Precisamos eleger alguém com capacidade de negociar e o faça para o bem da coletividade. Mas quem?
Para negociar é preciso primeiro ouvir o povo, ouvir o governo, ter poder de barganha e fazê-lo de forma ética, legal e não buscando interesses pessoais.
Nos
últimos anos os envolvidos nos processos de negociação (deputados, lideranças,
cabos eleitorais etc), fizeram apenas o que lhes interessava pessoalmente,
pegava do governo a maior parte para si, garantia sua campanha através da
distribuição de cargos indicados para seus cabos eleitorais e família e repassava
algumas migalhas ou nada para o povo.
Para haver negociação,
o governo tem de estar aberto e receptivo, e o negociante tem de ter sabedoria
para negociar com reais ganhos para
todos, dando ao governo o poder de “dar ao povo em geral”, fazê-lo não agir
apenas por seus próprios interesses; pois o governo tem de dar o que o povo
precisa. A parte do negociante menor, também deverá ser integral para o povo,
porém de sua região. Tem de ser uma via com duas pistas, mas em sentido único.
Porque a direção dos ganhos obtidos tem que ir sempre para o povo.
O Governo foi colocado
no poder como representante do povo, para fazer o que o povo precisa. O
negociante que luta pelo povo e a maioria chama de líder, tem que ser um servo
antes de tudo. Não é líder aquele que NÃO serve o tempo todo. Exemplo: o
verdadeiro líder puxa a carroça enquanto os demais empurram, mas se os demais
não conseguem empurrar, o líder os coloca dentro e continua a puxar sozinho.
Dar ao governo o que
ele quer para receber em troca o que povo precisa não é uma boa negociação,
pois o que o governo quer, pode prejudicar o povo.
O exercício do poder
significa uma constante negociação em torno dos interesses coletivos e não dos individuais,
como ocorre hoje. Um governo, por exemplo, precisa atender a população. Mas,
esta população é composta de inúmeros grupos distintos, cujos interesses são
muitas vezes, contrários entre si. Um governante INTELIGENTE negocia o tempo
todo com estes diferentes grupos e interesses.
O verdadeiro líder
estabelece alianças, pactos e também confrontos.
Os que obedecem sempre
ao governo negociam o tempo todo, e lutam pelos seus próprios interesses.
O líder vota, discute
ou mesmo se revolta ou se alia ao governo ou com outros líderes para defender o
interesse coletivo. Esse processo de negociação, pacto e conflito é o que
podemos chamar então de Política, ou jogo político.
Se analisarmos os
últimos governos, Arruda, Rosso, Agnelo, Rollemberg, nenhum tinha capacidade,
intenção e receptividade de negociar para beneficiar o povo. Mas deputados não
tinham esse interesse e os supostos líderes também não tinham essa capacidade.
Basta olharmos as últimas
negociações das lideranças no governo de Rollemberg, quer com o governo ou com
os deputados e nota-se que a grande maioria das “lideranças”, não se uniu em
prol de uma causa que todos pregavam e pregam. Mas, simplesmente se limitou a
negociar para alcançar seus interesses pessoais, de seus condomínios, ou mesmo fazendo
de conta que se negociava, mas estava apenas dando notoriedade a algum deputado
ou a si mesmo, esquecendo a causa que era da maioria. RESULTADO: DERROTA DE
TODOS.
Antes de tentar eleger
uma pessoa, temos que conhecer bem mais que sua fachada ou REPUTAÇÃO. Temos que
conhecer seu passado, seus reais interesses e seu CARÁTER. Caráter é aquilo que eu sei que sou
e reputação é aquilo que os outros vêm em mim e acham que eu sou.
Para tudo tem que haver
estratégia! Eu não vejo em nenhum suposto candidato apresentado até o momento,
capacidade para representar e lutar em prol da coletividade. Ser representante
da comunidade é bem mais do que conseguir parar tratores e derrubadas e
regularizar as terras do DF. É
fazer tudo isso, mas perseguir o objetivo de ter qualidade de vida em todos os
outros itens envolvidos. Defender apenas uma bandeira, é dar brecha para se
vender nas demais como saúde, educação, transporte, segurança etc.
ENFIM, O NEGOCIADOR É
UM SERVO EM TODOS OS SENTIDOS.
Gilberto Camargos
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