quinta-feira, 5 de novembro de 2015

“NÃO SOMOS PALHAÇOS”: CASERNA SE REBELA E ENQUADRA ROLLEMBERG, CHEFE DE UM GOVERNO QUE VIROU PÓ.

POLICIAL DESMOTIVADOÀs 10 horas da manhã de ontem o governador Rodrigo Rollemberg estava decidido: iria exonerar o comandante geral da Policia Militar, coronel Florisvaldo César, como forma de atender um suposto pedido do senador Cristóvão Buarque (PDT) que havia reprovado a ação da PM contra os professores grevistas.         


LETRA Aexoneração também atenderia ao pedido do secretário de Segurança Pública, Arthur Trindade que reclamava de não ter sido consultado na decisão do comandante geral de acionar o choque da PM para conter os professores grevistas que bloquearam as saídas dos Eixos Sul e Norte.
Duas horas depois, veio o recuo da decisão. Rollemberg decidiu não mais exonerar o comandante. O motivo foi o grito de insatisfação da caserna. Comandantes dos 34 batalhões da PM foram solidários ao comandante geral. “Se ele sair, sairão todos”, foi isso que chegou aos ouvidos do governador. Rollemberg sentiu pavor de uma "operação tartaruga" no momento mais delicado de Braslía.
Não é de agora que existe uma briga de foice no escuro entre o secretário de Segurança Arthur Trindade e o Comando geral da PM. O sociólogo Trindade é acusado pelos militares de não mover uma palha para ajudar a PM nas suas reais necessidades. Ao contrario, trem ajudado a fomentar a discórdia e a insatisfação nos quartéis.
A PM se sente acuada com a perda de prestígio político, cortes no já minguado orçamento, equipamentos obsoletos e quebrados, falta de investimentos e sem promoções. A debandada é grande com pedidos de reserva diariamente publicados pelo Diário Oficial do DF. Não há reposição, não há concurso público e a tropa cada vez mais encolhendo e o volume de serviço cada vez mais aumentando em cima de quem permanece.
O Fundo Constitucional criado para organizar e manter a Segurança Pública e auxiliar a Saúde e a Educação, atualmente faz um caminho inverso: serve para manter a Saúde e a Educação e o que sobra é para auxiliar a Segurança Pública.
O atual governo está utilizando o Fundo para pagar funcionários. Somado a isso, o plano de carreira da tropa, continua em banho-maria. Na campanha Rollemberg prometeu mais nem fala mais sobre o assunto. Há uma profunda decepção com Rollemberg. Tudo isso se tornou um pesadelo entre os 14 mil homens que integram a tropa da Policia Militar do Distrito Federal.
Os militares não estão mais tão quietos como imaginava o Governo de Brasília. O governador se deu conta da grande insatisfação crescente na caserna e sentiu que nos quartéis a sua impopularidade é ainda mais rasa do que nas ruas.
A ameaça de exoneração do coronel Florisvaldo Cesar fez a tropa rugir. “Tirar um comandante só por ter cumprido a lei é algo incompreensivo”, diz um oficial comandante de Batalhão. Ele lembrou que um tempo atrás um governador exonerou um comandante geral da PM só porque um soldado havia multado um deputado no trânsito. “Isso é surreal”, disse ele.
No caso da greve dos professores a PM cumpriu com a sua obrigação ao estabelecer a ordem e garantir o direito de ir e vi da população que havia sido obstruído por um grupo de professores. Para a maioria dos oficiais a ação da Policia se deu quando o diálogo foi vencido pelo radicalismo dos sindicalistas.
Fonte: Radar Condominios

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