segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

ANO DE 2017 DE ESPERANÇA: FINALMENTE A URBANIZAÇÃO CHEGARÁ!



(*) Por Geraldo Oliveira, do blog Vicente Pires Alerta

ADEUS A 2016 E VAMOS FOCAR EM 2017. O ano que terminou não deixará saudades, pois depositamos nele toda a esperança de haver uma refundação do contexto urbanístico de Vicente Pires, que não aconteceu. O que se viu foi o crescimento vertical aumentar, com reflexo no trânsito, nas instalações sanitárias e a continuidade dos conhecidos transtornos com as chuvas.

FELIZMENTE, O IBRAM - Instituto Brasília Ambiental emitiu no final de dezembro as licenças de instalação (LI) para as glebas da Colônia Agrícola Vicente Pires e Vila São José, o que significa dizer que o Governo está autorizado a fazer obras de urbanização por toda a Vicente Pires, sendo que na gleba do Jóquei e na da Colônia Agrícola Samambaia elas já começaram há algum tempo.


PARA QUEM NÃO SABE, as diretrizes urbanísticas de Vicente Pires sofreram revisão em 2013 e passaram pelo CONPLAN – Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF, tendo sido aprovadas através da Portaria número 60, de 20 de novembro de 2015, da SEGETH - Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação do DF. Quem se interessar por pesquisar o novo texto, deve acessar a página da SEGETH, através do sítio www.conplan.segeth.df.gov.br.

AS DIRETRIZES URBANÍSTAS de Vicente Pires é que orientam o detalhamento do Plano Urbanístico, onde se prevê os tipos de edificações que são permitidos em cada logradouro, ou seja, imóveis unifamiliares, de uso misto (prédios com comércio e residências) e atividades econômicas. Obrigatoriamente, também precisa haver dez por cento de áreas livres, para acomodar equipamentos públicos, comunitários, praças, parques, canteiros e vias. Todas essas exigências são regulamentas por leis urbanísticas e ambientais, para haver equilíbrio da ocupação humana com o território.

COMO MUITA COISA está fora do lugar em Vicente Pires, então prevejo dificuldades, pois não é fácil realizar obras de infraestrutura numa região como a nossa, onde há ocupações em APPs, nas encostas, no antigo lixão e nos locais onde serão abertas novas vias de circulação. Pontes e vias surgirão em condomínios consolidados e, infelizmente, haverá intervenções diversas para dar lugar a essas passagens e para cumprir as demais exigências do Plano.

NA ÁREA DO ANTIGO LIXÃO (um quadrilátero localizado nas imediações da Rua 7, 8, 10 e 12), inúmeras casas não serão regularizadas. Está previsto para o local um estudo técnico para mapear qual o perímetro que o envolve, bem como onde predominam situações de risco para imóveis e pessoas. Quanto às APPs e encostas, outro estudo determinará a necessidade de realocação de moradores, com retiradas de imóveis e compensações ambientais.

EM RELAÇÃO ÀS OBRAS, haverá o benefício futuro, é claro, mas devemos nos preparar para muitos transtornos, pois obras de grande porte realizadas em área ocupada incomodam mesmo. Que o digam o bairro do Jóquei e da Colônia Agrícola Samambaia, onde tudo está muito devagar, com embargos de moradores contra obras dentro dos condomínios e morosidade para conclusão de determinadas etapas, como asfalto arrancado e demora na pavimentação.

PREVÊ-SE A CONSTRUÇÃO DE 5 PONTES: duas sobre o Córrego do Valo (bairro Vicente Pires), uma ligando a Rua 3 de Vicente Pires até o Jóquei (mais ou menos no centro dos bairros) e outra na via marginal da via Estrutural. Sobre o Córrego Samambaia, serão construídas outras três, sendo uma ligando a Av. Misericórdia até a Rua 4 de Vicente Pires, uma na altura da LBV/Avenida Governador, ligando ao balão da Rua 4C/Rua 4, e a terceira interligará a Rua 1 da CA Samambaia até a Rua 6 de Vicente Pires.

SERÃO CONSTRUÍDOS AINDA DOIS VIADUTOS na Via Estrutural, sendo um na altura da Polícia Rodoviária (Rua 5) e outro próximo do Viaduto de Taguatinga, na altura da Rua 7 do bairro Vicente Pires. As obras de águas pluviais, as mais esperadas, virão acompanhadas de duplicação de vias, novo asfaltamento, confecção de calçadas e melhoria na acessibilidade. NÃO TIVE INFORMAÇÃO SOBRE PREVISÃO DE CICLOVIAS E CICLOFAIXAS, fica o alerta para cobrarmos.

COMO SE VÊ, são boas as perspectivas futuras de melhorias a partir de 2017 e deveremos ter muita temperança para conviver com os transtornos advindos da execução das obras e dos embates decorrentes de derrubadas e realocações de moradores. Na obra de drenagem pluvial, prevê-se a construção de bacias de detenção em chácaras vazias e em alguns condomínios. Nesse aspecto, a cidade deve abraçar a causa dos chacareiros que não parcelaram e dos condomínios consolidados/APPs que sofrerão intervenções, para que suas perdas sejam devidamente reparadas.

SERÁ UMA OBRA DE DIFÍCIL EXECUÇÃO, a despeito dos transtornos e dificuldades, mas espera-se que no final tudo dê certo e Vicente Pires finalmente alcance a qualidade de vida presente nas demais regiões do DF.



(*) Geraldo Oliveira é blogueiro em Vicente Pires, Vice-Presidente da AMOVIPE e do Conselho de Saúde e servidor de carreira da Câmara Legislativa.

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