Técnica utilizada pelo DER na Rua 3 deveria ser aplicada no resto da cidade
(*) Por Geraldo Oliveira – do Blog Vicente Pires Alerta
Retirada de terra, colocação de pedras compactadas no subleito (em lugar do cascalho) e para nivelar se aplica um material chamado Brita Graduada Simples (BGS), seguido do asfalto. Foi assim que o Departamento de Estradas e Rodagem (DER/DF) asfaltou o trecho entre as Ruas 8 e 10 de Vicente Pires, em plena estação chuvosa.
Foram pavimentados aproximadamente 600 metros que diminuíram muito o sofrimento de quem mora e tem comércio no trecho, demonstrando que é possível o Governo do Distrito Federal acabar com o sofrimento das pessoas, não só no restante da Rua 3, como nas demais ruas da cidade.
Manifestação
A determinação de mandar o DER asfaltar a Rua 3, entre as Ruas 8 e 10, aconteceu quando a população local, extremamente revoltada, estava decidida a fechar a Via Estrutural em meados de novembro. O governador em exercício à época, Paco Brito, veio à Rua 3 no dia da manifestação e prometeu aos manifestantes que o DER iria começar imediatamente os serviços.
Hoje, surpreendentemente, o asfalto está pronto, com excelente qualidade e a obra ocorreu mesmo com chuvas intermitentes. O episódio serviu para demonstrar ao restante da população que ela não pode e não deve aceitar passivamente que persista seu sofrimento. Ficou provado que é preciso cobrar sim que os agentes públicos continuem buscando soluções, para que as obras não parem.
Custo-benefício
Os contratos das obras de Vicente Pires foram firmados com utilização de materiais comuns, como o cascalho. Mas, é sabido que os contratos podem ser repactuados, se bem justificados. Para o caso em questão, o governo pode justificar a utilização de rochas e BGS nas ruas já abertas, se provar que os transtornos estão sendo extremos para a população, com graves reflexos para a atividade econômica local e regional.
O Governador necessita adotar essa alternativa, pois os problemas da obra não atingem apenas Vicente Pires, que convive diariamente com a lama, com a poeira e com os prejuízos. Eles propagam-se também para seu entorno, como a EPTG, que é constantemente invadida por água barrenta, provando que o problema é mais grave do que se enxerga.
Sob o ponto de vista da boa aplicação dos recursos públicos, embora pareça mais dispendioso o método utilizado pelo DER, ele é assertivo porque o subleito do asfalto fica muito mais compacto e durável com as rochas. Esta técnica, aliás, é utilizada nos países de primeiro mundo, que preferem utilizar materiais melhores incluindo o concreto, evitando manutenções futuras.
O fato é que para se ter uma solução de curto prazo para nossas vias lamacentas, há que se ter bom senso e coragem para uma decisão em favor da população. Como excelente advogado que é, o governador Ibaneis poderia e deveria repactuar esses contratos, determinando que se atenda à necessidade mais premente de nossa população, que é poder sair e voltar para casa em paz, com segurança e com seu direito de ir vir respeitado.
Definitivamente, caso não se tome nenhuma atitude, as chuvas não são mais uma desculpa que se possa aceitar.
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