quarta-feira, 25 de novembro de 2015

PRESIDENTE DA AGEFIS VAI TER QUE SENTAR NO BANCO DOS RÉUS PARA RESPONDER POR INVASÕES A DOMICÍLIOS E DERRUBADAS ILEGAIS

BOUGAINVILLE8A decisão não poderia ser ao contrario diante da pressão feita por centenas de moradores de condomínios, de vários pontos do DF, que ocuparam as galerias da Câmara Legislativa na tarde desta terça-feira (24), para exigir uma posição dos 24 deputados distritais em relação às criminosas operações de derrubadas e agressões físicas e prisões ilegais praticadas pela Agefis. Uma audiência publica aprovada pelo plenário, foi marcada para o próximo dia 7 de dezembro. Bruna Pinheiro vai ter que sentar no banco dos réus. O júri será o povo.
                                                             
LETRA B COM ASPASruna, não pode achar que a lei é ela e que esta Casa terá que endossar as invasões a domicílios, as humilhações, prisões ilegais de cidadãos e demolições feitas ao arrepio da lei”.
Foi o que disse o deputado Ricardo Vale (PT), presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa, ao defender a aprovação do seu requerimento que pedia a convocação da presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, para explicar e se defender das dezenas de imagens em vídeos e depoimentos em que os agentes da Agefis invadem casas, auxiliados pela policia, prendendo e humilhando os moradores para em seguida derrubar o imóvel. “Isso é um crime abominável contra os direitos humanos e uma agressão ao artigo quinto da Constituição”, afirmou o parlamentar.
Seguindo a mesma linha, o deputado Bispo Renato Andrade (PR) não deixou por menos. “Essa senhora quer derrubar mil e quinhentas casas de famílias humildes no Por do Sol. Hoje (ontem) a Agefis derrubou um templo evangélico e uma igreja católica da comunidade. Recuso-me, de hoje em diante, a votar favorável a qualquer pedido nesta Casa de projeto do Governo Rollemberg que agride as famílias e não respeita religiosidade da população”.
Renato Andrade também colocou em aprovação do plenário um requerimento de sua autoria que pede a realização de uma Audiência Pública para inquirir a presidente da Agefis. Os discursos inflamados contra a atuação de Bruna Pinheiro, a frente da Agencia de Fiscalização, foram repetidos por Wellington Luiz (PMDB), Raimundo Ribeiro (PSDB), Lira (PHS), Celina Leão (PDT) e pelo próprio líder do governo Júlio César (PRB-DF). “Assim fica difícil defender desse jeito”, reclamou o líder do governo ao se colocar favorável a aprovação dos dois requerimentos.
BOUGANVILLE56Ontem mesmo, o deputado Ricardo Vale que deverá dirigir a mesa da Audiência Publica junto com Renato Andrade, marcou a data do dia 7 de dezembro, às 15 horas, para ocorrer o evento. Ate lá, todas as demolições ficarão suspensas, conforme garantiu o deputado ao Radar.
O QUE ESTÁ POR TRÁS DAS DERRUBADAS DOS CONDOMÍNIOS
De acordo com a programação de operações da Agefis, as derrubadas de condomínios em processo de regularização estavam previstas até o ultimo dia de dezembro. Rodrigo Rollemberg robusteceu o orçamento da Agefis em R$ 50 milhões para serem usados nas demolições. Os condomínios do Altiplano Leste na região do Jardim Bubônico estão na programação de derrubadas. No setor de chácaras de Guará onde existem 86 chacareiros assentados por Juscelino kubitschek também estão ameaçados de serem expulsos. No local, o ganancioso Governo de Brasília vai construir arranha-céus.
Na 26 de Setembro, Por do Sol, Sol Nascente e Chácaras de Vicente Pires a ordem é derrubar tudo em nome da ocupação ilegal de áreas destinadas a equipamentos públicos como ocorreu na Chácara 200 . Mas por trás dessa falácia está o desejo do Governo de Brasília entregar as referidas áreas a construtora Brookfield Incorporações S.A que tem projetos imobiliários para toda a região.
No condomínio Bougainville as derrubadas iria continuar por toda esta semana. Até o final da semana passada, a Agefis havia demolido 40 casas das 81 existentes no condomínio. A ordem de Bruna Pinheiro é erradicar totalmente as moradias para que a área seja entregue pelo Governo de Brasília às construtoras OAS ( envolvida na “operação lava-jato”) e para a JC Contijo (envolvida no caso “caixa de pandora”) construírem 100 mil apartamentos. Não precisa notificar nada.
Quem resistir em não sair da casa para ser demolida a ordem é prender o dono e humilhar a família. Foi assim que aconteceu no Bougainville. Os vídeos chegaram a indignar a presidente da Comissão de Assuntos Fundiários, Telma Rufino e a própria presidente da Câmara Legislativa Celina Leão ao receber uma comissão de lideres comunitários na tarde de ontem. “Isso é um horror”, disse Celina. Telma chorou ao assistir as cenas.
O projeto Itaquari Etapa II, fruto de uma PPP, esta orçado em 36 bilhões de reais. Mas a história “grilo bilionário” foi parar no Superior Tribunal de Justiça que decidiu no mês passado trancar a matricula da fazenda Brejo ou Torto por não pertencer a Terracap. A empresa do governo é acusada de ter fraudado a matricula do espolio de Joaquim Marcelino de Sousa dentro do cartório de registro de imóveis de Planaltina. A escritura de 1935 foi fraudada com uma caneta bic que nem existe na época. Tudo foi periciado pela Justiça.
Na tentativa de não sair desmoralizado, o Governo de Brasília vende a mentira, através da imprensa comprada e paga pelo Buriti de que a área onde se encontra o Bougainville, condomínio com pedido de regularização, há mais de 25 anos, trata-se de uma Área de Proteção Ambiental. Ontem, no entanto, essa mascara caiu.
Fonte: Radar Condominios

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