Com muita luta o povo de Vicente Pires ganhou um posto de saúde que foi
inaugurado em 2014. Porém, após a entrada do governador Rollemberg a população
vem sofrendo com a ameaça de fechamento do Posto de Saúde.
Por diversas vezes a população se uniu em atos para que a unidade de saúde não
fechasse as portas e chegou a fazer uma arrecadação de dinheiro para comprar
uma geladeira para substituir à única que havia e foi retirada em uma das
investidas do governo para fechar o posto.
Sempre que os moradores se uniam o vice-governador e administrador interino de
Vicente Pires mandava dizer que não estavam fechando o posto. Mas, nesta
segunda-feira (29/06) os moradores tiveram acesso a um vídeo de uma reunião da
direção de saúde de Taguatinga que atualmente comanda Vicente Pires, onde
ficava claro que os atendimentos à comunidade seriam suspensos para a
população. Seria atendido apenas quem já tivesse consulta marcada até agosto.
Uma manifestação foi organizada por moradores da cidade através do presidente
da AMOVIPE, Associação de moradores de Vicente Pires e as 13h moradores
abraçariam simbolicamente o Posto de Saúde e em seguida sairiam em carreata
para a residência oficial do governador Rodrigo Rollemberg, em Águas Claras.
O anúncio da manifestação foi feito em um grupo de whats app em que o
Vice-governador participa e assim começaram a surgir as mentiras do governo.
Na manifestação o subsecretário de saúde apareceu correndo e anunciou que o
posto não estava fechando, mas estava mentindo, pois tudo havia sido gravado
anteriormente. O posto funciona precariamente desde sua inauguração. No início
a população contava com um médico da família, dois clínicos gerais, dois pediatras,
sala de vacina, medicação, curativos e um ginecologista para realização de
pré-natal nas gestantes da regional. Eram realizados cerca de 70 atendimentos
por dia. No último mês a situação do Posto piorou com a falta de profissionais,
apenas um médico atendia precariamente a população. A unidade de saúde tem 7
mil pacientes cadastrados que ficarão sem atendimento, dentre estes cerca de
500 gestantes.
O posto era vinculado à regional do Guará passou para Taguatinga sem o
conhecimento e ou consentimento dos moradores e estava fechando por falta de
servidores e materiais. Taguatinga não tem condições de assumi-lo e os
servidores que lá atendem são do Guará e voltarão, a partir de julho, para os
seus locais de origem, por isso ficaria um déficit de pessoal em Vicente Pires.
Estamos mobilizados para que o governo assuma a postura de não retirar
benefícios alcançados com muita luta.
Uma cidade que ultrapassa os 80 mil habitantes precisa mais de uma unidade de
saúde.
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