Produção dentro da 26 de Setembro
Jornais, rádios e TVs sem escrúpulos, vendidos para o governo e sem compromisso com a verdade vem apregoando que a Colônia Agrícola 26 de Setembro é uma invasão.
Conheça sua história desde sua implantação em 1996 – até os dias atuais.
No princípio eram 1.080 famílias acampadas
na Fazenda Sarandi no Município de Planaltina – DF. Esse acampamento começou em
22 de abril de 1996 e no dia 27 de julho de 1996, foram todos para a precárias.
Já no dia 26 de setembro de 1996, todas as
famílias foram transferidas, sendo parte para o assentamento Três Conquistas no
PADEF – DF e o restante, foram assentadas no local atual que recebeu o nome de
“Assentamento 26 de Setembro”.
As famílias foram assentadas na área pelo
Decreto nº 17502 de 10/01/1996, assinado pelo então Governador Cristovam
Buarque, sob a responsabilidade da Fundação Zoobotânica.
Cada família recebeu um quinhão de terra
de tamanho variado.
A área era toda coberta por Eucaliptos e
Pinus, madeira de origem australiana de uma plantação feita pela Proflora SA na
década de 70.
Após, ocorreu o início de implantação de
infraestrutura como: recuperação e cascalhamento das ruas; escolas; apoio as
famílias entre outros.
Em 1999, começou a repressão, os
assentados começaram a ser perseguidos por políticos de ideologias diferentes
do governo que fez o assentamento, com isto, a escola e demais benefícios foram
retirados.
A polêmica sobre a permanência dos
assentados devia ter tido um ponto final com a edição do Decreto presidencial
1.299, em 1998 para a criação da Floresta Nacional de Brasília, porém, as
famílias não foram transferidas para outras áreas.
Criaram e assentaram as famílias em
1996. Em 1998 resolveram transformar o assentamento em área de conservação
ambiental. Pasmem, mas é isso mesmo o que fez um dos piores governos que o
Distrito Federal já teve, um governo tão ruim e sem planejamento que, somente
anos depois, foi superado por outro pior, que foi o de Agnelo Queiroz, também
petista. E quando achávamos que estava tudo superado, eis que entra outro pior
ainda, que é o do atual governador, Rodrigo Rollemberg.
Para piorar ainda mais a situação dos
assentados que já estavam produzindo a todo vapor para manter o Distrito
Federal abastecido, veio o IBAMA e instalou uma vigilância armada através da
Empresa Ipanema e ficavam 24h por dia ameaçando e impedindo os produtores de
sair com seus produtos e entrar com seus mantimentos.
A perseguição chegou ao cúmulo de ferir
com armas de fogo pessoas que voluntariamente tentavam recuperar as estradas;
arar as terras para plantio e reformar as casas das 400 famílias.
Diante da truculência imposta pelo IBAMA e
pela empresa contratada em que os assentados eram tratados como marginais, as
pessoas tiveram que morar em barracos de madeira e chão batido.
Tinham que usar lamparinas, pois não
permitiam a instalação de energia elétrica, não podiam sair de casa porque tudo
era saqueado, não tinham como levar os filhos para a escola e nem o direito de
passar com as compras para manutenção das famílias, tudo tinha que ser feito às
escondidas. Assim, trabalhadores e suas famílias continuaram vivendo no escuro,
em condições precárias, com insetos, ratos, escorpiões, barbeiros, cobras e sem
o mínimo de higiene.
Segurança não existia, ao contrário, eles
eram tratados como bandidos. E como se não bastasse a situação, o IBAMA fechou
toda a área, com cercas de arame farpado, inclusive as ruas, tirando o direito
de todos transitarem livremente.
Os trabalhadores foram proibidos de
plantar e retirar da terra o seu próprio sustento, sendo tratados como
marginais e vigiados dia e noite.
Através de ação judicial saiu uma decisão
de que o governo deveria remover os moradores e assentá-los em outra área
dentro do DF nas mesmas condições e próxima da atual área. Foi dado um prazo de
180 dias para o cumprimento da sentença. Porém, o tempo passou e o GDF não
cumpriu a decisão judicial e o processo foi remetido para a segunda instância,
Federal.
Mesmo em meio a tanta truculência os
moradores colocaram energia com recursos próprios nas ruas 1, 2 e 3 e começaram
a enfrentar o governo e reformando algumas casas e arando a terra para o
plantio e sustento das famílias.
Devido ao descaso, muitas chácaras foram
abandonadas, outras tomadas por uso de força e algumas vendidas para pessoas do
próprio governo e da Câmara Legislativa. Assentados não tendo como sobreviver,
começaram a vender parte das terras adquiridas para sustentar suas famílias.
Com essas vendas, começaram a aparecer os
parcelamentos na área, pois os valores eram baixos e acessíveis a pessoas que
não tinham onde morar.
Essas pessoas que buscavam um lugar onde
colocar suas famílias foram construindo seus lares e transformando a área no
que se encontra hoje, uma comunidade com milhares de moradores, chegando a
aproximadamente 6 mil famílias em sua maioria de baixa renda que esperam do
governo apoio e recebe a truculência da AGEFIS e deste governo covarde.
Hoje, 22 anos após a criação, a área se encontra
abandonada a espera de instrumentos públicos como escolas, postos de saúde,
posto policial e infraestrutura, mas nenhum governo fez nada para a região até
o momento. Muitas chácaras ainda estão fazendo sua função de produzir
alimentos e criar animais para abastecer o Distrito Federal e isso ninguém
mostra.
Gilberto Camargos
Parabéns pela transparência, o povo precisa saber disto antes de apenas aceitar notícias tendenciosas transmitidas pelas mídias do DF.
ResponderExcluirvou divulgar com certeza!!!
muito esclarecedora a materia.
ResponderExcluirParabens
ResponderExcluirParabéns por contar a história da 26 de setembro...
ResponderExcluirParabéns pelos seus esclarecimentos
ResponderExcluirMatéria de muita importância para os moradores da 26 de setembro e do DF também. A população precisa entrar em contato com a verdadeira história e se mimir de convicção e coragem para defender seus direitos e objetivos.
ResponderExcluirTenho vontade de morar e crescer junto ao 26 de setembro espero encontrar um lote com valor acessível e que tenha disponibilidade de pagamento alguém que veja meu comentário possa informar meu sap 992850029 sou Diógenes
ResponderExcluirBoa noite...como faço para adquirir um lote?
ResponderExcluirMuito boa reportagem, o governo deveria regularizar com urgência, tem grileiros desmatando matas ciliares dos córregos e loteando a reveria.isso sim é crime.
ResponderExcluirÓtima matéria para esclarecimento de todos, essa reportagrm trm que ser enviada para a rede globo ficar ciente e parar de falar asneiras...
ResponderExcluirHj o bícho pegou mas uma vez até quando senhor
ResponderExcluirHj o bícho pegou mas uma vez até quando senhor
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