Moradores repudiam festanças sem ter
o que comemorar mas aplaude o espaço cultural com capacidade para 5 mil obras
que já conta com livros em braile
Nos dias 24 a 30 de maio Vicente Pires comemorou
os seis anos de criação da RA XXX. Porém, a cidade não tinha muito a comemorar,
pois está afundada em buracos e em total abandono, com uma administração lotada
de funcionários indicados que só tem ânimo e se empenham para fazer festas, no
mais, apenas um tapeia buracos que não agrada a ninguém, mas é propagado com
veemência pelo chefe de gabinete que faz questão de divulgar aos moradores
todos os dias.
A festa contou muito pouco com a presença da
população, a maioria dos presentes eram apenas os funcionários da casa e seus
familiares, pois para a maioria dos moradores, o empenho e tempo gasto na
festa, deveria ter sido usado para melhorar a qualidade de vida dos moradores e
tirar a cidade do caos.
A festança veio apenas para desviar a atenção da
população das condições da cidade e da existência de um governo sem rumo e
claro de uma cidade sem comando, onde o administrador interino da cidade,
Renato Santana fala mais do que faz, mas acabou trazendo mais revolta. Para piorar
ainda mais o quadro, o Administrador interino que é católico , mandou celebrar
uma missa ao invés de um culto ecumênico, (nada contra os católicos),
esquecendo que a cidade é composta por várias religiões e o Estado é laico.
Presentes nesta missa apenas os funcionários da administração e do governo,
além de uns doze moradores católicos.
Mas nem tudo está perdido, neste aniversário a
população ganhou a primeira biblioteca pública da cidade, um bloco inteiro foi
reformado e virou um belo e necessário espaço de cultura. Esse fato ficará
marcado na história de Vicente Pires. A biblioteca nasceu da força da
comunidade e empenho de alguns servidores. Os moradores também estão
contribuindo para melhorar e aumentar o número de títulos com doações e hoje o
acervo já conta com dois mil livros, metade doada pela biblioteca pública de
Ceilândia. Para atender a todos e
promover a inclusão social 50 exemplares em braile foram doados pela Fundação
Dorina Nowill de São Paulo para ser usados pelos cegos.
Além de
livros, revistas e periódicos, há quatro computadores com acesso à internet —
cedidos pela Administração Regional — para que os usuários também estudem e
façam pesquisas. A biblioteca pública funcionará de segunda a sexta-feira, das
8 às 18 horas. Para se cadastrar no sistema que permite o empréstimo de livros
e o uso dos computadores, os interessados devem levar documento de identidade,
duas fotos 3x4, comprovante de residência e doar três revistas atuais, ou três
gibis ou um livro. Participe!
Gilberto Camargos
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