terça-feira, 27 de outubro de 2015

O dispendioso legado do Mané Garrincha

A notícia de que o pomposo “Estádio Nacional de Brasília” deverá ser excluído do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos “por falta de condições”, como noticiou Lauro Jardim, em O Globo, ontem, não surpreende. É mais uma etapa da crônica anunciada para o monumental reduto de 72 mil lugares, construído ao custo de R$ 1,8 bilhão.

Mergulhado em crise financeira que paralisa mais de vinte categorias dos serviços públicos, o Governo do Distrito Federal não tem como pagar R$ 600 mil mensais para a manutenção do gigante do futebol. Se esse dinheiro existisse nos cofres do GDF, deveria ser aplicado na compra de algodão, álcool, seringas etc, porque até isso falta nos hospitais da rede pública a Capital da República.


Fracasso e desmentido

O último jogo no Mané Garrincha foi em 17 de setembro, pela Copa Sul-Americana. Brasília OxO Atlético-PR levou ao estádio apenas seis mil torcedores. Ficaram 66 mil assentos vazios… O abandono geral pode ser medido pela ocupação deste ano: apenas 11 jogos.

O GDF desmentiu a notícia, afirmando que não foi comunicado da suspensão dos jogos pela Olimpíada 2016, como noticiou o repórter Daniel Brito, no UOL Esporte, ontem.

Mas, mesmo que alguns jogos da competição aqui sejam realizados, não tira do Estádio Nacional de Brasília a inexpressividade de seu monumental projeto. Sem mais comentários. A não ser que o ex-governador, Agnelo Queiroz, explique este fracasso que ele anunciou como “legado vitorioso”. E que o governo atual diga o que pretende fazer com a bomba que herdou

Fonte: UOL

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