No final de 2014, com muito trabalho, insistência e ajuda do
Conselheiro Renato Rainha, a liderança da AMOVIPE conseguiu recuperar os 500
milhões abandonados no Tribunal de contas do Distrito Federal após a derrota
petista no DF e em Vicente Pires. O dinheiro foi liberado e ainda em dezembro de
2014, a licitação foi concluída, ficando muito pouco para o atual governo
fazer. Porém, mesmo com o dinheiro liberado, a AMOVIPE teve uma batalha exaustiva
para que fosse concluída a licitação e contratasse as empresas vencedoras.
Somente em setembro de 2015 o governador Rodrigo
Rollemberg resolveu assinar a ordem de serviço para início das obras de
drenagem e pavimentação da área do Jóquei Clube. As obras no valor R$ 68,4 milhões, seriam iniciadas imediatamente e teria
um prazo de execução de dois anos.
No
pacote de obras anunciado pelo governador, continha rede
de águas pluviais, pavimentação, ponte sobre o córrego Vicente Pires fazendo a
ligação com o Jóquei, bem como a
construção de três viadutos que passarão sob as vias Estrutural e marginal,
ampliando o acesso de veículos a Vicente Pires.
Mesmo com as obras anteriores a passo de
tartaruga, em dezembro, o governador assinou a ordem de serviço para início
imediato das obras no Trecho 1 Colônia Agrícola Samambaia, com investimento de
R$ 115.109.563,86 na construção de 45,5 quilômetros de rede de drenagem pluvial,
construção de bacias de
contenção de água da chuva e pavimentação de 63,9 quilômetros de via. A
área foi subdividida em três lotes e ainda receberá meio-fio e ponte que ligará
o Trecho 1 ao 2.
A previsão é de que as obras seriam concluídas
em dois anos. Mas, parte das obras anunciadas e contratadas pelo governador
pinóquio, ainda não tem nem mesmo os projetos.
Cansados
de esperar pelo início da ponte e viadutos, os moradores de Vicente Pires fecharam a pista sul da via Estrutural na
manhã do dia 25 de fevereiro e depois disto foram recebidos pelo Diretor do DER
Dr. Luduvice. Para surpresa geral, o diretor foi categórico ao afirmar que não
existem recursos e nem o projeto da ponte e viadutos. Afirmou ainda que se os
moradores quisessem adiantar esse lado, teriam que conseguir emendas no valor
de 7 milhões para a ponte sobre o córrego.
Para piorar ainda mais a vida dos cidadãos, o governo se esqueceu das
reuniões anteriores em que ficou dicidido que após o início das obras, haveria
estudos para trocar as bacias de contenção por outros meios mais viáveis. Porém,
nem as empresas, nem o governo estão
interessados neste assunto e estão entrando a força nas chácaras e impondo as
bacias. Essas bacias causarão grandes problemas com lixo, animais mortos e
criação de mosquito da dengue. Esse é o nível do diálogo do governo com o povo.
Mas os problemas não param por aí. Preocupada com as obras, a AMOVIPE
teve uma reunião no dia 31 de março com a presidente do IBRAM, Jane Vilas Boas
e ouviu a bomba de que a licença de instalação da área 2, só será emitida
quando a terra for passada para o GDF. Isso
poderá demorar anos, pois ainda se discute o domínio da área que nem mesmo está
registrada em nome da união.
Assinaturas
das ordens de serviço para as benfeitorias, drenagem, pavimentação e instalação
de meio-fio, duplicação das ruas na Gleba II de Vicente Pires, podem demorar
anos.
O governo mentiu
e continua mentindo. Não existem esforços para que as obras sejam iniciadas
dentro do prazo estabelecido em contrato. Esta atitude por parte do governo pode
ter como consequência o corte dos investimentos, pela União.
Diante de tudo,
a AMOVIPE estará denunciando o governo e a presidente do IBRAM por crimes
ambientais e improbidade administrativa por não fazer as obras definitivas e
gastar milhões com obras paliativas que geram danos ambientais irreversíveis.
Gilberto Camargos
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