sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

ASSOCIAÇÕES DE VICENTE PIRES FUNDAM UMA GRANDE ASSOCIAÇÃO QUE DEFENDERÁ A REGIÃO, DOA A QUEM DOER


 (*) Por Geraldo Oliveira - do blog Vicente Pires Alerta
Caro amigo e amiga, muitos não sabem ainda, mas foi fundada no último dia três de janeiro uma grande associação denominada UNAVIP - União das Associações e Lideranças Representativas da RA XXX - Vicente Pires, que representará entidades já existentes, como a Feira do Produtor, Chacareiros, associações de bairros, Conselho de Segurança, entre outras, além, é claro, da coletividade de moradores da RA XXX.
A ideia de se criar essa entidade maior foi do morador do Setor Jóquei, Luiz Antônio Tavares da Silva, conhecido como “Tavares”, que percebeu no movimento de eleição para administrador regional, ocorrido em outubro e novembro, uma oportunidade para formalizar o que está previsto no Artigo 12 da Lei Orgânica do DF há muitos anos: o de que cada Região Administrativa do DF deve ter um “Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras”.
Todos devem se lembrar da promessa do governador eleito Rodrigo Rollemberg, de que seu governo seria marcado por participação popular e controle social, o que é louvável sob a ótica da postura histórica dos governos do DF. Nesse sentido durante a campanha ele prometeu regulamentar o Artigo 10, § 1º da Lei Orgânica para fazer a eleição direta, assim como o Artigo 12, para regulamentar os Conselhos Comunitários.
Aplaudindo a promessa, a AMOVIPE – Associação de moradores de Vicente Pires e Região promoveu a eleição para administrador em Vicente Pires, feita somente com as associações devido à falta de recursos para envolver toda a população. Para fundar a UNAVIP, que se propõe a fazer as vezes do Conselho, foram feitas quatro reuniões de debates, de outubro a dezembro de 2014, sendo que a quinta e última, ocorrida no dia 3 de janeiro de 2015, aprovou o estatuto social e elegeu a diretoria.
Dentre as associações fundadoras estão a AFEIVIPS (Feira do Produtor), a ACVPA (Chacareiros), a AMOVIPE (de moradores de Vicente Pires e Região), o GRUVIPI (Grupo Carnavalesco), o CONSEG (Conselho de Segurança), a AMORJOQUEI (moradores do Jóquei), A ACCASA (moradores da Colônia Samambaia), o Jornal e Blog Conversa Informal, o Blog Vicente Pires Alerta e a Organização Verde Brasil (OSCIP ambiental). Outras associações estão avaliando aderir, como o Conselho de Pastores de Vicente Pires (COPEVIP) e algumas prefeituras.
Entre as lideranças comunitárias e políticas da UNAVIP destacam-se o ex-administrador Alberto Meireles, a atual administradora Celeste Liporoni, o ex-candidato a deputado distrital, Sérgio Campos, o jornalista Gilberto Camargos, o blogueiro Geraldo Oliveira, os fundadores do Conselho de Segurança, Jailton Rodrigues, Valdenis de Deus Alves e Luiz Tavares, Círio Francisco Oliveira, líder na Vila São José, Eliane Monteiro, líder na Colônia 26 de Setembro e Mauro Regis Pinto da Silva, gerente da Feira do Produtor.
A nova associação é composta por uma Diretoria e pelos Conselhos Fiscal e Político, tendo sido eleitos para o primeiro mandato: Gilberto Camargos (Presidente), Geraldo Oliveira (Vice-Presidente), Sebastião Machado (Diretor de Articulação Institucional), Sérgio Campos (Primeiro Secretário) e Luciano Ibiapina (Tesoureiro). Destaca-se na Diretoria o cargo de “Diretor de Articulação Institucional”, que possui a importante missão de fazer a interlocução com o poder público.
Com a nova associação, a luta comunitária de Vicente Pires possuirá uma vertente mais coletiva a partir de agora. Já no mês de janeiro tivemos a primeira vitória, que foi a recondução de Maria Celeste Liporoni ao cargo de Administradora Regional. Outras ainda estão por vir, como a manutenção do posto de saúde na Rua 4, que está em vias de fechar por causa do alto aluguel de 90 mil reais, o fim do esgoto a céu aberto e as obras de urbanização (com licitação em andamento).
Em janeiro a UNAVIP também fez reuniões na CAESB – 20/01/2015, às 09h, com o Diretor Marcos Melo, para cobrar o término da obra de esgoto e a fiscalização das ligações clandestinas em suas galerias inacabadas; no DER - 20/01/2015 às 15h, com o Diretor Henrique Luduvice, para cobrar readaptação viária em torno do Viaduto Israel Pinheiro. No dia 22/01/2015 às 15h foi a vez da AGEFIS, com a Presidente Bruna Pinheiro, para que se controlem os “puxadinhos” do comércio e a construção de prédios em locais não permitidos pelo Projeto de Urbanismo, que travarão nosso trânsito. Foi solicitado ainda o fim do terror das derrubadas na 26 de Setembro.
Outros encontros estão sendo aguardados, como na NOVACAP e na Secretaria de Infraestrutura e Obras, para viabilizar que uma Comissão da UNAVIP possa acompanhar os projetos e as obras da Concorrência 19/2014 (de drenagem e urbanização). Serão feitas brevemente outras ações no Palácio do Buriti e na Câmara Legislativa, para cobrar encaminhamentos acerca do processo regulatório da RA XXX, além de emendas ao orçamento e outros recursos para a região.
A UNAVIP teve excelentes resultados até aqui, mesmo com tão pouco tempo de vida. Para se fortalecer ainda mais, outras entidades poderão fazer parte da agremiação, bastando apresentar ofício declarando esse desejo, a cópia do estatuto, o registro em cartório, o CNPJ e a cópia da ata que elegeu os atuais dirigentes.  Para as pessoas físicas, exigem-se os documentos pessoais e os que comprovam atuação comunitária, como fotos, reportagens e moções de louvor. (CONTATOS: 9217-1719 e 9982-8969).
Até o próximo mês e um grande abraço!


(*) Geraldo Oliveira é blogueiro, servidor concursado da Câmara Legislativa, morador de Vicente Pires e Diretor da AMOVIPE – Associação de Moradores de Vicente Pires e Região.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Rollemberg anuncia 21 medidas para economizar R$ 200 milhões em 2015

Crise coloca em risco autonomia política do Distrito Federal, diz governador.
Governo chegará ao fim de fevereiro com R$ 6 milhões em caixa, diz GDF.



O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, anunciou na manhã desta terça-feira (27) 21 medidas para economizar R$ 200 milhões até o final do ano e aumentar em R$ 400 milhões a arrecadação de impostos na capital. Entre as medidas a serem adotadas estão a redução de cargos comissionados, o corte de gastos com carros oficiais e aluguéis de imóveis, diminuição da estrutura administrativa e fim da isenção do IPVA para carros 0 km.

Durante o anúncio, Rollemberg disse que assumiu o governo com R$ 64 mil em caixa e uma dívida de R$ 4 bilhões. "Pegamos uma situação dramática, sem dúvida alguma a maior crise do DF. Ela foi percebida pela população no dia a dia com paralisações. A irresponsabilidade acabou. Seremos extremamente austeros."

Para o governador, as medidas apresentadas "são essenciais, mas ainda insuficientes para solucionar a crise". Segundo a Secretaria de Fazenda, mesmo com previsão de arrecadar R$ 800 milhões a mais em 2016, a folha de pagamento do biênio já está comprometida em R$ 1,8 bilhão.

Rollemberg afirmou ainda que pretende reduzir em 60% a quantidade de cargos comissionados e em 25% o valor de contratos. Ele fez um apelo para que haja um diálogo permanente com as diversas categorias de profissionais que dependem do governo para receber os salários. "Faço um apelo para que tenhamos uma trégua. A radicalização no momento não interessa a ninguém."

O secretário da Fazenda do DF, Leonardo Colombini, afirmou que 86% dos servidores públicos receberão o salário integralmente até o quinto dia útil de cada mês. Segundo ele, se o pagamento dos salários não fosse escalonado, haveria um déficit de R$ 389 milhões em fevereiro para quitar as dívidas. Ele ainda falou que o GDF deve chegar ao fim do próximo mês com R$ 6 milhões em caixa.

O pacote de medidas, denominado "Pacto por Brasília" foi divulgado durante a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento e Social do DF de 2015, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Estiveram presentes no anúncio os secretários do governo de Rollemberg e deputados distritais, além de representantes de sindicatos e da sociedade civil.

As 13 primeiras medidas são válidas para este ano. São elas:

1. Criação da governança do DF: colegiado de secretários que participa em todas as decisões estratégicas do governo e é responsável pelo controle de gastos.
2. Revisão de projetos de incentivo fiscal.
3. Corte de despesas gerais.
4. Corte de carros oficiais.
5. Corte de aluguéis de imóveis.
6. Redução de cargos comissionados.
7. Redução da estrutura administrativa.
8. Redução de 25% do valor das dívidas do estado.
9. Redução de 20% no valor de contratos.
10. Auditoria da folha de pagamento.
11. Fim da isenção do IPVA para veículos 0 km (a ser aprovado por lei).
12. Antecipação de recursos para saldar benefícios atrasados.
13. Novas estratégias de fiscalização e cobrança para aumentar a receita.

O restante é válido para 2016 e são propostas do governo, que precisam ser aprovadas por lei ou em outras instâncias:

14. Atualização do valor dos imóveis para cálculo do IPTU sem aumento das atuais alíquotas praticadas no DF.
15. Revisão da cobrança da Taxa de Limpeza Pública (TLP).
16. Revisão da cobrança do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
17. Nivelamento do IPVA e ampliação das parcelas. Passariam de três para quatro.
18. Revisões no ICMS para combustíveis: aumento na alíquota da gasolina e do diesel, de 25% para 28% e de 12% para 15%, respectivamente, além da redução na alíquota para o etanol de 25% para 19%. A alíquota do diesel para o transporte público continuaria em 0%.
19. Aumento da alíquota do ICMS de telefonia de 25% para 28%.
20. Redução do ICMS em medicamentos genéricos: de 15,3$ para 12%.
21. Redução de 12% para 7% a alíquota do ICMS para os seguintes alimentos: arroz, feijão, macarrão espaguete, óleo de soja, farinha de mandioca e de trigo, açúcar, extrato de tomate, café torrado e moído, aves vivas, sal refinado, alho e carnes.

Por Luciana Amaral G1

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A BOA FILHA À CASA TORNA - INDICADA A ADMINISTRADORA DE VICENTE PIRES

 Quem é Maria Celeste Rego Liporoni? 



Moradora de Vicente Pires há mais de 15 anos, ela já faz parte da historia da cidade, pois já foi a administradora que fez a diferença quando a cidade se encontrava no caos como se encontra agora. Quando Celeste assumiu a administração pela primeira vez a cidade estava destruída e abandonada, ela emprestou o Pires do Vicente, colocou um chinelo de borracha e com todo charme foi à luta. Pediu e brigou para ter o que queria e já nos primeiros dias daquele janeiro que parecia negro, conseguiu trazer de volta à cidade a sua rotina do dia a dia. 

Naquele janeiro as crateras eram enormes, a iluminação precária, mas o que parecia impossível funcionou. Celeste poderia ter feito mais, mas foi traída e destituída do cargo, pois começava a aparecer mais que determinado político e ele achou que ela poderia atrapalhar seus planos. 

Mesmo com várias manifestações para sua volta, os poderosos donos da cidade mantiveram o “coronelismo” e preferiram administrar sozinhos sem ouvir o povo e sem atender aos pedidos das vozes que clamavam por sua volta.

Desta vez ela chega ao cargo com uma tarefa ainda mais árdua, pois os coronéis que saíram da casa deixaram Vicente Pires ainda pior do que em janeiro de 2011. E para piorar, o desgoverno que saiu deixou uma herança maldita onde não apenas a nossa cidade, mas todo o Distrito Federal mergulhou no caos. 

Talvez a população não possa ter esperanças de que alguma coisa mude nos próximos 90 dias por falta de recursos gerais no DF. Mas, para essa mulher isso não será problema. Pois já começou novamente a sua luta para buscar benfeitorias. E desta vez não emprestou o pires, mas veio com uma bandeja e quer trazer muito mais para Vicente Pires.

Desta vez Celeste conta com o apoio da população representada por associações e lideranças sérias que não lutam por interesses próprios e sim pelo bem da cidade: UNAVIP, AMOVIPE, ORGANIZAÇÃO VERDE BRASIL, ASSOCIAÇÃO DOS CHACAREIROS E DOS FEIRANTES, ASSOCIAÇÃO DOS FEIRANTES DA FEIRA DA 26 DE SETEMBRO, BLOG VICENTE PIRES ALERTA, AMORJOQUEI, ACCASA, CONSEG e claro, da maioria das lideranças locais.

Celeste nasceu em Pedreiras no Maranhão em 1950 é Pedagoga, foi Administradora Escolar e hoje tem na bagagem experiência suficiente para enfrentar novamente o desafio de Administrar Vicente Pires. Celeste conhece bem os problemas da cidade.

Se me pedissem para falar sobre Celeste eu diria: 

 Esta mulher tem garra, tem coragem e acima de tudo tem conhecimento de causa!

É uma Mulher batalhadora... Mulher que sabe criar... Mulher que sabe educar... Mulher de sonhos... Mulher de paixão... Mulher de sentidos... Mulher de qualidades... Mulher de Defeitos... Mulher que sabe amar...

Uma mulher que aceitou o desafio de administrar novamente uma cidade aos pedaços, uma colcha de retalho ou para melhor definir, um lugar bombardeado com crateras por todo lado, mesmo sabendo que os moradores são impiedosos ao cobrar e acusar, caso ela não consiga muita coisa pela situação atual do GDF.

Se bem que por esse lado não vejo nenhum problema para a nova Administradora, pois para quem tem a paciência e a criatividade para ficar horas e até dias montando um mosaico com cacos de azulejos e no final mostrar lindos painéis que são verdadeiras obras de arte admiradas em todo o Brasil e no estrangeiro, Vicente Pires e seus problemas físicos será moleza e esperamos que nossa cidade fique linda e cheia de novidades.

Rodrigo Rollemberg foi muito feliz em indicar Celeste para Administrar Vicente Pires, pois colocou alguém que conseguiu aceitação da maioria dos moradores e veio de uma eleição promovida pela AMOVIPE, onde todas as associações e lideranças de Vicente Pires puderam participar como candidatos e como eleitores. Celeste foi a mais votada entre 12 candidatos para uma lista de quatro pessoas que foi levada ao governador.

Para mudar uma cidade na situação em que Vicente Pires se encontra somente uma mulher batalhadora como esta, que com sua competência e de sua equipe de mulheres conseguiu colocar nas novelas da Rede Globo os trabalhos de uma associação que até pouco tempo era desconhecida. Hoje as novelas da Rede Globo utilizam em seus cenários colchas e produtos da Associação das Bordadeiras onde a nossa administradora era a tesoureira. 

Celeste juntamente com o grupo Ciranda do Mosaico também conseguiu colocar um belíssimo painel de 14 metros quadrados  na Estação do Metrô da 102 Sul. O mosaico foi inspirado nas obras do mestre Athos Bulcão e é uma homenagem para ele.

Mas você deve estar pensando: o que tem a ver alguém que faz mosaicos na administração? Ora a nova Administradora não é apenas uma artista, ela é criativa e é disso que a cidade precisa. Maria Celeste foi Administradora Escolar do Centro de Ensino Fundamental 15 de Taguatinga. Quem consegue administrar bem uma escola com a qualidade dos estudantes que vão à escola hoje, conseguirá administrar com eficiência nossa cidade.
Os maiores problemas que Celeste encontrará em Vicente Pires, a meu ver, são: 

A falta de regularização que tem sido usada como impedimento para muitas melhorias na cidade.

Falta de infraestrutura.

Falta de cidadania dos moradores. Como os administradores anteriores, Celeste terá que enfrentar os que se acham donos da cidade e colocam puxadinhos ocupando as ruas, os síndicos que insistem em fazer das ruas parte de seus condomínios e deixam apenas pequenos passeios   que não dá para passar nem uma pessoa. Isso sem falar que em nenhum  lugar da cidade há rampas para deficientes e em muitos lugares  os síndicos e moradores ainda fizeram muros cercando os jardins.
O maior projeto da nova administradora é manter o dinheiro do PAC, R$509 milhões que já teve sua licitação promovida e aguarda apenas detalhes para iniciar as obras e com isso fazer as obras de águas pluviais, duplicação das Ruas 03, 04A,  e 05, construção de pontes ligando Samambaia e Jóquei a Vicente e muitas outras obras de suma importância. 

Ainda bem que a mulher tem paciência e principalmente coração, mas sabe conciliar muito bem com a razão!

Para quem lê o jornal Conversa Informal ao longo desses 12 anos, sabe que é  muito difícil para esse jornalista fazer “rasgação de seda” ou fazer  elogios a quem não merece. Mas pelo pouco que conheci  de Celeste, ela agradou e mostrou credibilidade e por isso  estamos mostrando suas qualidades. Lembramos que esse jornal não  recebe e nunca recebeu ajuda da Administração ou governo para se manter conforme alguns comentam quando elogiamos alguém. O jornal preza por mostrar a verdade sempre... E pode inclusive mudar de opinião de acordo com o andar da carruagem.
Para confirmar sua aceitação basta ver como a administradora foi recebida em sua apresentação. Celeste foi recebida com aplausos por moradores e líderes comunitários e principalmente pelos ex-administradores sérios de Vicente Pires.

Celeste foi recebida carinhosamente pelos líderes comunitários e representantes políticos do Município inclusive os da oposição.


Vá a administração e veja as negociações em andamento para transformar Vicente Pires na melhor cidade satélite do DF.

Gilberto Camargos

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Novos administradores regionais são apresentados

 

Novos administradores regionais são apresentadosFoto: Renato Araújo/Agência Brasília
Governador também expôs proposta de mudanças nas regiões administrativas
BRASÍLIA (20/1/2015) — Os nomes dos administradores regionais do Distrito Federal foram anunciados pelo governador Rodrigo Rollemberg, na tarde desta terça-feira. Alguns acumulam mais de uma região, e outros ainda são interinos. Durante a solenidade, o chefe do Executivo também apresentou mudanças que deverão ser feitas nas administrações regionais, dando continuidade às medidas de contenção de gastos. As alterações precisam ser encaminhadas à Câmara Legislativa do DF em forma de projeto de lei, o que deve ser feito quando a casa retomar as atividades. Caso seja aprovado, as administrações passam de 31 para 25, conforme prometido pelo governador durante campanha eleitoral. 

Durante a solenidade no Palácio do Buriti, o governador anunciou a proposta de 25 administrações regionais e 24 nomes. Isso porque Eduardo Rodrigues assume duas regiões: Itapoã e Paranoá. Já Vilson de Oliveira foi apresentado como futuro administrador de Ceilândia Norte, nova região a ser criada pelo projeto de lei enviado à CLDF, com as devidas especificações e limitações territoriais. Por enquanto, Renato Santana assume interinamente toda a cidade. 
 

Pelo projeto, as regiões administrativas Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Park Way passam a responder em uma única administração, que começa a atender por Núcleo Pioneiro. Já Cruzeiro, Sudoeste e Octogonal serão outra administração. O Lago Sul passa a englobar o Jardim Botânico, enquanto o Lago Norte se junta ao Varjão. A Fercal passa a pertencer à administração de Sobradinho II, e a SCIA à da Estrutural.
 

Tanto para as mudanças como para a escolha dos nomes, o governador afirmou ter ouvido a população para as definições. "Nós fizemos um processo de ouvir as comunidades, as lideranças das cidades, para buscar efetivamente o apoio delas. O resultado final é positivo", avalia. Ainda nesta semana, a equipe de administradores se reúne com o governador para afinar as prioridades e estratégias do governo. Um dos pedidos de Rollemberg é que eles estejam em maior sintonia com os diretores regionais de ensino e saúde.
 

Extinção de cargos
O governador aproveitou ainda para anunciar outra alteração, desta vez nas folhas de pagamentos das administrações e com influência direta para os quadros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O governo extinguiu 3.137 cargos comissionados, enquanto criou outros 1.827, o que representa redução de 1.310 cargos. A medida possibilita economia de R$ 1,5 milhão por mês. Essas alterações serão publicadas em um decreto na edição de amanhã (21) do Diário Oficial do Distrito Federal.
 

Para os órgãos da segurança pública, na prática, servidores que exerciam funções administrativas retomam posição nas ruas. A Polícia Militar ganha 400 homens para retorno às rondas e trabalhos externos, enquanto o Corpo de Bombeiros passa a contar com mais 50 agentes. As gratificações liberadas nas administrações regionais permitirão contratar civis para as funções na Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) e trabalhos burocráticos.
 

Conselhos Comunitários
Rodrigo Rollemberg ainda garantiu a regulamentação dos Conselhos de Representantes Comunitários, em cumprimento à Lei Orgânica do DF. "Eles terão papel importante para definir melhor o modelo de eleição direta para as administrações regionais", disse. Os pleitos com participação direta das comunidades devem acontecer, de acordo com o chefe do Executivo, tão logo estejam prontos o arcabouço jurídico e legal.


Veja quem assume as regiões administrativas:
- Administrador interino do SCIA/ Estrutural: Evanildo da Silva Macedo Santos
- Administradora interina de Vicente Pires: Maria Celeste Rego Liporoni
- Administradora interina de Planaltina: Dinalva Cantallopes Sastre Ferreira
- Administrador do Riacho Fundo I: Irany Domingos Gomes
- Administrador do Recanto das Emas: Fábio Viana Ávila
- Administrador do Lago Norte e interino do Varjão: Marcos Woortman
- Administradora do Gama: Maria Antônia Rodrigues Magalhães
- Administrador de Santa Maria: Neri do Brasil
- Administrador de São Sebastião: Jean Duarte de Carvalho
- Administrador de Brazlândia: André Luis Queiroz Rosa
- Administrador de Samambaia: Claudeci Xavier de Miranda
- Administrador de Taguatinga: Ricardo Lustosa Jacobina
- Administrador de Sobradinho I: Divino de Oliveira Sales
- Administrador de Sobradinho II e interino da Fercal: Estevão Souza dos Reis
- Administrador do Riacho Fundo II: Francisco Vicemar Medeiros
- Administrador da Candangolândia e interino do Park Way: Roosvelt Vilela Pires
- Administradora de Águas Claras: Patrícia Veiga Fleury de Matos
- Administrador interino do Guará e do SIA: Edberto Silva
- Administrador interino do Paranoá e Itapoã: Eduardo Rodrigues
- Administrador interino de Brasília: Igor Tokarski
- Administrador do Sudoeste/Octogonal e interino do Cruzeiro: Paulo Feitosa
- Administrador do Lago Sul e interino do Jardim Botânico: Aldemir Chaves Paraguassu
- Administrador interino de Ceilândia: Renato Santana
- Administrador de Ceilândia Norte: Vilson José de Oliveira

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

No DF: Regularização fundiária

Áreas de interesse social como Pôr do Sol, Sol Nascente, entre outras, serão regularizadas de forma gratuita. Os moradores de condomínios terão a opção de adquirir a escritura de forma parcelada


A regularização fundiária no Distrito Federal é viável desde que se leve para as áreas mais pobres, como o Sol Nascente, infraestrutura básica como água, luz e esgoto.



A pequena Brasília, inspirada e arquitetada por Lúcio Costa cresceu, mas de maneira desordenada. Já são mais de 2,5 milhões de habitantes, divididos entre 31 regiões administrativas, além de novas cidades, consideradas favelas, como Sol Nascente e Pôr do Sol, localizadas em Ceilândia, e Santa Luzia, na Estrutural, por exemplo. A maioria delas não possui escritura e a infraestrutura é precária e em muitos casos inexistente...

A regularização fundiária no Distrito Federal tem várias particularidades, mas não deixa de ser viável. A partir dela, o governo do Distrito Federal poderá levar estrutura básica para esses moradores, como água, luz e esgoto. De acordo com Thiago de Andrade, 34, arquiteto e urbanista escolhido para a secretaria de Gestão do Território e Habitação do governo Rollemberg, uma parte é a questão pública, que vem da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), outra da União. “O grande desafio é realizar uma grande articulação institucional com a sociedade”, explica.

Ao ser questionado sobre os condomínios privados, famosos em Sobradinho II, Areal, Taguatinga e Jardim Botânico, o arquiteto afirma que não há como priorizar sua regularização, porque depende de processos específicos. Quanto às áreas de interesses sociais, mas conhecidas como invasões – ele garante um esforço primordial do novo governo para levar qualidade de vida à população residente nesses locais.

“O objetivo é que todos os moradores dessas regiões tenham cidadania. Não podemos restringir o acesso, mas precisamos de um trabalho de planejamento, trazer melhores condições para as áreas do Entorno. Para isso, é urgente a criação da área metropolitana”, lembra.

Thiago de Andrade: é preciso fazer o melhor para a cidade com responsabilidade

Sobre essa área, a ideia é antiga: unir os recursos do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, para integrar as cidades e dar cidadania à população que nelas reside. O projeto já está em pauta na Câmara Federal e também é prioridade da nova gestão.



Quanto a assuntos como a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) e o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB), trabalhados nos últimos anos pelo governo passado, serão analisados novamente. O novo secretário afirma que há o interesse em seguir com os projetos, desde que sejam revisados.

“Precisamos fazer o melhor para a cidade, com responsabilidade. Temos algumas críticas sobre estas questões que precisam ser sanadas. Nosso objetivo é terminar com seriedade, gás e competência essa missão que iniciamos neste ano”, entusiasma-se.

Promessa de campanha: ampliar a titulação de terras

Por ser o autor da lei que permite a titulação direta das áreas rurais do Distrito Federal (Lei nº 12.024/2009), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se comprometeu a ampliar a titulação de terras na agricultura, durante a campanha eleitoral, no ano passado.

Segundo Rodrigo, ele irá cumprir a lei de sua autoria e fará a titularização das áreas do Distrito Federal. Investimentos em tecnologia, infraestrutura, agilidade na liberação de licenças, crédito rural, parcelamento das dívidas dos moradores de condomínios e escritura gratuita das áreas de risco social, além da ampliação de vagas no ensino técnico fazem parte do plano do novo governo.

Falta planejamento por parte do governo

De acordo com o especialista em habitação e professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, Márcio Buzar, o que faltou na capital federal foi planejamento por parte das autoridades na construção de bairros para as classes menos favorecidas.

“É preciso se antecipar ao problema. Infelizmente, já temos milhares de pessoas vivendo em péssimas condições, sem qualquer ordem, e por isso, falta infraestrutura, qualidade de vida. Vários bairros foram pensados para a classe A,B e C, como Águas Claras, Noroeste, Lúcio Costa. Mas, e para os mais humildes?”, reflete o professor.

Águas Claras é um exemplo de cidade planejada para atender a população A e B

O interesse por Brasília, vem desde a sua criação. Hoje, a cidade é a que tem maior renda per capta (por pessoa), mesmo sem indústrias, sem contar que é um dos únicos lugares que possuem terras públicas disponíveis. Isso gera uma busca por emprego e mais oportunidades para todos. Para o especialista, o maior desafio do novo governo será se antecipar a futuras invasões, planejamento o crescimento da cidade e do Entorno para as famílias de baixa renda.

É preciso correr atrás do tempo perdido.

“A criação do Instituto de Preservação e Planejamento Urbano da Região Metropolitana, que já está em pauta, será muito importante para o futuro da nossa cidade. Agora, é necessário levar condições de saúde, transporte e educação para essas áreas de interesse social, sem deixar que aconteçam novas favelas, se antecipando e construindo novos bairros para essas populações e futuras gerações”, destaca.

Conheça as principais áreas de interesse social do DF:

Sol Nascente, em Ceilândia • Pôr do Sol, em Ceilândia • Porto Rico, em Santa Maria • Santa Luzia, na Estrutural • Morro da Cruz, São Sebastião • Córrego do Bálsamo, São Sebastião • Capão Comprido, São Sebastião • Vila Buritis, Planaltina

Fonte: Jornal da Comunidade, por Amanda Souza. Foto: Gilda Diniz -

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

No DF: Pedido de ajuda até ao TCU

"Qualquer atitude para ajudar o DF é bem-vinda. Esse é o pacto que a cidade espera”


A base de apoio ao governo Rodrigo Rollemberg (PSB) não desistiu de tentar antecipar recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) para melhorar a situação financeira nesse início de 2015. Ontem, o deputado distrital Joe Valle e o senador Cristovam Buarque (ambos do PDT) deram entrada a uma representação, no Tribunal de Contas da União (TCU), pedindo que o órgão determine ao Ministério da Fazenda que antecipe, pelo menos, três parcelas do fundo. Ao todo, o DF tem direito a R$ 12,4 bilhões este ano — os recursos são destinados para as áreas de segurança, educação e saúde.
...

“Não é um empréstimo. Estamos apenas pedindo a antecipação de recursos aos quais o Distrito Federal tem direito. É uma situação emergencial. Queremos que o fundo possa cumprir um de seus papéis, que é fazer a saúde e a educação funcionarem na capital do país. E todo mundo está vendo que o momento é caótico”, explicou o distrital, que protocolou o pedido pessoalmente e foi recebido pelo presidente da Corte, ministro Aroldo Cedraz

No início do mês, Rollemberg solicitou ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que fizesse a antecipação de cerca de R$ 412 milhões, relativo à parte do duodécimo de fevereiro do FCDF. A transferência, no entanto, foi negada. Técnicos da pasta afirmaram que havia vedação legal para a atividade, pois a lei que criou o fundo diz que ele deve ser repassado uma vez a cada mês. “No entanto, a legislação não diz qual é o valor. Não estabelece limite, então, a quantia pode ser alterada”, afirmou o advogado Melillo Dinis, que também assinou a petição.

Resposta

O TCU está em recesso. O ministro Cedraz disse a Valle que vai se esforçar para tentar resolver a situação. Há uma dúvida sobre a autonomia dele para despachar monocraticamente. Caso o regimento interno da Casa permita, ele pode tomar uma decisão nos próximos dias. Caso contrário, pode levar a plenário na primeira sessão após o retorno, em 21 de janeiro. Rollemberg ficou sabendo sobre a ação dos pedetistas no fim da tarde. “Qualquer atitude para ajudar o DF é bem-vinda. Esse é o pacto que a cidade espera”, disse.


Fonte: Correio Braziliense, por Almiro Marcos. Foto: Internet -

Lava Jato: Por que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró foi preso

Acusado de continuar a praticar crimes, o ex-executivo foi detido ao desembarcar no Rio de Janeiro na madrugada desta quarta-feira (14)



O ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, deixa o Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, após realizar o exame de corpo de delito.

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso na madrugada desta quarta-feira (14) ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, de um voo vindo de Londres. O Ministério Público Federal (MPF) justificou o pedido de prisão afirmando que "há fortes indícios de que ele continua a praticar crimes". Cerveró já é um dos réus investigados pela Operação Lava Jato. Além da prisão, houve também um mandado de busca e apreensão na residência do executivo e seus familiares. Após a prisão no Rio de Janeiro, ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde a investigação da Operação Lava Jato é conduzida...

De quais crimes Nestor Cerveró é acusado na Operação Lava Jato?

A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou, segundo a Polícia Federal, mais de R$ 10 bilhões. Dentro do esquema, o ex-diretor da Petrobras é acusado de receber US$ 30 milhões em propinas em contratos de sondas de perfuração de águas profundas no Golfo do México e na África. Ele também é investigado na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Por isso, Nestor Cerveró se tornou réu pela participação em crimes de corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012, conforme a denúncia aceita em 17 de dezembro pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância.

Qual argumento foi usado para prendê-lo?

A ordem de prisão preventiva de Cerveró foi dada pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, no plantão da Justiça Federal no Paraná, à pedido da Procuradoria da República. A Procuradoria argumentou que a simples monitoração das atividades financeiras de Cerveró "revela-se insuficiente para evitar o cometimento de novos crimes contra o sistema financeiro por ele, bem assim que prossiga se furtando à aplicação da lei penal". Para os procuradores que compõem a força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras continua em sua "sanha delitiva" e "parece não enxergar limites éticos e jurídicos para garantir que não sofra as consequências penais".

Por conta das suspeitas, a Justiça Federal determinou à Polícia Federal que abra uma nova investigação contra o ex-diretor, que atuou na Área Internacional da Petrobras entre 2003 e 2008, especificamente por prática de lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial. O alvo da nova investigação é rastrear movimentações financeiras de Cerveró "nos últimos meses", que podem caracterizar deliberada intenção de ocultar bens adquiridos com recursos ilícitos.

Que crimes ele cometeu nos últimos meses, segundo a Justiça?

Para o juiz Marcos Josigrei da Silva, a conduta de Cerveró "indica o desejo claro de não se sujeitar à aplicação da lei penal e manter a salvo o patrimônio que está sob sua titularidade". O Relatório de Inteligência Financeira mostra que, em junho de 2014, Cerveró "se desfez, em favor de seus parentes, de quatro imóveis no Rio de Janeiro". Os quatro imóveis que ficam no mesmo edifício da Rua Prudente de Morais, em Ipanema, foram trocados em uma operação de apenas R$ 560 mil. No entanto, a avaliação judicial feita em junho de 2013 revela que um imóvel no segundo andar desse mesmo edifício de Ipanema custa R$ 2,3 milhões.

Outro documento, o Relatório de Inteligência Financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), afirma que em 16 de dezembro – um dia antes de a Justiça Federal considerar Cerveró como um dos réus da Lava Jato –, o ex-diretor da estatal tentou sacar R$ 500 mil de fundo de previdência privada com imediata transferência de titularidade para sua filha. O MPF aponta outro indício de irregularidade, já que tal ação “haveria uma perda de mais de 20% da aplicação financeira”. Para o juiz, esses dados mostram que Cerveró vem tentando blindar seu patrimônio, "transferindo-o a pessoas de sua confiança".

O que diz a defesa?

Segundo o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, se o ex-diretor foi preso pela transferência de três imóveis a familiares, a presidente da Petrobras, Graça Foster, também deveria ser detida. "Se é verdade que houve essas transferências, e não posso afirmar que seja, essas movimentações são totalmente legítimas e legais. Na época em que ele as fez, não havia nenhuma restrição administrativa ou legal. Tanto que ele e a Graça Foster fizeram", disse Edson Ribeiro. "Se é crime para Nestor, é para Graça. Se o Ministério Público Federal pediu prisão para o Nestor por esse fato, deveria pedir para a Graça. Se não o fez, então está prevaricando".

Ainda de acordo com Ribeiro, a quantia envolvida na movimentação financeira corresponde a "dinheiro legal, auferido através de salários e declarado ao Imposto de Renda". "Não existe nenhuma ilegalidade", afirmou o advogado, que disse ter conversado com o ex-diretor logo após a prisão. "Ele estava tranquilo, mas indignado com a situação porque desde o primeiro dia se colocou à disposição de todas as autoridades e até agora ninguém se interessou em ouvi-lo. Ele nunca fugiu de nada".


Fonte: Revista Época. Foto: Geraldo Bubniak/ Agência O Globo -

No DF: Ministério Público pede bloqueio imediato dos bens de ex-governador

Os denunciados têm 15 dias para apresentar defesa


O Ministério Público do Distrito Federal apresentou à justiça uma denúncia contra o ex-governador Agnelo Queiroz por improbidade administrativa. Os promotores da Promotoria de Ordem Tributária pediram o bloqueio imediato dos bens de Queiroz e do ex-administrador de Taguatinga, Anaximenes Vale dos Santos...

De acordo com o Ministério Público, a administração de Taguatinga expediu Habite-se para a inauguração do Centro Administrativo do DF, em Taguatinga, de forma ilegal. As medidas do relatório de impacto de trânsito foram desconsideradas e o documento expedido.

O MP ainda pede a suspensão dos direitos políticos de Agnelo por oito anos e pagamento de multa.
Fonte: Portal R7 DF - 15/01/2015 - - 00:21:53

Procuradoria entra com ação pedindo fim da greve na saúde

Órgão diz que não houve notificação prévia e ato prejudica atendimento. Sindicato pede pagamento de benefícios e diz que vai manter movimento


A Procuradoria-Geral do Distrito Federal entrou com uma ação no Tribunal de Justiça pedindo o fim da greve dos servidores da Saúde, que teve início na última sexta-feira (9). O órgão diz que a paralisação é ilegal porque não houve notificação prévia, pela necessária continuidade da prestação de serviço público e porque está em curso a negociação entre o SindSaúde e o GDF. ...

A ação, em caráter liminar, foi protocolada na 2ª Câmara Cível do TJ e ocorre um dia depois que a Secretaria de Saúde enviou um ofício à Procuradoria solicitando o fim da greve. Segundo a pasta, a paralisação tem prejudicado o atendimento à população nas unidades de saúde e nas farmácias de alto custo.

Os servidores estão em greve desde sexta-feira (9) para cobrar pagamentos em atraso, como horas extras e 13º. A proposta dos trabalhadores prevê a intensificação do movimento até a próxima sexta (16) ou até que o GDF apresente um cronograma para quitar salários e benefícios. O governo promete apresentar um calendário até a próxima quinta-feira (15).

Caso a greve não seja considerada ilegal, os promotores pedem que “seja totalmente garantida a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da população”.

A Procuradoria pede que a Justiça determine retorno imediato da categoria ao trabalho, estabelecendo uma multa de R$ 100 mil para cada dia de descumprimento da decisão.

Segundo a Saúde, os pedidos foram feitos porque em unidades como as farmácias de alto custo não há funcionários atendendo, e a população fica desassistida. Na última segunda (12), pessoas que procuraram as duas unidades desse tipo de farmácia no DF tiveram dificuldades para buscar remédios.

Em nota, a pasta disse que "reconhece que a paralisação dos servidores é legítima, mas entende também que a realização de uma greve nestas circunstâncias coloca em risco a vida de muitos pacientes".

A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindsaúde), Marli Rodrigues, disse ao G1 que a categoria não vai recuar e que os trabalhadores vão permanecer parados. "A greve continua. Não vamos entregar o jogo no primeiro tempo. Nossa greve é justa porque é por salários para famílias de trabalhadores."

Greve

No sábado (10), os servidores receberam os salários relativos ao mês de dezembro, que deveriam ter sido pagos até a última quinta (8). O GDF diz ter repassado R$ 409,44 milhões, vindos do Fundo Constitucional, depositado pela União. O Sindsaúde confirmou o depósito, mas segue cobrando o pagamento de outras parcelas atrasadas.

As categorias também decidiram que não vão mais fazer horas extras até que o pagamento do benefício seja regularizado. O ato afeta a escala do Samu, que não pode entrar em greve por ser um serviço de urgência.

Segundo o sindicato, as escalas médicas e de assistência à saúde não "fecham" sem as horas extras porque há carência de profissionais. Com a recusa, os servidores vão cumprir apenas as horas previstas em contrato, já que não estão recebendo pelo trabalho excedente.


Fonte: Portal G1 DF. Foto: Isabella Calzolari/G1 DF -

Pacto por Brasília: "Apostar no caos piora a situação"

Governador critica sindicatos, detalha medidas de economia e afirma que vai reduzir até os gastos com alimentação em Águas Claras

Em meio a “maior crise que a cidade já viveu”, como define o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), ele recebeu o Correio para expor a posição do Governo do Distrito Federal em relação às paralisações de servidores e à crise financeira. 

O chefe do Executivo fez críticas aos sindicatos que declararam greve nos últimos dias e classificou as decisões da gestão anterior com uma “corrupção de prioridades”....

Mais uma vez, ele pregou a necessidade de fazer um “pacto por Brasília”, envolvendo toda a população e as instituições, a fim de recuperar a cidade. Para melhorar a situação financeira, ele elencou uma série de ações que vêm sendo adotadas e antecipou: na próxima semana, serão anunciadas novas medidas para “contribuir na melhoria da arrecadação de recursos do DF”. O socialista afirmou que trabalha com cenários possíveis, mas evitou falar em aumento de impostos e da tarifa de transporte público.

Como o senhor avalia o atual cenário do Distrito Federal, com atrasos salariais e paralisações?

Vejo a cidade como cidadão que sou e também como governador, com toda a responsabilidade que tenho. Como pessoa comum, compartilho a indignação com a irresponsabilidade, com o descaso, com a incompetência, com o conjunto de atitudes ou da falta de atitudes que levaram Brasília à pior crise da sua história. Como governador, fico aflito, porque é impossível resolver todos os problemas em um passe de mágica. Tenho convicção que será preciso muita paciência, perseverança, trabalho e compreensão da população para que possamos efetivamente, na prática, fazer um pacto pela cidade. Nós só vamos sair desse caos se todas as pessoas e instituições compreenderem a gravidade da situação. Todos nós temos devemos ter participação na construção das soluções para a crise.

O senhor imaginava encontrar um quadro assim?

Só tivemos a dimensão da profundidade da crise quando tivemos acesso aos números exatos. A cada dia aparece uma novidade, porque tínhamos identificado cerca de R$ 3,1 bilhões em dívidas. Mas há empenhos que foram feitos, e posteriormente cancelados, ainda não identificados. Há um esforço na redução de cargos comissionados de livre provimento, no cancelamento de licitações que estavam em andamento. Estamos fazendo também um movimento para reduzir os gastos com salários. Por exemplo, pretendemos entregar um prédio na Asa Norte que custa R$ 970 mil mensais em aluguel.

Como o senhor tem sentido o clima das ruas?

Tenho andado na cidade e procurado estar perto da população. É o momento que conseguimos energia para enfrentar os problemas. Recebo manifestações de orações. Eu digo: reze mesmo, pois precisamos de muita oração e energia positiva. Estamos trabalhando até 18 horas por dia. 

A situação pode melhorar em um ano?

Eu diria que a gravidade é tal que, se conseguirmos, será uma grande vitória. Fomos ao Tribunal de Justiça e conversamos sobre um Fundo de Depósitos Judiciais ao qual outros estados já têm acesso para pagamento de precatórios. Estamos tentando uma solução jurídica para garantir isso no DF, pagar precatórios e aliviar o caixa. Lutamos para resolver problemas deixados pelo governo anterior, como, por exemplo, a inadimplência no CAUC (Cadastro Único de Convênios) — (sem a regularidade nesse instrumento, o ente federativo deixa de ter acesso a vários tipos de financiamentos públicos).

Qual a previsão que o senhor faz para 2015?

Será um ano difícil e duro. Mas esperamos que, em 2016, Brasília já tenha saído dessa situação muito delicada e dramática. O que anima a gente é a solidariedade da população. As pessoas dizem: você recebeu uma bomba. E eu tenho dito que é uma bomba de efeito continuado. Eles dizem assim: tenho pena de você. Mas eu digo: não tenha pena, quero que você nos ajude a enfrentar a crise e a superá-la. 

Como o senhor avalia o posicionamento dos sindicatos e servidores nas paralisações?

É do processo democrático que ocorram mobilizações. Quando falo em pacto por Brasília, é um chamamento para as pessoas compreenderem o papel de cada instituição nesse momento. O caos não interessa a ninguém. Estamos nos esforçando para construir uma solução. Mas é claro que algumas são impossíveis, porque não temos dinheiro. Um exemplo: tomamos a decisão difícil, mas corajosa, de pagar a saúde primeiro. O dinheiro entrou na manhã de sexta e, à noite, já estava na conta dos servidores. Aí, na mesma sexta-feira o sindicato decide declarar greve. Foi uma grande decepção para um governador que está dialogando com as categorias. O que a cidade ganha com isso? A saúde já está precária e então vira um caos. Pagamos os salários, reconhecemos as dívidas anteriores. Não tinha como fazer mais do que a gente fez. 

Esperava mais compreensão dos servidores?

Esperava e espero. Apostar no caos só piora a situação. Estamos discutindo com as categorias 13º salário de dezembro, antecipação de férias de dezembro, salário de dezembro, horas extras do ano passado… Eram recursos para terem sido deixados em caixa pela administração passada. E estamos buscando alternativas para quitar os compromissos. Agora, se não há possibilidade de fazer isso nesse momento, por que entrar em greve? Por que prejudicar a cidade? Por que penalizar a população? Tenho confiança de que as categorias terão bom senso em compreender o nível de dificuldade que herdamos.

O que o GDF está fazendo para buscar recursos? 

Temos a tentativa de antecipação de parte do Fundo Constitucional (ver texto abaixo). Junto ao Ministério da Previdência, tentamos o pagamento de uma compensação previdenciária ao qual o Distrito Federal tem direito, de cerca de R$ 600 milhões. Outra é a que tentamos no Tribunal de Justiça do DF, relativa aos precatórios. Estamos também estudando alternativas para melhorar a arrecadação. 

Podemos ter aumento de tarifas e impostos?

Estamos estudando cenários. Não é nosso objetivo aumentar a carga tributária e isso não é prioridade. Melhorar a arrecadação não indica, necessariamente, aumento de impostos. 

Os gastos com as reformas da Residência Oficial de Águas Claras, feitos no governo passado, eram necessários?

Ainda estamos avaliando o papel que a residência oficial terá. Continuo morando na minha própria casa. Mas temos um grande investimento em Águas Claras, que precisa ser bem utilizada. Qualquer que seja o uso, é importante que sejam reduzidos drasticamente os custos com pessoal e alimentação.

Quando serão indicados os administradores regionais definitivos?

Até fevereiro nós devemos anunciar. Continuamos o processo de ouvir a comunidade. Os administradores interinos estão fazendo um levantamento das regiões. Quando o processo estiver amadurecido, vamos divulgar os nomes.

Como fica a situação do novo centro administrativo?

Estamos fazendo um estudo profundo. Queremos mudar, mas em situações adequadas. Vamos fazer uma negociação justa dentro das condições legais e ocupar o centro administrativo, pois não podemos abrir mão de um investimento daqueles. O Buriti não vai ser desativado. O Centro Administrativo cabe 15 mil servidores e o GDF tem 145 mil funcionários.


Fonte: Correio Braziliense, por Matheus Teixeira e Almiro Marcos. Foto: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

JORNAL CONVERSA INFORMAL DE JANEIRO DE 2015









Diga NÃO ao Preconceito









Movimento Psiu contra a gordofabia começou em Brasília mas já ganhou o país.
Foi em uma sessão de fotos sensuais e descontraídas que conheci três moças integrantes do Movimento Psiu, Diga Não ao Preconceito, cheias alegria e histórias pra contar.
Poliana Marinho, Luiza Carolina e Isabel Cristina encontraram-se comigo no Studio Nany Fotografias em Vicente Pires e tivemos um bate-papo emocionante.
Poliana Marinho
Poliana, nosso principal contato com o Movimento, por ser moradora de Vicente Pires, nos explicou que tudo começou em Brasília após as Misses Plus Size Evelize Nascimento, Camila Bueno, Janaína Graciele e Claudia Gomes terem sido fotografadas em poses sensuais em frente ao Congresso Nacional em 11 de novembro em manifesto ao constrangimento sofrido em um hotel da Capital Federal, onde ouviram que uma cama não caberia duas das quatro modelos.
Após essas fotos sofrerem outras ofensas em rede social por um Policial Militar que chegou a chama-las de “leitoas” e “pessoas bizarras” em seu post. Em forma de protesto contra o preconceito sofrido por elas dias depois o Movimento Psiu nasceu, criado pela juíza Ana Paula Damasceno e ganhou o país.
Várias pessoas passaram a aderir e apoiar o Movimento, inclusive famosos, como a atriz Fabiana Carla. As pessoas estão postando fotos com o dedo indicador na boca para calar não só a gordofobia, mas qualquer tipo de preconceito.
Dentre os depoimentos Poliana nos revelou que, em 2004, quando estava grávida de gêmeas, foi ao hospital e não recebeu atendimento adequado, por ser obesa, a médica apenas disse que não sentia as crianças em sua barriga e pelo descaso, Poliana perdeu as filhas, ficou na UTI e precisou passar por uma histerectomia, correu risco de não mais andar, o que não se confirmou. Por essa complicação, hoje ela não pode fazer exercícios, ou pegar peso. Depois de tudo isso não foi impossível para Poliana se ver em meio a uma depressão. “Não é fácil olhar para minhas cicatrizes e saber que não posso mais ter filhos....e para ter relações com a barriga toda marcada!?” revelou ela.
Só que a aceitação do próprio corpo e de sua atual condição não é o único dilema de Poliana, após começar a fazer fotos sensuais, que a ajudaram a reconhecer sua beleza e a aceitar seu corpo, Poliana também tem que enfrentar o preconceito, tanto nos olhares críticos da sociedade, quanto os mais pesados que usam das redes sociais para proferir ofensas em comentários em suas fotos. “As fotos são minhas. Eu sou mãe, sou filha, no mínimo mereço respeito. E se fosse só crítica, mas não ele faz para ofender, rasga o ego de qualquer mulher. Já cheguei a pensar mil vezes antes de sair de casa por causa dele.” – declarou Poliana.
Mas a participação no Movimento Psiu dá forças para Poliana e as demais prosseguirem fortes e enfrentando tais ofensas, pois da mesma forma que recebem ofensas, recebem elogios e palavras de apoio, pessoas que mandam mensagens no particular falando que se inspiram na força delas, que por exemplo delas começaram a sair, pedem indicações de onde comprar  roupas mais baratas, ou na numeração correta para elas.
Luiza Carolina
Luiza, outra personagem de nossa entrevista também tem histórias de preconceito para nos contar. O relato da Luiza é referente ao mercado de trabalho. Ela se candidatou a uma vaga de emprego como promotora de supermercado em uma empresa de freelancer e eventos. Luiza entrou para a entrevista ciente que havia muitas vagas, foi entrevistada e a atendente disse que entraria em contato, pois não havia mais vagas. A moça que estava ao lado ficou incomodada e interferiu, disse “no lago sul tem vagas, vocês pagam duas passagens mesmo, ela pode ir pra lá” relatou Luiza, então a atendente a olhou de cima a baixo, saiu da sala e voltou chamando-a, ai ela já se sentiu constrangida, pois todos ficaram a olhando e ela entrou em outra sala, teve que experimentar uma blusa que fechou no corpo, mas não serviu nos braços então a atendente foi cínica e disse “Pois é, a gente entra em contato, porque esse uniforme é o maior que eu tenho.” Luiza se sentiu humilhada.
Uma opinião que elas tem em comum é a de que poderia existir um projeto das empresas não reaproveitarem uniformes, também por questões de higiene, mas poderiam fazer um acordo com o funcionário, assim como o do vale transporte em que o funcionário paga 40% do valor da passagem, para que o uniforme fosse novo e sobre medida, afinal o uniforme fica para o funcionário.
Luiza relatou ainda que antes de entrar para o movimento passou por uma depressão pelo termino de um relacionamento. “Eu mesma criei coisas na minha cabeça de que meu namorado tinha vergonha de mim porque eu era gorda, e eu fiz as fotos para me sentir bonita e sensual, falei para ele que era por causa dele que estava fazendo as fotos.”
Isabel Cristina
Isabel é um pouco mais tímida que as demais, mas ainda assim conseguiu relatar o preconceito familiar que sofre. Ela disse que dia sim e outro também ouvi críticas e até ofensas. “Na minha família eu sofro preconceito constantemente, ‘para de comer.’ ‘Você está muito gorda’ ‘Tá parecendo uma chupeta de baleia de tão gorda’. ‘Você está muito gorda, não tem mais numeração de roupa pra você.’”
Uma doença
As pessoas tem que encarar a obesidade como uma doença, não é por opção, não é por apologia a obesidade que as meninas dizem isso, alguns tentam emagrecer, outros nem exercícios físicos podem fazer, tomam corticoides continuamente e ainda tem a depressão que aumenta o apetite, a TPM.
A modelo de nossa entrevista Poliana declarou que já tentou fazer todos os tipos de dietas alucinantes que se conhece hoje, “já fiz a da salsicha, que você como uma salsicha por dia e divide em três pra não desmaiar, a do melão, do can..., e nunca vesti menos que 44, e isso passando muita, muita fome.”

Então as pessoas tem que entender que não é por desleixo que algumas pessoas estão acima do peso. Alguns tem tendência a ser grandes, mais gordinhos, com mais curvas que outros. As meninas pregam a saúde, se for gordo mas estiver saudável, seja feliz com seu corpo. O Movimento Psiu quer apenas abrir os olhos da sociedade para o respeito com o outro, não só os gordos, os negros, as mulheres ou os homossexuais, mas com o ser humano.

CARTA ABERTA DA CIDADE DE VICENTE PIRES CONTRA O ABANDONO


AMOVIPE
Associação de Moradores de Vicente Pires e Região
Sede Provisória: Rua 4A – Chácara 112, Lote 2A, Setor Habitacional Vicente Pires.
CONTATO: 92171719 – 81108454 - 35461114

CARTA ABERTA DA CIDADE DE VICENTE PIRES CONTRA O ABANDONO

À atenção do Sr. Governador Rodrigo Rollemberg, Administrador, deputados distritais, federais e senadores do Distrito Federal.

BRASÍLIA- DF 01 DE JANEIRO DE 2015
A cidade de Vicente Pires pede socorro à classe política e ao governador eleito Rodrigo Rollemberg. Estamos mergulhados em um caos urbano e ambiental, com ruas destruídas, sem manutenção, sujas e com nossa mobilidade urbana interna e externa comprometidas. Temos um grave problema de esgoto a céu aberto, cuja obra está parada há quatro anos, faltando apenas vinte por cento para ser concluída. Por falta de atenção à região, a CAESB e o GDF não se empenharam para concluir a obra, tampouco fizeram qualquer campanha de orientação ou fiscalização para evitar que a população ligasse os esgotos às galerias inacabadas. Hoje os dejetos estão jorrando diuturnamente das galerias para as vias públicas. Há ainda sérios problemas de alagamento que se agravam perigosamente com complicações ambientais. As enxurradas adentram nas galerias públicas de esgoto e conduzem dejetos para os córregos. Na área de mobilidade e trânsito, precisamos de uma ponte na via marginal da Estrutural (DF095), onde o GDF preferiu fazer uma área de transbordo (acumulo de lixo), que se constitui em uma vergonha visual e polui o leito do córrego. Sobre a via Estrutural também faltam passarelas. O viaduto Israel Pinheiro e suas imediações na EPTG também precisam de alterações viárias: ele é fechado nos horários de pico todos os dias úteis, prejudicando nossa população. Estamos também em meio à grilagem de terras, com novos condomínios surgindo por toda parte, onde se previa equipamentos públicos. Prédios de até sete andares também estão sendo construídos em locais inapropriados, sem qualquer estudo de impacto de trânsito. É preciso dar um basta nisso. Na questão da segurança pública há aumento de furto a residências e latrocínios. O transporte público está precário, não atendendo a contento os moradores, estudantes e trabalhadores. Temos uma licitação pública de drenagem pluvial encaminhada, fundamental para a região, que necessita ser priorizada. É preciso que o novo governo continue procedimentos já iniciados e consiga licenças ambientais para a obra acontecer. Para a mesma, há recursos captados junto ao PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, que correm o risco de ser perdidos, por falta de ações do Estado. Apelamos aos senhores para que esta cidade volte a sonhar e que seus moradores alcancem sua cidadania perdida.

(DISTRIBUIÇÃO À CLASSE POLÍTICA DO DF, POPULAÇÃO DE VICENTE PIRES E PUBLICADA NO JORNAL CONVERSA INFORMAL DE VICENTE PIRES EDIÇÃO JANEIRO DE 2015)