terça-feira, 13 de agosto de 2013

HISTORIA DE SALVIANO MONTEIRO GUIMARÃES PROPRIETÁRIO DAS FAZENDAS QUE VIERAM A SE TORNAR O DF

Coronel Salviano Monteiro Guimarães


Cel. Salviano Monteiro Guimarães

  Salviano Monteiro Guimarães.
Militar e Político Brasileiro.
1866-1926


                              Nasceu em Formosa-Goiás no ano de 1866, no dia 1 de julho, na fazenda São Bento o segundo filho do casal, Pedro Monteiro Guimarães e Francisca de Almeida Campos. 
Seu avô José Monteiro Guimarães Filho, que era um atuante e respeitado  político na cidade de Formosa, havia sido  Juiz Municipal de 1834 a 1838 e ao mesmo tempo acumulava o cargo de Juiz de Direito de 1834 a 1835; foi Delegado de Policia e eleito Vereador em 1852 à 1860.
Cel. Salviano Monteiro Guimarães teve dez irmãos e uma irmã.
Casou-se em 1891 com Olívia de Almeida Campos que passa a se chamar Olivia de Campos Guimarães.

Militar de Carreira
Em 1893, Salviano Monteiro Guimarães, inicia sua carreira militar, no Diário Oficial da União, ano XXXIV-7º da republica- no 296, sexta-feira, 1 de novembro de 1893, encontramos nos “ACTOS DO PODER EXECUTIVO”, assinado pelo Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil. Prudente J. de Moraes Barros, a nomeação para a Guarda Nacional Brasileira, Estado de Goyas, Comarca da Lagôa Formosa:

·         7º regimento de Cavallaria:
2º esquadrão: Aspirantes Manoel Alves de Souza e Salviano Monteiro Guimarães.
                                             Guarda Nacional Brasileira

Em 1899 mudou-se com sua família para a  Vila Mestre D’Armas, atual Planaltina-DF.
  Comprou para sua família, uma casa em construção da Vila Mestre D’Armas. 
   
   Casa do Cel. Salviano Monteiro Guimarães, hoje, Museu Histórico de Planaltina-DF
                
  
                                Nesta casa, nasceu os filhos do Cel. Salviano e Olivia
                    

       Coronel Salviano Monteiro Guimarães com seu trabalho incansável constrói no Centro Oeste um verdadeiro Império, de terras e gado.

 Adquiriu onde hoje é o Plano Piloto, a fazenda Bananal, depois a fazenda Santa Cruz; adquiriu muito mais, fazenda Palmeira, fazenda Limoeiro, fazenda Cocal do Andrada. Comprou com seu trabalho milhares de alqueires de terra.
Salviano instala uma loja comercial, a qual Dona Olívia toma conta. Ele continua o comércio de bois e fazendas. 

Politico
José Monteiro Guimarães, em 1º de novembro de 1907, toma posse como Vice-Intendente da Vila e Salviano Monteiro Guimarães membro do Conselho. Em 1908,Salviano Monteiro Guimarães assumi o cargo de Juiz Municipal da Vila Mestre D’Armas. (Atual Planaltina-DF)
Em 1909, José Monteiro Guimarães, é o novo Intendente (prefeito), que morre em novembro de 1910.  Em 02 de julho de 1910, pela Lei Estadual 363, a Vila Mestre D’Armaspassa  a se denominar Vila de Altar-Mir.  Toma posse em 1º de novembro de 1911, com mandato até 31 de outubro de 1915, como Intendente (Prefeito) da Vila de Alta-Mir, o Cel. Salviano Monteiro Guimarães. 
A partir de 14 de julho de 1917, a Lei 451, Altamir passa  a denominar-se Planaltina.
Salviano toca seus negócios e principalmente cuida da comunidade; a Vila e outra desde a chegada dele na região.
                Mandou  seus filhos para estudarem  nos melhores colégios; no Liceu Goiano, em Goiás Velho; na Escola de Comércio Bento Quirino, e no Ginásio Anglo Latino; ambos em São Paulo. 
             Nas primeiras décadas do século XX, Coronel Salviano construiu um Polo Industrial, fabricação de Charque, beneficiamento de couro. Fabrica de selas, botas, sapatos, arreios, laços entre outros. Abri-se uma grande loja em Mestre D'Armas-Altamir, chamada "Casas Goianas", a loja ficava na "Rua Salvador Coelho". Os produtos eram exportados para vários estados brasileiros. Abriram-se filiais em Luziânia  Paracatu, Formosa, Unaí, Cristalina, Ipameri. Olivia de Almeida Campos, esposa de Salviano era quem cuidava e administrava as lojas, com mãos de ferro e competência.
Em 1920 chega a Planaltina, trazido de São Paulo pelo Cel. Salviano Monteiro Guimarães, o primeiro automóvel do Planalto Central, veio de trem até Ipameri e chega até Planaltina pelas estradas de terras da época.
Em 1921 Planaltina estava ligada por autovias à Formosa, Santa Luzia, às estações da Estrada de Ferro de Goiás, de Ipameri e Vianópolis, a Santa Rosa e ao Sitio D’Abbadia.
Em suas viagens o Cel. Salviano Monteiro Guimarães se reunia com amigos de várias cidades e estados, conversavam e discutiam assuntos da sociedade e do Brasil; o grupo cultivava a filantropia, humanismo, justiça social, democracia, educação, igualdade e os princípios da liberdade.
   Francisca (nora de Olivia e Salviano, esposa de Gabriel) no centro sentada Olivia Campos Guimarães, sua amiga Minerva de Souza louly. atrás Hosannah, Maria America  e Gabriel filhos de Olivia e Salviano.

                  Em 1922 Planaltina já vivia um grande progresso, as Charqueadas do Cel. Salviano que exportam carne, e fabrica de sapato, que eram fornecidos para toda a região e para São Paulo e o Rio de Janeiro, indústria de beneficiamento de couro, máquinas de beneficiar café e arroz e até cinema.
A sociedade entre Salviano Monteiro Guimarães, Bevinhatti e Alexandre Salgado, faz com que o comércio de Planaltina, decole com “As Lojas Goianas”, eles abrem filiais em Formosa, Ipameri, Cristalina, Luziania e Planaltina. 
Em 1923, o Cel. Salviano Monteiro Guimarães possui um telefone em sua casa, que ligava com a sua fazenda Sálvia (hoje Colégio Agrícola). Planaltina foi a primeira cidade do Planalto Goiano  a possuir luz elétrica, em 1922, os sócios proprietários da usina elétrica eram:  Salviano Monteiro Guimarães, Vitoriano Bevinhatti e Alexandre Salgado.
Esta mesma sociedade, construiu a estrada entre Planaltina e Anápolis, Estrada de Ipameri, a estrada de Unai e a de Paracatu.
                             Cel. Salviano Monteiro Guimarães trabalhava para melhorar a cidade, trouxe o progresso, as indústrias que geravam muitos empregos, mercadorias que eram exportadas, as estradas para transportar as mercadorias, o telefone, a luz elétrica, escolas e água encanada, o carro e o avião. 
                         
Salviano Monteiro Guimarães viveu 100 anos na frente de sua geração, sempre pensando no futuro, construindo uma comunidade unida e melhor.

No dia 15 de março de 1926, chega a noticia do falecimento do Cel. Salviano, no retorno de uma viagem a São Paulo, ele passa mal no trem; ao chegar a Ipameri, a ultima parada do trem, ele é socorrido. Para de bater em seu peito o órgão que sempre o guiou na vida seu “coração”.
A cidade de Planaltina para, a noticia corre pelas casas, pelas ruas, pelas fazendas, pelo Estado de Goiás e pelo Brasil afora...Cel. Salviano é enterrado em Ipameri, e as homenagens póstumas que vieram de todo o Brasil foram inúmeras.
Cel. Salviano Monteiro Guimarães, um homem de virtudes cívicas cumpria seus deveres sociais e patrióticos, justo, respeitado e amado por todos seus empregados, amigos e familiares, um homem sem desafetos.
A Câmara da Cidade reconheceu a importância do Coronel Salviano Monteiro Guimarães, em 1930, prestando-lhe a singela homenagem de dar seu nome à Praça que fica em frente a  Casa, que habitou.

A Praça Salviano Monteiro Guimarães é patrimônio histórico do Distrito Federal, tombada pelo Decreto nº 6939 de 19/08/1982.
Coordenadas:   15°37'15"S   47°39'39"W
Cel. Salviano Monteiro Guimarães não é esquecido pela população da cidade de Planaltina, passados quinzes (15) anos de sua morte em Ipameri, ele recebe uma homenagem do povo da cidade em que viveu. Em 1941, a pedido da Câmara, o corpo do Cel. Salviano é transladado de Ipameri para o cemitério da cidade de Planaltina. Foi enterrado com honras militares, voltava a sua terra onde tinha o respeito de todos e era venerado como cidadão honrado e empreendedor. Literalmente ”todos tiraram o chapéu” em reverência ao Cel. Salviano Monteiro Guimarães. Hoje seus restos mortais repousam no Cemitério Velho de Planaltina, localizado no Setor Sul.
E uma homenagem à Salviano Monteiro Guimarães é feita pelo Presidente da Republica Getúlio Vargas. Reconhecendo o grande cidadão que ele foi para o Estado de Goiás e para a Pátria. No Diário Oficial da União, de 3 de dezembro de 1941, processo 3.631.


 Cel. Salviano Monteiro Guimarães, um homem de virtudes cívicas cumpria seus deveres sociais e patrióticos, justo, respeitado e amado por todos seus empregados, amigos e familiares, um homem sem desafetos.


       Coronel Salviano teve oito filhos:                                                            
  • Gabriel de Campos Guimarães(Advogado, Juiz e Deputado Estadual)
  • Francisco Monteiro Guimarães (Sinhô Monteiro), (Fazendeiro e Agropecuarista)
  • Sebastião de Campos Guimarães (Dãozinho), (Fazendeiro e Agropecuarista)
  • Hosannah de Campos Guimarães( Médico, em 1950 Governador do Estado de Goias)
  • Maria América do Rosário Guimarães( Professora e Musicista)
  • Gabriela Campos Guimarães (Morena), ( Professora e Promotora de Justiça)
  • Salviano Monteiro Guimarães Filho (Viano), ( Dentista e Empresario)
  • Dulce de Campos Guimarães(Professora)
  • Adotou três irmãos órfãos. que batizou e criou como filhos, Sebastião de Oliveira, Antonio Francisco e José de Oliveira.
                              
              Cel. Salviano Monteiro Guimarães
                                       1866 - 1926

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