sexta-feira, 1 de abril de 2016

A farsa do Seminário sobre a grilagem de terras no DF




Para Rodrigo Rollemberg, governar não é prioridade, prioridade é destruir e manter protegidos os verdadeiros grileiros, não importa o caos na saúde, educação, segurança, mobilidade, enfim, caos em tudo e o governo preocupado somente em descontruir.

Mesmo sendo considerado o pior dos governadores, aquele que enganou a todos com a roda de conversa que depois de eleito virou roda de trator, teima em afrontar a todos. 

Esse governo medíocre quer se promover com o combate à grilagem no Distrito Federal, porém só na conversa, pois, na realidade, seus dois órgãos-chefes, AGEFIS E TERRACAP, são conhecidos pelas armações e arbitrariedades: a Terracap é considerada a maior grileira “oficial” do Distrito Federal, já a Agefis, um órgão suspeito de corrupção, muito caro e cabide de emprego do governador. 

O governo poderia se promover não deixando os doentes nas filas dos hospitais, morrendo sem tratamento, não deixando que a bandidagem aumente assustadoramente, mantendo as pessoas honestas presas dentro de suas casas, não deixando as pessoas vivendo nas ruas e debaixo das pontes e sem ter o que comer, melhorando a vida de quem passa horas nos engarrafamentos, construindo escolas para que todos tenham o direito de estudar…

Mas, ao invés de promover o bem e a qualidade de vida no DF, ele prefere ser conhecido por ser autoritário, covarde e sem condições de governar.

A grilagem tem que ser combatida e erradicada, porém da forma correta, analisando primeiro quais são as terras do governo e esclarecendo suspeitas sobre quais (ditas públicas) são particulares, sobretudo porque há documentos que comprovam ou, no mínimo induzem a dúvidas, sobre quem é o proprietário: particulares, Terracap ou União.

Em mais de um ano de governo Rollemberg ficou claro para a população que não há vontade política, sabedoria ou qualquer estratégia para negociar as questões de regularização no DF, ou mesmo para por um fim nos desmandos e arbitrariedades da AGEFIS e nas irregularidades dentro da Terracap.

A população que mora em áreas passíveis de regularização sente o abandono do Estado, tanto por parte do Executivo, quanto do Legislativo. Em movimentos organizados e pacíficos, esses moradores lotaram a Câmara Legislativa por 5 vezes consecutivas em apenas 3 meses. Foram duas audiências públicas e um grande movimento de pressão para instauração da CPI da AGEFIS, mas nenhuma decisão concreta foi tomada por parte dos parlamentares distritais; ao que tudo indica, eles apenas usaram os movimentos para fazer barganhas pessoais com o governo.

É importante saber a diferença entre grileiro, parcelador e invasor para que não se cometa injustiças. Ou por falta de conhecimento, ou por maldade, o governador Rollemberg, a Bruna Pinheiro (presidente da Agefis), alguns deputados e promotores têm usado a mídia massivamente com mentiras para atrair a opinião pública e, com isso, conseguirem manter o controle de uma situação distorcida e contaminada, longe da realidade, evidenciando a falta de compromisso do governo com os milhares de moradores de condomínios que aguardam a regularização de seus imóveis.

Exemplo disso foi o “I Seminário Combate à grilagem de Terras públicas do DF”, realizado no último dia 31 de março, com cartas marcadas e controlado apenas por órgãos do governo, sem a participação popular. 

Divulgaram um seminário aberto, porém para que o povo não tivesse acesso, escolheram o menor auditório do DF. A pedido da Bruna Pinheiro, proibiram a entrada das lideranças comunitárias, advogados e até mesmo de jornalistas não coniventes com o GDF, com a alegação de que houve um credenciamento prévio (ninguém foi informado), barraram a entrada de todos que não concordam com as ideias do governo.

O governo não aceita confronto ou diálogo e não dá credibilidade a quem pode apresentar documentos que comprovam a participação da Terracap, Agefis e GDF, em fraudes e grilagens "oficiais" de terras no DF.


O que realmente está por trás desse enorme interesse do governador pelas questões fundiárias e de forma duvidosa? O governo precisa explicar o porquê de não agir para resolver os problemas na saúde, buracos nas vias, violência, na educação e outras áreas prioritárias. O GDF só se preocupa, desde o primeiro dia de governo, em desperdiçar fortunas em operações de derrubadas, inclusive desrespeitando ordens judiciais. Um total desrespeito para com a população.

O povo quer que o Governo de Brasília consiga desmascarar e se livrar dos verdadeiros grileiros, mas também quer que seja feito da forma certa e com participação de todos, porque da forma como está sendo feito ate o momento, apenas alguns corretores foram presos e titulados de grileiros; grileiros mesmo, nenhum foi pego.

Precisamos fazer um movimento de verdade para mudar esse quadro de insegurança e vulnerabilidade. Alguns caminhos são a criação de leis de iniciativa popular, como a apresentação de CPI’s de acordo com a nova lei e, também, mobilizações fortes, que possam sensibilizar os parlamentares.

É importante a participação de líderes de todas as cidades do DF, não podemos mais admitir essa forma de governo.

Apenas com a união de todas as forças possíveis, as atrocidades que vivenciamos nos últimos meses podem ter um fim. A nossa arma é massificar e intensificar os movimentos, com um mesmo ideal, para ERRADICAR A GRILAGEM, regularizar os imóveis, alcançar o fim das derrubadas de residências habitadas e obter o respeito ao lar, que é inviolável.

Para iniciar de forma correta, será preciso começar abrindo as caixas-pretas da Terracap e Agefis, confrontando documentos e identificando os criminosos que se locupletam com terra pública. Nesse sentido, a Câmara Legislativa precisa tomar uma atitude e instaurar a CPI da AGEFIS/TERRCAP que se proporá a lançar luz sobre tanta escuridão. Vamos à luta!

Gilberto Camargos

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