sexta-feira, 31 de julho de 2015

Um ano de dor pela ausência física do meu filho



 “Fisicamente você não está ao alcance de minhas mãos, mas sua presença continua no meu coração. Você estará sempre presente em minha vida. Amo-te cada vez mais.”

 Está completando um ano que vi seu sorriso ser apagado brutalmente. Ele se despediu com um sorriso, pois dificilmente era visto sem um sorriso lindo estampado no rosto. Um sorriso que ninguém esquece, ficou tatuado nos corações de quem o conhecia, um sorriso que era como uma missão, espalhar alegria por onde andava. A lembrança deste sorriso que não nos abandona em nenhum momento é que nos dá força para seguir.

A morte de meu filho foi à perda mais devastadora de todas. Irei lamentar a perda da vida dele para sempre. Minha vida nunca mais será a mesma. Mas esse não é o fim; eu posso conseguir atravessar toda a tristeza e retomar minha vida, pois outras pessoas dependem de mim.


Meu filho Victor Augusto de Camargos, de 17 anos, morreu no dia 24 de agosto de 2014. Ele foi embora após ter sido sequestrado e minha família ser ameaçada pelos que queriam e querem me calar como jornalista. Ele foi para se manter vivo, mas não adiantou, está fora do alcance de meu olhar físico...

Gilberto Camargos

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