segunda-feira, 4 de maio de 2015

ICMBio, Agefis e GDF vão condenar as crianças da Colônia 26 ao fracasso mantendo estradas ruins e alunos sem ter como ir as aulas?


Situação deixa pais de alunos desolados; entra ano sai ano, sempre que chove os alunos de da Colônia Agrícola 26 de Setembro não conseguem chegar a escola.

Mesmo depois de 17 anos implantados, os moradores da Colônia Agrícola 26 de Setembro em Vicente Pires ainda sofrem com o descaso do poder público e da justiça. A Colônia Agrícola foi criada em 1996 pelo decreto 17.502, mas dois anos depois o assentamento que contava com 134 famílias produzindo seu sustento, foi repassado para a União. Criaram e assentaram as famílias em 1996 e em 1998 resolveram transformar em Floresta Nacional. Pasmem, mas é isso mesmo! Pela falta de planejamento, covardia e má administração do governo, o local passou de área produtiva legalmente criada e começou a ser considerada ameaça ao Parque Nacional.

Essa pendenga judicial vem se perpetuando há 17 anos e ninguém mantém os direitos básicos dos moradores. Mesmo com as garantias legais e imposições da lei para que os pais mantenham as crianças na escola e as garantias à educação como um direito de todos e dever do Estado, com a conseqüente obrigatoriedade do ensino dos 07 aos 14 anos e a gratuidade nos estabelecimentos oficiais não são oferecidas condições para o exercício do direito.


Ressaltamos ainda que a lei também garante que pode haver chácaras em área de Flona.
Mesmo que o lugar fosse uma Flona já definida com todas as ações julgadas, ainda assim poderia haver chácaras dentro dela. Portanto, as estradas e as necessidades básicas deveriam ser supridas, como por exemplo, o direito de ir e vir e estudar dessas centenas de crianças.

Meses depois do início do ano letivo, os alunos da Colônia pouco puderam aprender na escola. Mas, mesmo tão pequenos já percebem a omissão do estado e a covardia imposta pelo ICMBio que não permite a arrumação das estradas... O descaso do GDF e principalmente da Administração Regional.. O chefe de gabinete, mesmo sendo morador da cidade há muitos anos, se resume a dizer em audiência com a promotoria que está sendo pressionado pela população e não sabe o que fazer. Ora, a administração tem vários assessores e entre eles um jurídico e essas falas demonstram a total incapacidade administrativa de todos e deixa claro que estão ali para manter o cargo e o salário, pois nada fazem para conhecer e brigar pelo direito da população. Se tivesse interesse mesmo, argumentariam e mostrariam os direitos legais. 

Nosso administrador interino tem um lindo discurso! Ele aparece apenas quando existe mídia e depois desaparece e não se comunica com o povo. Já o chefe de gabinete é ótimo fotógrafo e um excelente divulgador de buracos mal tapados e serviço mal feito. 

Já o ICMBio, com a desculpa do parcelamento das chácaras, está punindo a todos, mesmo com os direitos garantidos por lei. Segundo o Sr. Bernado Issa, responsável pela Flona da 26, a arrumação das ruas não podem acontecer, pois existe uma preocupação de que as benfeitorias autorizadas sirvam como fomento a expansão dos parcelamentos clandestinos. Com isso, Robson Rodrigues da Silva vem negando veementemente os direitos dessa tão sofrida gente.

O que podemos perceber diante de tais colocações é falta de conhecimento da realidade do setor que hoje conta com mais de 7.200 famílias e que mesmo com a presença maciça desses órgãos a maioria das chácaras foram parceladas e poucas ainda estão intactas. A rigidez na fiscalização em nada ajudou.

A AGEFIS, que sempre foi considerada um monstro para todos, mostra que ganhou mais dentes, garras e aumentou o pavor de todos com a chegada da Sra. Bruna Pinheiro na direção. O negócio dessa nova diretora é acabar com tudo que diz respeito a condomínios. Mas, ela mostra preocupação e rigidez apenas em acabar com os sonhos dos pobres, pois para os ricos como a orla do lago Paranoá, ela não cumpre imediatamente, fica esperando e protelando até que saia uma decisão judicial favorável aos dois lados. Uma vergonha... 

O governo de Rollemberg ou seria enrollemberg? Esse não tem palavra, pois quando senador fez audiência pública e em campanha prometeu dar solução para a Flona da 26 de Setembro. Agora tudo mudou e ele não sabe e nem se lembra de nada...



Enquanto isso os pais de alunos começam a se preocupar com as avaliações do primeiro bimestre. Os filhos de José, Bruna de 11 anos e Felipe de 8 anos, só foram para a escola duas vezes este ano. Segundo José, em anos anteriores a dificuldade do transporte já existia, mas desta vez o local parece ter sido esquecido. Ele teme que os filhos percam o ano se o problema não for resolvido.

Francisco e José moram cerca de 20 quilômetros da escola. O acesso é tão ruim que o transporte dos alunos é feito por um ônibus que sempre fica pela estrada e se quiserem chegar à escola tem que sair a pé e caminhar até a DF001.

Outra moradora é Silvana Rodrigues, que tem dois filhos estudando. Este ano já aconteceu de eles não poderem ir estudar. "Isso nos preocupa, pois quando chove estamos ilhados".

A estrada tem muitas crateras. Em alguns pontos a estrada é estreita e mesmo dias depois da chuva ainda permanecem os buracos cheios d’agua. Com chuva o ônibus atola, em tempo de seca quebra e a poeira não deixa os alunos chegarem à escola em condições de estudar. Estes pontos são os obstáculos que impedem muitos alunos de ter acesso ao transporte.

Impacto

O diretor da Escola comenta que este ano na maioria dos dias letivos houve dificuldade para que os alunos chegassem à escola. Muitas vezes, mais da metade dos alunos não conseguiu chegar para as aulas. "Já repassamos a situação para o governo e buscamos contornar a situação da melhor forma, para que os alunos não sejam prejudicados".

A professora de uma das turmas conta que poucos alunos compareceram às aulas. O resultado é que toda a programação pedagógica precisa ser refeita. A orientação é que nos dias em que os ônibus não chegam, os professores não trabalhem conteúdos novos.

A única coisa que podemos fazer é encaminhar atividades extras para serem feitas em casa, mas de qualquer forma não é o ideal, conclui.

Com esse jogo de empurra e enrola e com a falha de todos os órgãos, bem como com a incapacidade desse governo de resolver coisas simples e garantidas por e lei, essa gente vai continuar sofrendo e pedindo socorro.

E agora quem poderá nos ajudar? Tomara que apareça logo o Chapolim Colorado, pois com toda inteligência desse governo e dos órgãos como ICMBio e Agefis essas crianças vão perder a esperança e o ano letivo.


Gilberto Camargos

Um comentário:

  1. Belas e sinceras palavras! O Rodrigo Rollemberg e Renato Santana simplesmente não lembram mais dos votos que ganharam daquela população e literalmente viraram as costas para todos que moram ali.
    Deixam as leis de lado para satisfazer opiniões próprias!
    Dizem que se avalia o governo pelos seis primeiros meses, o que podemos dizer do atual? #VERGONHA!

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