sexta-feira, 14 de junho de 2013

LIBERDADE DE IMPRENSA CERCEADA PELOS PETISTAS NA VILA ESTRUTURAL

Liberdade de imprensa cerceada

Administração da Estrutural nega informação e chama segurança para tirar repórter do Guardian do local

“Perseguição política”. Isso é o que a administradora da Estrutural, Socorro Torquato, acredita ser as denúncias feitas em reportagens do portal Guardian Notícias sobre sua gestão


Enquanto alunos não têm estrutura adequada para esperar por ônibu, Administração da Estrutural libera construções que não constava no mapa da cidade Foto: Redação

“Perseguição política”. Isso é o que a administradora da Estrutural, Socorro Torquato, acredita ser as denúncias feitas em reportagens do portal Guardian Notícias sobre sua gestão. Nesta quarta-feira, 12, seus funcionários deram mostras de que não recepcionam bem quem os criticam. Até um segurança foi chamado para retirar o repórter deste veículo do local.

A reportagem do portal esteve na administração para questionar sobre a construção de um quiosque em plena praça pública, logo em frente à sede da direção da cidade. Passavam alguns minutos depois do meio dia. Ainda havia servidores no local. Mas ninguém com vontade de responder a uma única pergunta: se realmente aquela construção seria a de um quiosque, como se suspeitava?

Uma das assessores passou pela reportagem, mas fez pouco caso. Apenas deu as costas e disse: “Estou no horário de almoço”. De fato, é compreensível que aquele momento era destinado para o tempo que os funcionários tem por direito, mas nada que impedisse de responder a uma questão simples, como a feita pelo repórter. ...

É estranho que na mesma praça, há um prédio inutilizado (veja foto) pelo Estado construído ainda na época do governo Arruda. A estrutura está toda pichada e depredada. Pior: se transformou em um ponto de drogas. Para tornar mais grave ainda a situação, este ponto fica próximo ao Creas, onde crianças fazem cursos, e a uma escola pública. Tudo “nas barbas” da administração. Tempo atrás, estudou-se a utilização do imóvel como posto policial, mas a ideia só ficou no papel e na esperança da população.




Não é a primeira vez que a administração sonega informação. O Guardian pediu há cerca de um mês, nomes de bandas contratadas para eventos culturais na cidade e os respectivos valores dos cachês. Até hoje, nada foi respondido. A Gerência de Cultura local alegou apenas que os recursos gastos por ela com festas eram os menores entre as regiões administrativas.

O portal Guardian também fez um levantamento do que foi gasto nos anos de 2011, 2012 e no primeiro trimestre deste ano pelas administrações regionais com emendas parlamentares. O objetivo era saber o que foi executado em obras e eventos culturais. O pedido foi feito por meio da Lei de Acesso à Informação. De acordo com a legislação, as informações devem ser respondidas em 20 dias, prorrogável por mais dez dias. No entanto, a Assessoria de Comunicação, novamente, até hoje nada respondeu. Já se passaram mais de 40 dias.

Com a liberação da obra em frente à administração, numa praça destinada ao lazer, a direção da cidade toma apenas medidas paliativas. A construção de uma feira permanente na região poderia resolver o problema dos feirantes e quiosqueiros.

Arrogância-Já havia valores destinados para esta obra. Entretanto a administradora Socorro, junto com o seu marido, o deputado federal Roberto Policarpo (PT-DF), que nada tem que interferir em sua gestão, achou por bem negar a ajuda da distrital Eliana Pedrosa (PSD). A parlamentar havia oferecido R$ 1 milhão para a obra, mas o casal petista alegou necessidade de R$ 4 milhões.

Os descontentamentos da administração com o Guardian teve seu ápice quando publicamos uma matéria que mostrávamos uma ciclovia inacabada que custou cerca de R$ 100 mil. E pior: a pista não é usada por ninguém e é desconhecida por boa parte da população.





Por Elton Santos

Fonte: Guardian Notícias / Redação - 13/06/2013

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