quarta-feira, 29 de março de 2017

ÁGUAS PLUVIAIS E ATENDIMENTO À SAÚDE MELHOR EM 90 DIAS


Drenagem na Gleba 2 vai começar quando chegar a seca. Já o Posto de saúde será mantido e o atendimento ampliado




(*) Por Geraldo Oliveira - do blog Vicente Pires Alerta

Vicente Pires poderá ter a qualidade de vida das outras cidades do DF, graças a uma parcela da comunidade, que acordou. Ela bradou e convocou a grande imprensa, em mais um momento de inundações. Prepara-se para a regularização, cada vez mais próxima e se preocupa com o valor a pagar pelo lote. Luta por obras de urbanização e se aflige com determinadas intervenções impactantes previstas nos condomínios e chácaras. E ainda briga para garantir que continue a boa qualidade do único posto de saúde local.

As recentes chuvas de março devastaram as vias, com muitos prejuízos a imóveis e moradores. A população usou sua força para atrair o governador para cá. Desta vez, a comunidade se mobilizou e convocou a grande mídia, que transmitiu ao vivo nossa tragédia anual.  Rodrigo Rollemberg esteve na Rua 3, em um momento em que ocorria inundações, onde caiu um muro e a enchente invadiu várias casas. Após alguns dias, outra chuva torrencial caiu e novamente ele estava lá, onde fez promessas.

Ao presenciar o caos instalado, Rollemberg pediu ao administrador interino Júlio Menegotto, para começar a drenagem pluvial assim que pararem as chuvas.  Ela começará pela Rua 3 e avançará para as Ruas 10 e 12, as mais críticas e perigosas. Nessas vias, é comum carros serem submersos, casas inundadas e pedestres e motoqueiros arrastados. Segundo o administrador, preveem-se lançamentos diretos nos córregos, já autorizados pelos órgãos ambientais. Com isso, a quantidade e a dimensão das bacias de detenção serão reduzidas.

Se o governo cumprir o prometido, pode ser que estes sejam os últimos alagamentos ocorridos na Rua 3, algo histórico. Já em relação à saúde pública local, talvez não seja de conhecimento de todos que nossa unidade básica de saúde (UBS) está com 25 meses de aluguel sem pagar, com telefone cortado, luz e água atrasadas. Não bastassem tantas inadimplências, há o risco de que essa única e qualitativa conquista da cidade seja rebaixada para um mero posto simples.

Sobre o tema, em reunião recente com representantes da Secretaria de Saúde, mais uma vez a comunidade fez a diferença. Exigiu que a UBS não fosse desmontada e foi acordado que os médicos, enfermeiros e técnicos que saíram, vão retornar. Equipamentos retirados devem ser devolvidos. Também foi acertado que 19 equipes de saúde da família serão instaladas gradativamente, começando por 3 locais: duas para atender a Vila São José e a Colônia Agrícola Samambaia e outra, para atender Vicente Pires e o Setor Jóquei.

A proposta da comunidade e do Conselho Gestor de Saúde para conseguir instalações físicas para essas equipes foi simples, barata e, ao mesmo tempo, inusitada: a Secretaria de Saúde vai solicitar que a Polícia Militar doe postos policiais desativados, a serem reformados e adaptados para os atendimentos.

Sobre esta mesma pauta, o próprio governador me telefonou certa vez, para explicar o porquê das intervenções. Disse-me que pretendia melhorar e ampliar o atendimento e não acabar com ele. Já sobre o episódio das inundações, sua presença na cidade no momento das ocorrências é inédita. De forma inequívoca, tais reações demonstram que o Governo está prestando atenção por aqui, mas, se ele nos percebe, podem acreditar que não é por acaso.
Um abraço e até o próximo mês.


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(*) Geraldo Oliveira é economista, servidor de carreira da Câmara Legislativa, Vice-Presidente da AMOVIPE e do Conselho Gestor de Saúde de Vicente Pires.

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