Depois continua assim...
Desde que foi criada, Vicente Pires dificilmente viu uma obra que realmente
fosse boa para a comunidade.
Quem não conhece na capital do Brasil, a cidade satélite que é a galinha dos
ovos de ouro? Ela é assim conhecida,
pois é aqui que os políticos desonestos e aproveitadores que não rejeitam uma
boquinha vêm para tirar proveito do que é público.
Aqui é o local onde há vários anos deputados enviaram suas emendas com
carta marcada, com a indicação da empresa que iria fazer a obra, para com isso
ganhar algum por fora. Onde milhares de aproveitadores ficaram ricos com
terrenos públicos, onde outros tantos se utilizam dos cargos indicados para
terem um empreguinho sem ter que passar por um concurso público.
É em Vicente Pires que os administradores usaram sempre a frase fazemos obras
paliativas porque não temos licença ambiental e é uma região sem regularização.
Com essa desculpa sempre repassaram para empresas suspeitas, desqualificadas e
mal intencionadas, obras advindas de emendas parlamentares. Desde que foi
criada a região administrativa, as empresas que aqui fazem as obras são as
mesmas, empresas que tem como compromisso, apenas o dinheiro. Nesse governo não
chegaram as empresas, mas as obras são apenas tapa buracos de péssima
qualidade...
Com isso, as obras são as piores que já existiram, não tem qualidade, não tem
padrão definido, não cumpre o contrato e não entrega o que foi contratado.
Com 12 anos de existência, raríssimas vezes o Jornal Conversa Informal
conseguiu encontrar obras que fossem dignas de elogios.
Mas neste governo nada está sendo diferente, no início a administradora não
conseguia nada, nada se podia fazer segundo todos os órgãos do governo até que
caiu a administradora e apareceu o Sassá Mutema, aquele que para todos seria a
salvação da pátria. Veio para ser o administrador interino, nosso Vice
Governador Renato Santana que trouxe muita euforia e com palavras bonitas, se
mostrando interessado e fora de qualquer política partidária fez renascer em
todos, a chama da esperança de que seria melhor.
No calor das reportagens que levou Vicente Pires a ser conhecido no cenário
nacional, o nosso administrador interino recebeu as lideranças e moradores e
trouxe para nossa cidade os responsáveis por todos os órgãos do governo e
prometeu maravilhas. Porém, logo depois esse mesmo Salvador da Pátria
desapareceu, não deu mais informações de nada, não falou mais com as lideranças
e com moradores e trouxe para a cidade apenas o antigo e mal feito tapa buracos
que gasta muito dinheiro e logo depois tudo é levado pelas águas.
Por iniciativa da AMOVIPE, as reivindicações abaixo, assinadas pela maioria das
lideranças foram entregues e discutidas com o Administrador interino e
responsáveis pelos órgãos do governo.
01- Reunir com as lideranças representativas semanalmente ou quinzenalmente,
para tratar das presentes demandas. Emergencial e imediata.
02 -Disponibilizar patrulhas mecanizadas permanentes, em especial na estação
chuvosa, para realizar serviços emergenciais diários. Emergencial e imediata.
03 -Terminar a obra de esgoto, devido ao derramamento de dejetos nas vias
públicas a partir das galerias (prejuízos também à CAESB, que não recebe as
taxas). Emergencial imediata.
04 -Não fechar o posto de saúde. Não mudar a finalidade do posto para unidade
de recuperação de dependentes químicos (centro de atenção psicossocial - Caps).
Emergencial imediata.
05 - Buscar autonomia do posto de saúde como unidade definitiva da Ra xxx emergencial
imediata.
06 - Emitir licença de instalação (LI) para as glebas I, II e IV (sem as LI’s,
as obras da concorrência 19/2014 não poderão ocorrer nas referidas
glebas). Emergencial imediata.
07- Disponibilizar água potável para os lotes localizados em app’s
conforme decreto 34211/2013 e relatório do antigo grupar (justificação: água
subterrânea poluída) emergencial imediata.
08 - Solucionar pendências da concorrência 19/2014 (convênio dos 519 milhões)
junto à CEF e governo federal. Emergencial imediata. Convênio vence em
18/03/2015.
09 - Acabar com o fechamento do viaduto Israel Pinheiro nos horários de pico,
que prejudica Vicente Pires. O acesso pela Rua 3 também pode ser melhorado.
Emergencial imediata.
10 - Fiscalizar e coibir a construção de grandes edifícios sem o devido estudo
de impacto de trânsito. Emergencial imediata.
11- Patrolar e colocar fresado nas vias da colônia 26 de setembro, conforme
orientação / autorização do ministério público (cópia já entregue à
administração). Emergencial imediata.
12 - Desviar enxurradas da Rua 12 para o canteiro da via estrutural, para
reduzir o fluxo que vai para a Rua 10, causando inundações.
Emergencial imediata.
13 - Construir UPA 24h na região do jóquei, para público de 300 mil pessoas
(SHVP-Estrutural-Guará). Curto prazo: seis meses.
14 - Autorizar e construir a sede do GRUVIPI Grêmio Recreativo Carnavalesco
Unidos de Vicente Pires, na região lindeira à EPTG. Curto prazo: seis meses.
15 - Reparar PECS do Taguaparque, danificados por obra da rede de alta
tensão. Curto prazo seis meses.
16 - Aproveitar a passarela da EPTG, próxima ao viaduto de águas claras, para
utilizar a estação do metrô localizada na altura do residencial península /
terminal de integração objetivando
atender moradores da Ra xxx ? (colônia samambaia). Curto prazo:
seis meses.
17 - Construir a ponte sobre o córrego samambaia, às margens da EPTG, ao lado
da faculdade Mauá, ligando Vicente Pires à Colônia Samambaia. Curto
prazo: seis meses.
18 - Disponibilizar containers em pontos da cidade para carroceiros e
moradores, objetivando evitar o descarte de lixo nas ruas e em locais
inadequados. Curto prazo: seis meses.
19 - Fiscalizar e liberar todas as calçadas para que todos os pedestres e
cadeirantes possam ter mobilidade. Curto prazo: ainda em 2015.
20 - Reunir o comércio local visando regular suas fachadas e coibir a
construção de puxadinhos. Curto prazo: ainda em 2015.
21 - Solicitar à Bancada Federal para retirar a colônia agrícola 26 de setembro
da FLONA. Curto prazo: ainda em 2015.
22 Não fechar o posto policial ao lado da feira do produtor e instalá-lo em
local visível na rua 4A Curto prazo:
ainda em 2015.
23- Destinar área do posto policial para ampliar a escola
classe 1, ao lado da feira do produtor. Sugestão: construir um prédio para
futuramente termos o Ensino Médio.
24 - Complementar a iluminação pública da Ra XXX e redimensionar a rede
elétrica no assentamento 26 de setembro que cai todos os dias. Curto prazo
2015.
25 - Construir a ponte da via estrutural (marginal) e uma passarela na altura
do posto policial (Rua 5). Curto prazo: ainda em 2015.
26 - Implantar companhia independente da PMDF na área lindeira à EPTG, próxima
ao viaduto de águas claras. Curto prazo: ainda em 2015.
27 - Disponibilizar linhas de ônibus para o guará (inexistentes) e plano
piloto, além de uma linha circular interna, com ligação com o metrô de
Taguatinga. (projeto AMOVIPE / Valdênis-CONSEG). Curto prazo: ainda em 2015.
28 - Construir unidade de saúde no assentamento 26 de setembro. Curto-prazo:
ainda em 2015.
29 - Instalar posto policial no assentamento 26 de setembro. Curto prazo: ainda
em 2015.
30 - Disponibilizar água potável para o assentamento 26 de setembro. Curto
prazo: ainda em 2015.
31 - Construir ponte para ligar a avenida Misericórdia com a Rua 4
(concorrência 19/2014). Curto prazo: ainda em 2015.
32 - Duplicar a Rua 3 conforme projeto urbanístico concorrência 19/2014. Médio prazo: dois anos.
33 - Duplicar a rua 4A até o limite da Rua 8. Médio prazo: dois
anos.
34 - Construir escola pública de ensino médio, em parceria com o IFB instituto
federal de Brasília, na área lindeira da EPTG. Médio prazo: dois anos.
35 - Construir delegacia, na área lindeira à EPTG, visando atender a colônia
samambaia e a vila são José. Médio prazo: dois anos.
36 - Construir creche na área pública lindeira da EPTG. Médio prazo: 2 anos.
37 - Construir PECS nas Ruas 4A e 7. Médio prazo: dois anos.
38 - Abrir a DF-097, lindeira ao assentamento 26 de Setembro e ao Parque
Nacional, ligando à DF 001 e à cidade estrutural, até chegar ao Regimento de
Cavalaria de Guardas - RCG. Longo prazo: três anos.
39 - Construir viaduto no cruzamento da via Hélio Prates com o pistão norte
(acesso á Rua 10 de Vicente Pires). Longo prazo: quatro anos.
Tudo isso foi discutido com nosso Administrador, mas de tudo que foi discutido,
veio apenas os gastos absurdos com a operação tapeia buracos e com isso a
destruição ambiental irreversível.
Essa prática maldita as nossas ruas já vem recebendo há vários anos. O jornal
sempre mostrou que era jogar dinheiro fora e mostra novamente que continua
sendo jogado nosso dinheiro no esgoto.
Muitos reclamam que o jornal só critica as obras, nunca elogia, mas o que
ninguém sabe, são os prejuízos que o governo através da má administração causa
aos cofres públicos com as obras aqui realizadas. A equipe do jornal acompanha
de perto tudo que é feito em Vicente Pires e podemos garantir que aqui nunca
foi feita uma obra com o mínimo de qualidade. Sendo assim, não podemos elogiar,
pois estaríamos mentindo e enganando a população e isso o desgoverno já faz com
louvor.
A resposta dos governantes e mandatários de nossa região é sempre a mesma: obra
definitiva, apenas depois das licenças: Tudo mentira, onde não existe licença
ambiental, nenhuma obra pode ser feita: nem definitiva, nem paliativa.
Portanto, se fazem obras mal feitas estão cometendo o mesmo crime que se
fizessem uma obra definitiva.
Todos os dias são cometidos crimes com obras ruins e caras. E não é porque
faltam licenças, é porque se fizerem as obras de qualidade, a galinha dos ovos
de ouro para de botar e os mandantes e amigos deixam de ganhar.
Um jornal comunitário de verdade tem o objetivo de defender a comunidade e não
elogiar obras mal feitas. Mas, esperamos
elogiar em breve, pois se assim for já teremos uma boa obra que mudará a rotina
de muita gente.
Gilberto Camargos
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