Drenagem na Gleba 2 vai começar quando chegar a seca. Já o Posto de saúde será mantido e o atendimento ampliado
(*) Por Geraldo Oliveira - do blog
Vicente Pires Alerta
Vicente Pires poderá ter a qualidade de vida das outras cidades
do DF, graças a uma parcela da comunidade, que acordou. Ela bradou e convocou a
grande imprensa, em mais um momento de inundações. Prepara-se para a regularização,
cada vez mais próxima e se preocupa com o valor a pagar pelo lote. Luta por obras
de urbanização e se aflige com determinadas intervenções impactantes previstas nos
condomínios e chácaras. E ainda briga para garantir que continue a boa
qualidade do único posto de saúde local.
As recentes chuvas de março devastaram as vias, com muitos
prejuízos a imóveis e moradores. A população usou sua força para atrair o governador
para cá. Desta vez, a comunidade se mobilizou e convocou a grande mídia, que
transmitiu ao vivo nossa tragédia anual. Rodrigo Rollemberg esteve na Rua 3, em um
momento em que ocorria inundações, onde caiu um muro e a enchente invadiu várias
casas. Após alguns dias, outra chuva torrencial caiu e novamente ele estava lá,
onde fez promessas.
Ao presenciar o caos instalado, Rollemberg pediu ao administrador
interino Júlio Menegotto, para começar a drenagem pluvial assim que pararem as
chuvas. Ela começará pela Rua 3 e
avançará para as Ruas 10 e 12, as mais críticas e perigosas. Nessas vias, é
comum carros serem submersos, casas inundadas e pedestres e motoqueiros
arrastados. Segundo o administrador, preveem-se lançamentos diretos nos
córregos, já autorizados pelos órgãos ambientais. Com isso, a quantidade e a
dimensão das bacias de detenção serão reduzidas.
Se o governo cumprir o prometido, pode ser que estes sejam os
últimos alagamentos ocorridos na Rua 3, algo histórico. Já em relação à saúde
pública local, talvez não seja de conhecimento de todos que nossa unidade
básica de saúde (UBS) está com 25 meses de aluguel sem pagar, com telefone
cortado, luz e água atrasadas. Não bastassem tantas inadimplências, há o risco de
que essa única e qualitativa conquista da cidade seja rebaixada para um mero
posto simples.
Sobre o tema, em reunião recente com representantes da
Secretaria de Saúde, mais uma vez a comunidade fez a diferença. Exigiu que a
UBS não fosse desmontada e foi acordado que os médicos, enfermeiros e técnicos que
saíram, vão retornar. Equipamentos retirados devem ser devolvidos. Também foi
acertado que 19 equipes de saúde da família serão instaladas gradativamente,
começando por 3 locais: duas para atender a Vila São José e a Colônia Agrícola
Samambaia e outra, para atender Vicente Pires e o Setor Jóquei.
A proposta da comunidade e do Conselho Gestor de Saúde para
conseguir instalações físicas para essas equipes foi simples, barata e, ao
mesmo tempo, inusitada: a Secretaria de Saúde vai solicitar que a Polícia
Militar doe postos policiais desativados, a serem reformados e adaptados para os
atendimentos.
Sobre esta mesma pauta, o próprio governador me telefonou certa
vez, para explicar o porquê das intervenções. Disse-me que pretendia melhorar e
ampliar o atendimento e não acabar com ele. Já sobre o episódio das inundações,
sua presença na cidade no momento das ocorrências é inédita. De forma
inequívoca, tais reações demonstram que o Governo está prestando atenção por
aqui, mas, se ele nos percebe, podem acreditar que não é por acaso.
Um abraço e até o próximo mês.
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(*) Geraldo
Oliveira é economista, servidor de carreira da Câmara Legislativa,
Vice-Presidente da AMOVIPE e do Conselho Gestor de Saúde de Vicente Pires.
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