AMOVIPE
ameaçou se manifestar novamente na EPTG por causa do fechamento no horário de
pico. Em contrapartida, o DER prometeu fazer duas alças saindo da via expressa em
direção a Águas Claras para resolver a questão.
(*) Por Geraldo Oliveira: do Blog Vicente Pires Alerta
Apesar
do nome pomposo e da arquitetura bonita, o Viaduto Israel Pinheiro (EPTG), na
verdade, nasceu torto e equivocado, sendo hoje considerado um dos maiores erros
de engenharia do Distrito Federal.
O
tal “projeto de viaduto” é um “abacaxi viário” e poderia ter sido concebido de
forma muito simples. Bastaria que o projetista tivesse copiado o modelo com
“tesourinhas” existente no Plano-piloto, igual àquele que existe no Jóquei.
Mas, um viaduto nesse formato iria incomodar muita gente com desapropriações. Por
isso fizeram “aquilo” que está lá na nossa entrada principal.
Chega-se
à conclusão, então, que não foi erro do projetista, mas sim receio do gestor
público em não desapropriar. Afinal, alças tipo tesourinhas iriam tomar lotes
da vizinhança. Ora, o gestor público à época era o Arruda e ele deveria ter
negociado com os proprietários em prol da coletividade. Mas não, resolveu fazer
um “quebra-galho”, para não ter aborrecimentos desapropriatórios. Hoje, o
“viaduto-abacaxi” está lá, sem finalidade viária e com a função de travar o
trânsito.
Para
resolver parte desse imbróglio, o DER todo final de tarde se posiciona com suas
viaturas na alça de acesso a Vicente Pires e coloca por lá enormes cones, como
se quisesse dizer: “ACESSO PROIBIDO PARA VICENTE PIRES!”. Ora, seria isso justo
para um povo já tão sofrido como o nosso na questão da mobilidade e com tantos
outros problemas de falta de infraestrutura?
Justifica
o DER que o órgão fecha a alça porque fez um levantamento estatístico, tendo os
tecnocratas responsáveis pela engenharia de trânsito constatado que, enquanto
passam 20 carros em direção a Águas Claras, Park Way e Arniqueiras, apenas 1 segue
em direção a Vicente Pires. Então, na visão do Órgão a solução é fechá-la, para
dar fluidez à marginal que vai para as cidades que concorrem conosco na mesma
via.
Diria
o DER: “o povo de Vicente Pires não irá sentir a diferença, afinal este é mais
um problema que enfrentará”. Dizemos “NÃO, SENHOR DER”: a AMOVIPE e o povo de
Vicente Pires jamais irão se conformar com uma solução tecnocrata dessas,
tirada de pranchetas. Um erro jamais irá justificar outro e é preciso oferecer
a todos os cidadãos do DF, indiscriminadamente, o mesmo tratamento. Se há um
erro, deve-se corrigi-lo!
Cansados
de tanto ir ao DER e ouvir a mesma ladainha, alguns moradores, liderados pelo
nosso bravo presidente da AMOVIPE, Gilberto Camargos, haviam decidido fechar a
via Marginal da EPTG no último dia 12 de junho, como forma de protesto. Estava
tudo programado, com divulgação nas redes sociais e panfletagem pela cidade,
quando o Diretor do DER, Sr. Henrique Luduvice, resolveu dar as caras para
pedir que não ocorresse o fechamento, pois tinha uma proposta a fazer.
No
dia 11 de junho, um dia antes, reuniram-se lideranças comunitárias, o chefe de
gabinete, Senhor De Paula e o Sr. Henrique Luduvice, na Administração Regional.
Disse ele que o Órgão está programando fazer algumas alterações no viaduto: construirá
duas alças a partir da via expressa em direção a Águas Claras e um acesso direto
à Rua 3 de Vicente Pires, saindo da alça de baixo. A primeira alça seria igual
àquela que foi construída no balão próximo ao Wall Mart e à Unieuro. Já a segunda, estimada em cerca de 20
milhões de reais, seria um acesso aéreo que sairia das faixas da esquerda da
via expressa, na mesma direção da EPVP (Estrada Parque Vicente Pires), que vai
para Águas Claras e Park Way.
A
alça mais cara e complexa ainda depende de recursos e de se criar a rubrica no
orçamento de 2016. Já as outras alterações (a alça terrestre e a entrada para a
Rua 3) estão estimadas em cerca de 2 milhões de reais, previstas a começar
ainda em 2015. Essa promessa (que tomara não caia no esquecimento mais esta vez),
fez com que a AMOVIPE se arrefecesse de manifestar na EPTG, por enquanto.
a) o barranco ao lado do
acesso à Rua 3 seria cortado para fazer mais uma faixa de entrada livre, para
quem vem pela via marginal da EPTG;
b) seriam instalados “tachões
tipo tartarugas” ou “minipostes de sinalização” para separar essa nova faixa,
da faixa existente, de forma a evitar colisões;
c) os veículos que
viriam da alça de acesso do viaduto (por baixo) entrariam direto na Rua 3 e não
fariam o “X” com quem sai de Vicente Pires.
Como
se vê, a proposta não é ruim, por isso a AMOVIPE adiou a manifestação.
Espera-se que a promessa do DER se transforme em ação desta vez, pois nossa
população cansou de esperar por um melhor tratamento na questão da mobilidade.
Mas engana-se quem pensa que os recursos para estas obras estão garantidos. O
Diretor alega que será necessário buscá-los, pois obras maiores estão paradas
por falta de dinheiro.
Ciente
disso, a AMOVIPE já saiu em campo: irá buscar emendas parlamentares na Câmara
Distrital, tendo já conseguido recursos parciais de 600 mil reais já carimbados
para a Administração Regional de Vicente Pires, com possibilidade de liberação
até agosto. Pelo menos as obras de acesso à Rua 3, que será de responsabilidade
da Administração, já têm parte dos recursos captados, bastando a Administração
fazer os projetos e tocar a obra.
Para
as alças na via expressa da EPTG, a Associação já está em conversação com
alguns deputados distritais para fazer emendas, tendo sido prometido por um
deles destinar 3 milhões de reais no próximo ano para Vicente Pires, que
poderiam perfeitamente ser usados para as alças. Se esta e mais emendas se
efetivarem, sejam quais distritais as façam, Gilberto Camargos, que também é
proprietário deste jornal, já disse que irá enaltecer seus nomes junto à
população.
A
AMOVIPE existe para esse fim, caro amigo e amiga: para ser o contraponto a tudo
que prejudicar esta região, lutando por ela. Fazer a diferença é a nossa meta!
Até
o próximo mês e um grande abraço!
(*) Geraldo Oliveira é servidor concursado da
Câmara Legislativa e mora em Vicente Pires há 13 anos. Atualmente é Diretor de
comunicação da Amovipe e Vice-presidente eleito da UNAVIP – União das
Associações e Lideranças Representativas de Vicente Pires.
Mudei recentemente para Vicente Pires, e foi uma péssima surpresa qdo voltava ontem pra casa e o viaduto fechado. Péssima solução.
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