segunda-feira, 31 de julho de 2017

LENTIDÃO NAS OBRAS DE INFRAESTRUTURA FRUSTRA VICENTE PIRES


As obras de drenagem, em especial, já deveriam estar bem avançadas

Obras da Rua 03B em passos de tartaruga
Rua 4C com melhor andamento, mas muito devagar


            A estação chuvosa está perto de chegar e as obras de infraestrutura, tão esperadas, não conseguem deslanchar. Diante disso, a população já sabe o que esperar a partir de outubro próximo: o velho enfrentamento aos buracos nas vias, alagamentos, prejuízos e riscos a pessoas e imóveis.

Percebe-se muita dificuldade na gestão dessas obras por parte da Secretaria de Obras (agora SINESP) e da NOVACAP, sobretudo porque se sabe que é preciso cumprir metas de execução para receber os repasses de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estabelecendo-se o chamado fluxo executivo-financeiro. Como as obras não seguem o ritmo e a regularidade esperada, a Caixa Econômica Federal também não repassa os recursos para o GDF pagar as empresas.

O resultado é o travamento de todo o processo. O governo ainda informa que as empresas contratadas não conseguem adentrar nos condomínios e chácaras, como, por exemplo, para construir as tais bacias de contenção de águas pluviais e os lançamentos nos córregos. Já nos condomínios onde já existem pavimentação e drenagem, ninguém quer aceitar novas obras onde tudo já estaria (em tese) pronto.
Mas, será que o Governo está mesmo envidando todos os esforços para cumprir as metas? Mesmo que concordemos que há dificuldades de execução, sabemos que o Estado tem meios legais para fazê-las, utilizando-se do seu poder-dever de agir em prol da coletividade.
Outra situação de atraso é a necessidade de ajustar projetos, previstos na própria licitação. Nas regras do edital consta que, sempre que determinada dificuldade na execução surgir, uma equipe de técnicos se debruçará sobre o problema, para adaptar o projeto à realidade. Por exemplo, se não for possível passar uma galeria pluvial por um condomínio ou chácara, interrompe-se tudo e se discute o que fazer.
Para evitar tantas interrupções, uma força-tarefa envolvendo governo, empresas licitantes e representantes da comunidade poderia estar atuando previamente junto aos locais de difícil execução, para negociar com os responsáveis.  Na questão das bacias de águas pluviais nas chácaras, por exemplo, algumas alternativas sugeridas por chacareiros poderão ser consideradas.
Os condomínios que já têm águas pluviais, pavimentação ecológica e outras benfeitorias também deveriam estar sendo mapeados e contactados, para verificar a possibilidade de adequação. No Setor Jóquei, este foi um ponto nevrálgico. Certamente, tais conversas prévias contribuiriam para explicar aos síndicos as intervenções previstas, visando se alcançar um entendimento.

Segundo Gilberto Camargos, presidente da Associação de Moradores de Vicente Pires e Região (AMOVIPE), o interesse político-eleitoral por parte do atual governo também contribui para o atraso, pois o governo está protelando a execução agora, para dar um salto com os serviços em 2018. Mas, por mais que esse componente político também exista, já estamos às portas do ano eleitoral e quase nada se vê em termos de obras para encher os olhos dos eleitores.

Chegamos à conclusão, então, que as obras não deslancham porque há dificuldades de condução do processo por parte do Governo. Trocando em miúdos, o Governo de Brasília precisa de fato priorizar as obras de Vicente Pires como uma de suas metas e atuar a todo vapor para executá-las. De nossa parte, os interessados, também devermos ser mais colaborativos e participativos, para ajudarmos a engrenagem a funcionar.
 Até o próximo mês e um grande abraço!

(*) Geraldo Oliveira é blogueiro em Vicente Pires, Vice-Presidente da AMOVIPE e servidor de carreira da Câmara Legislativa.

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