segunda-feira, 4 de abril de 2016

OBRAS DEVAGAR QUASE PARANDO



No final de 2014, com muito trabalho, insistência e ajuda do Conselheiro Renato Rainha, a liderança da AMOVIPE conseguiu recuperar os 500 milhões abandonados no Tribunal de contas do Distrito Federal após a derrota petista no DF e em Vicente Pires. O dinheiro foi liberado e ainda em dezembro de 2014, a licitação foi concluída, ficando muito pouco para o atual governo fazer. Porém, mesmo com o dinheiro liberado, a AMOVIPE teve uma batalha exaustiva para que fosse concluída a licitação e contratasse as empresas vencedoras.

Somente em setembro de 2015 o governador Rodrigo Rollemberg resolveu assinar a ordem de serviço para início das obras de drenagem e pavimentação da área do Jóquei Clube. As obras no valor R$ 68,4 milhões, seriam iniciadas imediatamente e teria um prazo de execução de dois anos.
No pacote de obras anunciado pelo governador, continha rede de águas pluviais, pavimentação, ponte sobre o córrego Vicente Pires fazendo a ligação com o Jóquei, bem como a construção de três viadutos que passarão sob as vias Estrutural e marginal, ampliando o acesso de veículos a Vicente Pires.

Mesmo com as obras anteriores a passo de tartaruga, em dezembro, o governador assinou a ordem de serviço para início imediato das obras no Trecho 1 Colônia Agrícola Samambaia, com investimento de R$ 115.109.563,86 na construção de 45,5 quilômetros de rede de drenagem pluvial, construção de bacias de contenção de água da chuva e pavimentação de 63,9 quilômetros de via. A área foi subdividida em três lotes e ainda receberá meio-fio e ponte que ligará o Trecho 1 ao 2.

A previsão é de que as obras seriam concluídas em dois anos. Mas, parte das obras anunciadas e contratadas pelo governador pinóquio, ainda não tem nem mesmo os projetos.

Cansados de esperar pelo início da ponte e viadutos, os moradores de Vicente Pires fecharam a pista sul da via Estrutural na manhã do dia 25 de fevereiro e depois disto foram recebidos pelo Diretor do DER Dr. Luduvice. Para surpresa geral, o diretor foi categórico ao afirmar que não existem recursos e nem o projeto da ponte e viadutos. Afirmou ainda que se os moradores quisessem adiantar esse lado, teriam que conseguir emendas no valor de 7 milhões para a ponte sobre o córrego.

Para piorar ainda mais a vida dos cidadãos, o governo se esqueceu das reuniões anteriores em que ficou dicidido que após o início das obras, haveria estudos para trocar as bacias de contenção por outros meios mais viáveis. Porém, nem as empresas, nem o governo  estão interessados neste assunto e estão entrando a força nas chácaras e impondo as bacias. Essas bacias causarão grandes problemas com lixo, animais mortos e criação de mosquito da dengue. Esse é o nível do diálogo do governo com o povo.

Mas os problemas não param por aí. Preocupada com as obras, a AMOVIPE teve uma reunião no dia 31 de março com a presidente do IBRAM, Jane Vilas Boas e ouviu a bomba de que a licença de instalação da área 2, só será emitida quando a terra for passada para o GDF.  Isso poderá demorar anos, pois ainda se discute o domínio da área que nem mesmo está registrada em nome da união.

Assinaturas das ordens de serviço para as benfeitorias, drenagem, pavimentação e instalação de meio-fio, duplicação das ruas na Gleba II de Vicente Pires, podem demorar anos.

O governo mentiu e continua mentindo. Não existem esforços para que as obras sejam iniciadas dentro do prazo estabelecido em contrato. Esta atitude por parte do governo pode ter como consequência o corte dos investimentos, pela União.

Diante de tudo, a AMOVIPE estará denunciando o governo e a presidente do IBRAM por crimes ambientais e improbidade administrativa por não fazer as obras definitivas e gastar milhões com obras paliativas que geram danos ambientais irreversíveis.

Gilberto Camargos



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