quarta-feira, 1 de julho de 2015

VIADUTO ISRAEL PINHEIRO: FECHAR O ACESSO A VICENTE PIRES NÃO É SOLUÇÃO!


AMOVIPE ameaçou se manifestar novamente na EPTG por causa do fechamento no horário de pico. Em contrapartida, o DER prometeu fazer duas alças saindo da via expressa em direção a Águas Claras para resolver a questão.

(*) Por Geraldo Oliveira: do Blog Vicente Pires Alerta
Apesar do nome pomposo e da arquitetura bonita, o Viaduto Israel Pinheiro (EPTG), na verdade, nasceu torto e equivocado, sendo hoje considerado um dos maiores erros de engenharia do Distrito Federal.
O tal “projeto de viaduto” é um “abacaxi viário” e poderia ter sido concebido de forma muito simples. Bastaria que o projetista tivesse copiado o modelo com “tesourinhas” existente no Plano-piloto, igual àquele que existe no Jóquei. Mas, um viaduto nesse formato iria incomodar muita gente com desapropriações. Por isso fizeram “aquilo” que está lá na nossa entrada principal.
Chega-se à conclusão, então, que não foi erro do projetista, mas sim receio do gestor público em não desapropriar. Afinal, alças tipo tesourinhas iriam tomar lotes da vizinhança. Ora, o gestor público à época era o Arruda e ele deveria ter negociado com os proprietários em prol da coletividade. Mas não, resolveu fazer um “quebra-galho”, para não ter aborrecimentos desapropriatórios. Hoje, o “viaduto-abacaxi” está lá, sem finalidade viária e com a função de travar o trânsito.
Para resolver parte desse imbróglio, o DER todo final de tarde se posiciona com suas viaturas na alça de acesso a Vicente Pires e coloca por lá enormes cones, como se quisesse dizer: “ACESSO PROIBIDO PARA VICENTE PIRES!”. Ora, seria isso justo para um povo já tão sofrido como o nosso na questão da mobilidade e com tantos outros problemas de falta de infraestrutura?
Justifica o DER que o órgão fecha a alça porque fez um levantamento estatístico, tendo os tecnocratas responsáveis pela engenharia de trânsito constatado que, enquanto passam 20 carros em direção a Águas Claras, Park Way e Arniqueiras, apenas 1 segue em direção a Vicente Pires. Então, na visão do Órgão a solução é fechá-la, para dar fluidez à marginal que vai para as cidades que concorrem conosco na mesma via.
Diria o DER: “o povo de Vicente Pires não irá sentir a diferença, afinal este é mais um problema que enfrentará”. Dizemos “NÃO, SENHOR DER”: a AMOVIPE e o povo de Vicente Pires jamais irão se conformar com uma solução tecnocrata dessas, tirada de pranchetas. Um erro jamais irá justificar outro e é preciso oferecer a todos os cidadãos do DF, indiscriminadamente, o mesmo tratamento. Se há um erro, deve-se corrigi-lo!
Cansados de tanto ir ao DER e ouvir a mesma ladainha, alguns moradores, liderados pelo nosso bravo presidente da AMOVIPE, Gilberto Camargos, haviam decidido fechar a via Marginal da EPTG no último dia 12 de junho, como forma de protesto. Estava tudo programado, com divulgação nas redes sociais e panfletagem pela cidade, quando o Diretor do DER, Sr. Henrique Luduvice, resolveu dar as caras para pedir que não ocorresse o fechamento, pois tinha uma proposta a fazer.
No dia 11 de junho, um dia antes, reuniram-se lideranças comunitárias, o chefe de gabinete, Senhor De Paula e o Sr. Henrique Luduvice, na Administração Regional. Disse ele que o Órgão está programando fazer algumas alterações no viaduto: construirá duas alças a partir da via expressa em direção a Águas Claras e um acesso direto à Rua 3 de Vicente Pires, saindo da alça de baixo. A primeira alça seria igual àquela que foi construída no balão próximo ao Wall Mart e à Unieuro. Já a segunda, estimada em cerca de 20 milhões de reais, seria um acesso aéreo que sairia das faixas da esquerda da via expressa, na mesma direção da EPVP (Estrada Parque Vicente Pires), que vai para Águas Claras e Park Way.
A alça mais cara e complexa ainda depende de recursos e de se criar a rubrica no orçamento de 2016. Já as outras alterações (a alça terrestre e a entrada para a Rua 3) estão estimadas em cerca de 2 milhões de reais, previstas a começar ainda em 2015. Essa promessa (que tomara não caia no esquecimento mais esta vez), fez com que a AMOVIPE se arrefecesse de manifestar na EPTG, por enquanto.
A proposta de criação do acesso direto do viaduto para a Rua 3 (após o Big Box) seria a seguinte:
a)    o barranco ao lado do acesso à Rua 3 seria cortado para fazer mais uma faixa de entrada livre, para quem vem pela via marginal da EPTG;
b)   seriam instalados “tachões tipo tartarugas” ou “minipostes de sinalização” para separar essa nova faixa, da faixa existente, de forma a evitar colisões;
c)    os veículos que viriam da alça de acesso do viaduto (por baixo) entrariam direto na Rua 3 e não fariam o “X” com quem sai de Vicente Pires.
Como se vê, a proposta não é ruim, por isso a AMOVIPE adiou a manifestação. Espera-se que a promessa do DER se transforme em ação desta vez, pois nossa população cansou de esperar por um melhor tratamento na questão da mobilidade. Mas engana-se quem pensa que os recursos para estas obras estão garantidos. O Diretor alega que será necessário buscá-los, pois obras maiores estão paradas por falta de dinheiro.
Ciente disso, a AMOVIPE já saiu em campo: irá buscar emendas parlamentares na Câmara Distrital, tendo já conseguido recursos parciais de 600 mil reais já carimbados para a Administração Regional de Vicente Pires, com possibilidade de liberação até agosto. Pelo menos as obras de acesso à Rua 3, que será de responsabilidade da Administração, já têm parte dos recursos captados, bastando a Administração fazer os projetos e tocar a obra.
Para as alças na via expressa da EPTG, a Associação já está em conversação com alguns deputados distritais para fazer emendas, tendo sido prometido por um deles destinar 3 milhões de reais no próximo ano para Vicente Pires, que poderiam perfeitamente ser usados para as alças. Se esta e mais emendas se efetivarem, sejam quais distritais as façam, Gilberto Camargos, que também é proprietário deste jornal, já disse que irá enaltecer seus nomes junto à população.
A AMOVIPE existe para esse fim, caro amigo e amiga: para ser o contraponto a tudo que prejudicar esta região, lutando por ela. Fazer a diferença é a nossa meta!
Até o próximo mês e um grande abraço!


(*) Geraldo Oliveira é servidor concursado da Câmara Legislativa e mora em Vicente Pires há 13 anos. Atualmente é Diretor de comunicação da Amovipe e Vice-presidente eleito da UNAVIP – União das Associações e Lideranças Representativas de Vicente Pires.

Um comentário:

  1. Mudei recentemente para Vicente Pires, e foi uma péssima surpresa qdo voltava ontem pra casa e o viaduto fechado. Péssima solução.

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