: O Globo

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