sexta-feira, 7 de março de 2014

Coluna Paula Matos - Saneamento Básico




ONDE ESTÁ O SANEAMENTO BÁSICO?

Brasília está entre as principais capitais brasileiras com o maior índice de saneamento básico. Já as satélites e o entorno estão entre as piores do Brasil. Cidades como Águas Lindas, Varjão, Estrutural, Sol Nascente, Planaltina e Vicente Pires sofrem com falta de asfalto, águas pluviais e tratamento de esgoto. Problemas que afetam não só a população dessas cidades, mas também o meio ambiente. Segundo pesquisas realizadas pelas Nações Unidas a falta de saneamento básico é a principal causa de morte no mundo por doenças, e o principal problema ambiental do Brasil.

As cidades satélites de Brasília são consideradas recentes, do ponto de vista histórico, mas já tem problemas de cidade antiga. O saneamento básico é um deles, considerado item fundamental para a infra-estrutura de um local, nessas cidades isso não é respeitado. Mas o problema não é do conhecimento de todos. Na mídia é muito citado como maior causador de doenças infantis e não pelo agravante ambiental. A poluição dos rios, lençóis freáticos, contaminação de mananciais está ligado principalmente a falta de saneamento.

È difícil de acreditar que em pleno século XXI ainda é bem comum encontrar em Brasília esta situação. Bem próximo do Palácio do planalto podemos citar a região administrativa de Vicente Pires (DF) uma cidade que em 26 de maio de 2009, emancipou-se de Taguatinga e passou a ter administração própria, tornando-se região administrativa. O fato ocorreu após 20 anos das primeiras chácaras da antiga colônia agrícola, hoje tem uma população de aproximadamente 73 mil habitantes e ainda não tem rede de esgoto, o saneamento básico é considerado item fundamental para infra-estrutura de um local. Em Vicente Pires cada morador ou comerciante é responsável pela manutenção de sua fossa. 

Entra ano e sai ano, e não é implantada uma solução para no mínimo o recolhimento e escoamento do esgoto, e os moradores e comerciantes é que sofrem com esta situação.

A população tem que conviver com a contaminação diária. Esgotos escorrem nas ruas por todos os lados, deixando a cidade com um cheiro horrível, sendo toda essa sujeira levada para dentro das residências pelos carros e pelas enxurradas. A reclamação dos moradores é geral e a sensação de abandono também, ninguém agüenta mais esgoto a céu aberto.

Centenas de reportagens de todas as redes de TV e jornais do DF já mostraram o problema, mas a solução parece longe de chegar . E com isso o esgoto continua correndo a céu aberto. Vejo os casos em que os comerciantes de produtos comestíveis têm que oferecer seus produtos junto ao mau cheiro e toda a mazela de podridão. Exemplificando: uma padaria que tem seu comércio totalmente voltado a produtos de consumo alimentício tem que comercializar estes produtos no meio desta podridão. Não podem sequer lavar e higienizar o ambiente senão tomam multa por jogar água na rua.

A coleta, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada do esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população. É importante destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços de saúde, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

Para cada dólar investido no setor de saneamento economiza-se cinco dólares na área de medicina curativa.
Está claro onde e como os nossos impostos devem ser investidos, ter saneamento básico é questão de saúde pública. 

Um comentário:

  1. Falta de saneamento básico é problema medieval. Infelizmente nos últimos 12 anos nada se investiu na área no país.

    De acordo com a ONU, pré-requisito básico para se acabar com a miséria, antes de dinheiro é saneamento básico.

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