quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

MEIO AMBIENTE NEBULOSO: SE ESTE GOVERNO FOSSE SÉRIO JÁ TERIA DEMITIDO A PRESIDENTE DO IBRAM

Sete dias após as denúncias de que a presidente do Instituto Brasília Ambiental –IBRAM, Jane Maria Vilas Boas, havia pedido dinheiro a empresa JC. Contijo e à fábrica de cimento Ciplan para a realização de um seminário com participação de 60 pessoas, ocorrido entre quinta-feira (21 ) a domingo (24), o governador Rodrigo Rollemberg trata o assunto como a coisa mais natural do mundo e ignora a carta de repúdio dos servidores do Ibram que aponta ato de improbidade administrativa da presidente do órgão ambiental.
                                                              

LETRA Ao que parece, a presidente do Ibram, Jane Vilas Boas, saiu muita mais fortalecida após o episódio que colocou sob suspeita o órgão que dirige. Nem ela e nem o secretario do Meio Ambiente, Andre Lima se manifestou sobre o assunto cabeludo que deixa os órgãos ambientais sobre uma teia de suspeição. O governador Rodrigo Rollemberg nem deu bolas para as reclamações dos auditores ambientais que, por meio de uma carta de repúdio, condenaram os atos nada republicanos de Jane Vilas Boas. As empresas patrocinadoras do evento tem o interesse na liberação de licenças ambientais e ambas são detentoras de processos administrativos de licenciamento, bem como de processo de infração ambiental, conforme afirmam os próprios auditores ambientais.
Eles classificaram o pedido de ajuda financeira solicitada por Jane Vila Boas à empresa JC Contijo e a fábrica de cimento Ciplan como uma afronta ao princípio da moralidade com consequente quebra de autonomia e conflito de interesses, sobretudo no exercício do poder decisório. “Tal conduta caracteriza, em tese, ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública”, afirmam os funcionários na carta de repúdio que chegou às mãos do governador Rodrigo Rollemberg. Veja aqui a carta.
O governador teria minimizado o fato. No entanto, para o presidente da Associação dos Auditores Fiscais de Controle Ambiental, Flávio Braga, o pedido de patrocínio do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) coloca o órgão ambientalista numa posição muito desconfortável e constrangedora pelo fato da ajuda ter vindo de duas empresas que tem contra elas inúmeros processos de infrações que tramitam no órgão.
“A presidente do Ibram poderia muito bem ter feito  o semanário no Jardim Botânico que conta hoje como uma ótima estrutura para a realização de eventos sem custos e sem  ter que recorrer pelo auxílio de empresas que são detentoras de inúmeros processos de infrações ambientais que tramitam dentro da Secretaria do Meio Ambiente e do Ibram”, disse o presidente da Associação dos Auditores, Flávio Braga ao Radar nesta quarta-feira (27).
Ele disse que a entidade espera por uma manifestação da presidente do Ibram e do secretário do Meio Ambiente com uma contra-argumentação. “Não sabemos como os analistas do Ibram estão encarando essa situação. Nós, auditores, vamos continuar fazendo autuação de todos os processos dessas referidas empresas. Caberá a presidente do Ibram ao constrangimento de julgar procedente ou não os autos de infrações”, afirmou Braga.
Fonte: Radar Condomínios 

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