terça-feira, 23 de maio de 2017

FILIPPELI E ARRUDA NA CADEIA - Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra 2 ex-governadores do DF

Alvos são José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, além do ex-vice Tadeu Fillppelli. Operação investiga fraudes em obras do estádio Mané Garrincha.




A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23) mandados de prisão temporária contra ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz e o ex-vice governador e assessor especial da Presidência da República, Tadeu Filippelli.

A operação é baseada em delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez sobre um esquema de corrupção nas obras do estádio Mané Garrincha. A PF diz que a reforma do local pode ter sido superfaturada em cerca de R$ 900 milhões, visto que estava orçada em R$ 600 milhões mas custou R$ 1,575 bilhão.

O advogado de Arruda, Paulo Emílio, afirmou ao G1 que ainda está "tomando pé das circunstâncias", mas que vai tentar revogar o mandado prisão. O G1 tentou contato com o advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, mas não obteve respostas até o momento da publicação desta reportagem. A defesa do ex-vice governador Tadeu Filippelli, afirmou que "preferia não se pronunciar por enquanto".

Na operação desta manhã, cerca de 80 policiais foram divididos em 16 equipes e devem ser cumpridos 10 mandados de prisão temporária, 3 de conduções coercitivas e 15 mandados de busca e apreensão. As medidas judiciais partiram da 10ª Vara da Justiça do DF e as ações ocorrem em Brasília.

Além dos políticos, a operação desta terça tem como alvo agentes públicos, construtoras e operadores das propinas que atuaram na época. Segundo a PF, a suspeita é de que com a intermediação dos operadores, os agentes públicos tenham simulado etapas da licitação. O Mané Garrincha não recebeu financiamento do BNDES, mas da Terracap, empresa do governo do Distrito Federal que não tinha este tipo de operação prevista entre suas atividades.

Agnelo, que foi governador do DF de 2011 a 2015, foi condenado a ficar inelegível por oito anos em 2016. O Tribunal Regional Eleitoral entendeu que ele e seu vice, Filippelli, usaram para publicidade do governo para se favorecer a campanha de 2014.Em fevereiro passado, o Tribunal Superior Eleitoral manteve a punição ao ex-governador, mas absolveu o ex-vice.





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