segunda-feira, 26 de outubro de 2015

LUIZRIOS“O povo do Lago é rico, tem dinheiro, mais não está satisfeito: Tem que roubar mais”.
Foi o que disse o superintendente de Estudos, Programas, Monitoramento e Educação Ambiental do Instituto Brasília Ambiental - IBRAM, Luiz Rios, durante uma palestra feita a estudantes da UNB na quinta-feira (22), cujo tema girava em torno das operações comandadas pela Agência de Fiscalização (Agefis) que desobstruíram a orla do Lago Paranoá.
O servidor do IBRAM disse que os “jardins verdinhos” dos moradores estavam sendo irrigados com a água roubada do Lago Paranoá. A fala do servidor do IBRAM provocou inúmeras reações dos moradores do Lago Sul.

O “Movimento S.O.S Lago” foi para as ruas neste sábado para protestar com faixas e panfletos contra o Governo Rollemberg e exigindo respeito. Ao Radar, os moradores garantiram que farão campanha sistematicamente contra o Governo de Brasília no Lago Sul e no Lago Norte.

A arquiteta urbanística Tatiana Estrela disse que o diretor do IBRAM, Luiz Rios foi infeliz e irresponsável em seu comentário feito a alunos da UNB, ao chamar os moradores do Lago Sul de ladrões. “Isso é crime de calúnia, injúria e difamação”, afirmou a representante do S.O.S Lago.

A fala preconceituosa de Luiz Rios não chega a ser exatamente uma novidade dentro do arrogante governo Rollemberg, visto aos constantes insultos proferidos por agentes do Estado contra a população.
No inicio do ano, em meio a uma reunião do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), a presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, por exemplo, disse ter nojo e que sente náuseas de quem mora em condomínios.

“Chamar o povo de ladrão é muito forte, além de ser um ato irresponsável de um agente do governo, que estava falando como representante do governador Rollemberg.”, destacou a arquiteta.

Tatiana Estrela explicou que todos os moradores da orla que utilizavam água do Lago Paranoá para irrigar as plantas que ficavam na área verde, que sempre pertenceu ao Estado embora cuidada por cada morador da orla, tinham a permissão da Agência Reguladora de Águas- ADASA, já que usar água tratada da Caesb seria um contrassenso.
Ao chamar os moradores do Lago Sul de ladrões, de forma generalizada, o servidor do IBRAM disse exatamente o que pensa o Governo Rollemberg, que tenta desconstruir a imagem de seus alvos, acusando-os de criminosos como aconteceu na derrubada de 25 casas da “Chácara 200” em Vicente Pires. Lá, o próprio Roillemberg foi à televisão justificar que os moradores eram todos grileiros que ocupavam uma área pública destinada à construção de postos de saúde para a população de Vicente Pires.

No caso do Lago Sul, os moradores foram transformados em “invasores contumazes que precisavam ter suas cercas e jardins removidos em nome da desobstrução de uma orla que pertence a todos e não somente aos ricos.
Mas por trás da máscara socialista, segundo os representantes do SOS Lago, reside o fato de o governador Rollemberg transformar a orla do Paranoá em um espaço privatizado entregando a grandes empreiteiras, que irão lucrar sob uma área de preservação ambiental.

Enquanto isso não acontece, no caso da orla, a tática é jogar pobres contra ricos embalando o preconceito e ódio. As entidades prometem ingressar com ações judiciais contra Luiz Rios e contra o governador Rollemberg.

“Esse governo vem oferecendo como consumo aos cidadãos do DF uma mentira infame contra a população do Lago Sul e contra milhares de famílias que moram em condomínios, tachando-os de grileiros e invasores. Nenhuma mentira dura para sempre”, disse a arquiteta Tatiana Estrela.
Da Redação Radar
AUDIO DE LUIZ RIOS SOBRE OS MORADORES DO LAGO SUL: 

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