quarta-feira, 29 de março de 2017

ALGUNS EMPRESÁRIOS E COMERCIANTES ESTÃO MATANDO NOSSA CIDADE

Alguns comerciantes e empresários estão destruindo nossa cidade. Eles estão impedindo a acessibilidade e nosso direito de ir e vir transformando Vicente Pires em uma cidade que mais parece uma favela cheia de puxadinhos, rampas, escadas e tantos outros tipos de invasões além dos limites do lote.







Essa invasão das ruas está prejudicando as obras definitivas que tanto esperamos. Alguns empresários e comerciantes apoiados pela ACIVIP, Associação Comercial e Industrial de Vicente Pires e seu Presidente Anchieta Coimbra, promete fazer tudo para manter as invasões como estão atualmente. Em recente convocação desta associação, Anchieta convoca a todos para agir contra a retirada. “...TEMOS QUE NOS PREPARAR DE FORMA UNIDA E COESA contra esse tipo de atitude...” 

Temos aproximadamente 2200 comércios na cidade e desses aproximadamente 50% não respeitam a cidade e construíram algum tipo de puxadinho ou invade a calçada com produtos. 



Hoje, em Vicente Pires temos normas como a DIUP 01/2013 que determina alguns parâmetros de altura máxima permitida em todas as ruas, para a construção de edifícios, bem como as normas de recuos, acessibilidade entre outros. Porém, estima-se que na cidade há aproximadamente 700 projeções em andamento, onde 99% delas não atentem aos parâmetros normativos técnicos, quanto à geração de impacto urbano.

A altura máxima permitida em algumas ruas é de 23,40 metros e, de acordo com as leis, todo apartamento deve ter uma garagem e suas limitações devem atender às normas técnicas que visam minimizar impactos ao meio urbano e à qualidade de vida da coletividade. Acontece que os edifícios construídos, ou em construção, em sua maioria, não têm garagem para economizar espaço; suas rampas para subir ou descer para a garagem (quando estas existem) são construídas fora dos limites do lote, chegam a ocupar até 4 metros da rua, retirando toda possibilidade de construção de calçadas, aumento de faixas, duplicação de vias, entre outras necessidades de ajustamento urbano em uma região já com inúmeras irregularidades surgidas a partir da ocupação desordenada.

Exemplo do caos que está se formando na cidade, pode ser visto na Rua 4A, do trecho entre a Feira do Produtor até a Via EPTG, onde as vagas de estacionamento são de 102 vagas e o número de apartamentos que estão sendo construídos com zero vaga de garagem ultrapassa 308. Se levássemos em conta que cada apartamento tem um carro, já teríamos o caos instalado.


Outro grave problema é que todos esses edifícios são para comercialização de seus apartamentos, onde, atraídos pelos preços fixados de até R$60.000,00, compradores de vários lugares aparecem, acreditando que estão fazendo um negócio maravilhoso, sem conhecer a realidade, somente depois tomarão ciência do negócio em que se meteram.

A região de Vicente Pires tem hoje aproximadamente 90 mil moradores e, destes, aproximadamente 80 pessoas são portadoras de necessidades especiais com uso de cadeira de rodas. Centenas de pessoas têm algum tipo de deficiência para se locomover, milhares são idosos e a maioria dos moradores é pedestre. Devido à construção destes edifícios irregulares, puxadinhos do comércio e jardins inadequados de condomínios, o que já era impossível encontrar (pelo menos 50 metros de calçada com acessibilidade, ou mesmo que facilite o pedestre se locomover), se tornou pior, pois, antes, tínhamos os problemas do comércio com seus puxadinhos, que interferem nos traçados das calçadas e das avenidas. Agora, as rampas e escadarias dos edifícios vão além da calçada, ocupando também a rua.

Tais obras prejudicam a todos e em particular os compradores de boa fé. Estes, por verem edifícios concluídos, acreditam estarem legais e apostam na compra. Vale destacar que isso acontece por falta de fiscalização e omissão do poder público, do CREA, que faz vista grossa aos projetos feitos pelos engenheiros e o CRECI, por permitir que seus corretores vendam apartamentos em edifícios totalmente irregulares com anúncios em jornais e até na TV. Mas, o pior é a conivência dos órgãos governamentais que fazem vista grossa e deixam que inúmeras obras impactantes comprometam e inviabilizem a adequação urbana que ora se avizinha para a Região de Vicente Pires. Tais atitudes prejudicam o interesse coletivo quanto ao aspecto de qualidade de vida presente e futura e o prejuízo a investimentos públicos concluídos ou em andamento, como instalações sanitárias já implantadas (esgotamento sanitário e abastecimento de água) e outras já iniciadas e contratadas, como águas pluviais e abertura de novas vias, as quais foram projetadas para um contexto anterior, que não considerou a existência das ditas edificações. 


Vale destacar que, se tal prática continuar, o que já é impossível hoje se transformará em caos assim que todos os apartamentos forem habitados, pois as ruas da cidade não têm capacidade para escoar o trânsito de veículos e ficará pior se forem permitidos os edifícios da forma em que se encontram.

A administração local, bem como a AGEFIS, ou qualquer outro órgão governamental não toma uma providência e nada fizeram até o presente momento e associações como a ACIVIP que deveria melhorar a cidade quer prejudicar mais. 

Diante do exposto e tendo em vista que as empresas não poderão avançar sobre os puxadinhos, se ninguém fizer nada, nossas obras poderão parar. 


Destacamos que a AMOVIPE, Associação de Moradores de Vicente Pires e Região e este jornal, apoia a implantação dos empreendimentos empresariais, bem como a emissão de licenças de funcionamento em nossa cidade, pois a associação entende que isso é necessário para o desenvolvimento econômico da região. Porém, que seja feito da forma correta, respeitando todas as normas legais e principalmente aos moradores.

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Gilberto Camargos

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