Confesso
que, da forma como o governo Rollemberg começou e permaneceu até poucos dias, não
dava mais para aguentar. Ver os integrantes do governo pedindo paciência diante
do caos que se encontra Vicente Pires estava insuportável. Pedir paciência para
o governo é fácil, mas os impostos chegaram mais caros e adiantados.
Nas promessas de campanha havia
muita coisa interessante que seria colocada em prática imediatamente, caso Rollemberg
fosse eleito. Porém, após as eleições, nada do que foi prometido chegou ao
povo. O que temos visto são apenas lamentações de que o governo está sem
dinheiro.
Mas te pergunto: um pai de
família quando está sem dinheiro deixa sua família morrer de fome? Não, ele se
vira para resolver o problema, afinal, ele é o chefe da família.
Se for pra pedir paciência à população, o governo deveria ao menos dialogar e mostrar o que será feito e dar uma previsão de quando ocorrerá. Assim, a população deixaria a expectativa e teria certeza de que o governo cumprirá o prometido.
Se for pra pedir paciência à população, o governo deveria ao menos dialogar e mostrar o que será feito e dar uma previsão de quando ocorrerá. Assim, a população deixaria a expectativa e teria certeza de que o governo cumprirá o prometido.
Rollemberg foi eleito para fazer
diferente e construiu uma imagem de que dialogaria muito com os segmentos
sociais. Mas está perdendo credibilidade e uma bela oportunidade de anunciar as
mudanças que acontecerão, mesmo que não sejam imediatas. Sua gestão, que mal
iniciou, parece um governo bastante envelhecido e sem rumo. Se Rollemberg
aceitou ser candidato, ele com certeza sabia da situação em que se encontrava o
Distrito Federal, pois o mínimo que se espera de um candidato é que conheça a
máquina que administrará. Agora, está dando a explicação do inexplicável, ou
seja, justificar o que todos já sabiam, que o Distrito Federal estava um caos.
E mesmo o povo admitindo a
gravidade da crise, o governador precisa sair das justificativas e agir. Daqui
a pouco os cem dias tradicionais para um governo mostrar serviço irá passar e a
paciência do povo acabará de vez...
Veja como está o Distrito Federal, veja o caos que a cidade se encontra, em toda Vicente Pires, incluindo Colônia Agrícola Samambaia, Colônia Agrícola 26 de Setembro, as ruas não têm mais condições de uso, está difícil até para o pedestre caminhar. Gostaria muito que o governador viesse nos visitar quando estivesse caindo uma chuva e tentasse entrar com seu carro em Vicente Pires e na própria 26...
Outros problemas precisam ser
apontados e as lideranças estão se esperneando para lutar contra: estavam
querendo fechar nossa única unidade de Saúde em vez de transformá-la em
Regional de Vicente Pires. Não há condições mínimas para nossos filhos estudarem
próximo de nossas casas, tendo estes que ir para outras satélites. O
patrolamento das ruas da Colônia 26 de setembro, mesmo com a participação dos
moradores, é outra ação governamental que não dá mais para esperar. Os
moradores até já se ofereceram para pagar o diesel e parte do cascalho, mas
nada acontece. Com isso, milhares de crianças ficam presas em casa, sem
condições de ir à escola.
Mesmo as coisas viáveis de se fazer o governo não tem realizado. Exemplo: colocar a AGEFIS para coibir os abusos das construções irregulares que surgem todos os dias. O governo desconhece que Vicente Pires se tornou uma ilha cercada pela EPTG, Via Estrutural, Via Jóquei e Pistão Norte. Hoje está quase impossível entrar ou sair da cidade em horários de pico, com moradores gastando até uma hora da entrada da Rua 12 até a Feira do Produtor. Se essas obras de grandes edifícios continuarem e se todos forem habitados, a população não terá mais como se locomover na cidade e o governo terá um grande pepino nas mãos.
Então governador, se não tem
dinheiro, mas tem funcionários sobrando na AGEFIS, por que não trabalhar
preventivamente? Alguém está ganhando para fazer vista grossa nessas
construções irregulares? Esperamos que não. A AGEFIS poderia também barrar o
avanço dos comerciantes que vem invadindo as calçadas com seus puxadinhos,
deixando os pedestres andando nas ruas.
Até dia 22 de março ninguém fazia nada, nem dava previsão. Mas o aumento das tarifas públicas e dos serviços impacta os preços dos produtos e aumentam os gastos mensais das famílias brasilienses. Isso está garantido. Mas parece que essa situação vai mudar, pelo menos para Vicente Pires, pois em reunião solicitada pela AMOVIPE o Vice Governador Renato Santana se mostrou muito sensível aos nossos problemas e disposto a fazer de tudo para resolvê-los.
Renato Santana está de acordo que
tudo deve mudar e que está sempre “plugado” para resolver as pendências, mesmo
que seja em conjunto com a população.
Em suas colocações o Vice foi
aplaudido pelos presentes e se mostrou digno de confiança; esperamos que o
restante do governo faça o mesmo.
Do lado de cá ainda existe um clima de insatisfação contra o governo e vai depender do Vice Renato Santana contornar esse problema, pois vem mostrando habilidade para isso. Do outro lado, temos o restante do governo perdido e sem perspectivas, sem comunicação com o povo, sem mostrar que existe luz no fim do túnel e que após a crise tão anunciada, obras virão.
As medidas econômicas do governo,
todas tomadas após as eleições e contraditórias com o discurso eleitoral,
afetam diretamente a vida das pessoas.
Se o governo está mesmo em crise
e sem dinheiro para fazer, por que lotou as administrações de pessoas para
ficarem paradas ganhando o salário? Por que repartiu as administrações,
contrariando as promessas de campanha e o fez antes de lançar o decreto que não
podia contratar?
Por que o povo brasiliense e Vicentipirense deveriam ter paciência e compreensão? Em Vicente Pires, até a reunião com Renato Santana, nada indicava que a situação seria passageira, nada indicava que o governo desta vez estivesse falando a verdade.
Gilberto Camargos
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