terça-feira, 2 de junho de 2015

Nos seis anos da RA XXX população ganha biblioteca pública


Moradores repudiam festanças sem ter o que comemorar mas aplaude o espaço cultural com capacidade para 5 mil obras que já conta com livros em braile

Nos dias 24 a 30 de maio Vicente Pires comemorou os seis anos de criação da RA XXX. Porém, a cidade não tinha muito a comemorar, pois está afundada em buracos e em total abandono, com uma administração lotada de funcionários indicados que só tem ânimo e se empenham para fazer festas, no mais, apenas um tapeia buracos que não agrada a ninguém, mas é propagado com veemência pelo chefe de gabinete que faz questão de divulgar aos moradores todos os dias.
A festa contou muito pouco com a presença da população, a maioria dos presentes eram apenas os funcionários da casa e seus familiares, pois para a maioria dos moradores, o empenho e tempo gasto na festa, deveria ter sido usado para melhorar a qualidade de vida dos moradores e tirar a cidade do caos.
A festança veio apenas para desviar a atenção da população das condições da cidade e da existência de um governo sem rumo e claro de uma cidade sem comando, onde o administrador interino da cidade, Renato Santana fala mais do que faz, mas acabou trazendo mais revolta. Para piorar ainda mais o quadro, o Administrador interino que é católico , mandou celebrar uma missa ao invés de um culto ecumênico, (nada contra os católicos), esquecendo que a cidade é composta por várias religiões e o Estado é laico. Presentes nesta missa apenas os funcionários da administração e do governo, além de uns doze moradores católicos.
Mas nem tudo está perdido, neste aniversário a população ganhou a primeira biblioteca pública da cidade, um bloco inteiro foi reformado e virou um belo e necessário espaço de cultura. Esse fato ficará marcado na história de Vicente Pires. A biblioteca nasceu da força da comunidade e empenho de alguns servidores. Os moradores também estão contribuindo para melhorar e aumentar o número de títulos com doações e hoje o acervo já conta com dois mil livros, metade doada pela biblioteca pública de Ceilândia.  Para atender a todos e promover a inclusão social 50 exemplares em braile foram doados pela Fundação Dorina Nowill de São Paulo para ser usados pelos cegos.

 Além de livros, revistas e periódicos, há quatro computadores com acesso à internet — cedidos pela Administração Regional — para que os usuários também estudem e façam pesquisas. A biblioteca pública funcionará de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. Para se cadastrar no sistema que permite o empréstimo de livros e o uso dos computadores, os interessados devem levar documento de identidade, duas fotos 3x4, comprovante de residência e doar três revistas atuais, ou três gibis ou um livro. Participe!

Gilberto Camargos

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