quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Ação do Batalhão de Choque: Quem deu a ordem?

Sindicância na PM


O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tem evitado dar declarações públicas sobre o trabalho da Polícia Militar na desobstrução do Eixo Sul na semana passada que resultou na crise política pelo conflito com professores. ...

Ele mandou abrir uma investigação para apurar eventuais falhas e ponto final. Em conversas reservadas, no entanto, o governador admite que avalia como excessos a atuação da corporação. O problema foi a ordem para entrada do choque, pelotão extremo da PM, que atua quando há necessidade de contenção a qualquer custo. Para integrantes do governo, o erro foi ter acionado o choque. Mas quem é o responsável? O secretário de Segurança Público e Paz Social, Arthur Trindade, também não foi consultado. O protocolo nesses casos é deflagrar o processo depois de uma ordem superioríssima. Por isso, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo César, está por um fio. Deve sair.

Sindicância na PM

Por ISA STACCIARINI

A ação do Batalhão de Choque contra professores tem repercutido nos bastidores do Palácio do Buriti e do Comando-Geral da corporação. A Corregedoria da Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar se houve excessos na atuação de quarta-feira da semana passada, quando foram disparadas balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra os servidores, para liberar o fim do Eixão Sul. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF confirmou que “o secretário Arthur Trindade tinha conhecimento das manifestações que ocorreram na última quarta-feira (28/10), mas não foi consultado sobre o acionamento do Batalhão de Choque”.

A grande discussão envolve uma pré-negociação antes da chegada do Batalhão de Choque. Havia um acordo estabelecido com o 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e militares do Batalhão de Trânsito da PM (BPTrans). Sem saber disso, militares do Batalhão Especial agiram antes do horário combinado sob determinação superior.

Para George Felipe Dantas, consultor em segurança pública, a situação não permitia muita negociação.“Quando se utiliza a força, há dois lados de opinião: a posição daqueles que usaram a força no limite razoável e a de quem sofreu o uso da força”, destacou.

CORREIO BRAZILIENSE-FOTO: ANDRE VIOLATTI/ESP. CB/D.A PRESS

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