terça-feira, 19 de dezembro de 2017

OBRAS DE URBANIZAÇÃO QUE SERIAM UM SONHO, TORNAM-SE PESADELO






Problemas graves foram detectados na execução das obras de urbanização de Vicente Pires:


️Alterações de projetos que comprometem a qualidade de vida desta e das futuras gerações;
️Pontes e calçadas sumirão dos projetos;
️Vias deixarão de ser duplicadas ou alargadas;
️Faltarão vagas de estacionamento na superfície;
️Serviços são paralisados por falta de pagamento às empresas;
️Máquinas adentram nos condomínios e deixam os moradores na poeira ou na lama por até 4 meses;
️O comércio está fechando, pois, as obras impedem que os clientes cheguem.


VICENTE PIRES PASSA por obras de urbanização, que nos enchem de esperança para melhorar nossa qualidade de vida, porém os projetos datam de 2007, estão totalmente desatualizados e disformes da realidade. Em 2007 não existiam prédios como agora e a população era de aproximadamente 50 mil pessoas. Hoje, existem mais de 90 mil habitantes na região, com potencial para dobrar esse quantitativo em curtíssimo prazo. Somando-se a isso, existe um crescimento desordenado de prédios por toda a cidade, com cerca de 740 projeções em construção, outros já concluídos e ainda não habitados, sem vagas suficientes de garagem e que não obedecem às Diretrizes Urbanísticas Específicas - DIUPE da região.

POR ESTE MOTIVO, os projetos da obra de urbanização necessitam ser aperfeiçoados, para se adequarem a essa realidade perigosa de crescimento desordenado e que põe em risco a qualidade de vida desta e das futuras gerações.

EM FACE deste risco iminente de prejuízo à população, em que o Estado investe recursos de grande vulto sem o devido cuidado, sem adequar os projetos à realidade, há necessidade de adotarmos medidas drásticas, para defendermos a região.

APÓS ESGOTADAS as tentativas de negociação com a Secretaria de Obras (atual SINESP) e a Administração Regional,  em que nossas sugestões para atualização dos projetos não foram consideradas, a AMOVIPE, em defesa da coletividade, entrará com ação judicial no TJDFT e com um Requerimento junto ao TCDF, para que o Governo de Brasília faça um estudo profundo para aperfeiçoamento dos projetos executivos e não continue a fazer alterações prejudiciais, como por exemplo, a exclusão da construção  de pontes e a duplicação de vias, o que irá prejudicar a capacidade de fluidez do tráfego interno. Somando-se a isso, a forma como estão sendo projetados o asfalto definitivo e as calçadas, que serão feitas ao lado dos meios-fios, não será possível instalar estacionamentos para atender o grande contingente de veículos, que cresce vertiginosamente e promete ser um caos viário e de falta de acessibilidade, quando todos os prédios estiverem ocupados pelo comércio e por habitantes.

Não podemos continuar silentes e omissos diante das consequências que se avizinham, as quais só perceberemos tardiamente.

Um bom exemplo de como nossa omissão poderá ser nefasta para todos é o caso do Viaduto Israel Pinheiro: se todos nós estivéssemos atentos na época de sua construção, ele não seria o “monstro” ineficiente de hoje. Poderíamos ter cobrado, por exemplo, que ele fosse edificado no padrão “tesourinha” do Plano Piloto, sem semáforos, pois ao seu lado já existia uma cidade com aproximadamente 60 mil pessoas, com crescimento populacional alarmante, que necessitava de um melhor projeto. Como nos calamos à época, a obra foi feita prejudicando nossa região e o problema está aí para ser enfrentado, cuja solução demandará o dispêndio de milhões de reais.

OUTRA MOTIVAÇÃO para impetrarmos a ação judicial para adequação (frise-se que nosso objetivo não é paralisar as obras, mas melhorar os projetos): Está acontecendo algo gravíssimo na execução das obras de urbanização de Vicente Pires,  pois a Secretaria de Obras está  excluindo delas as pontes de ligação dos bairros, estreitamento de vias, entre outras alterações, devido à pressão de alguns poucos moradores apoiados por algumas associações e lideranças que só enxergam suas vantagens pessoais, os quais estão convencendo o governo a ajustar as obras de acordo com seus interesses, porém em total prejuízo à coletividade.  Em razão disso, pelo menos uma ponte ligando Vicente Pires ao Setor Jóquei e duas, ligando Vicente Pires à Colônia Agrícola Samambaia sumirão do projeto, isso sem falar do viaduto da Estrutural.

Algumas avenidas que seriam duplicadas também vão se tornar vias simples, para preservar o interesse de puxadinhos do comércio, rampas de edifícios, jardins e outros interesses particulares.  As calçadas também estão sendo projetadas para ser construídas ao lado do asfalto, quando poderiam ser vizinhas aos lotes, para ser possível construir estacionamentos junto do asfalto. Aí, o que está ocorrendo: as pessoas estão pedindo às empreiteiras para rebaixar os meio-fios, para poderem estacionar os carros sobre as calçadas e as empresas estão atendendo, ou seja, com isso as calçadas irão sumir e os pedestres e cadeirantes ficarão sem opção de se locomover.

Então, a Secretaria de Obras (SINESP) está equivocada em seus projetos, não faz adequações para melhorar e sim para piorar; não fiscaliza a obra adequadamente, atrasa pagamentos às empresas, aí elas param os serviços após adentrar nos condomínios, onde estragam instalações internas, deixando os moradores sem asfalto por até 4 meses, enfrentando lama e poeira, sendo que alguns asfaltos novos já estão se deteriorando, com poças d’água e cedendo a superfície  (Rua 4c), por deficiência na qualidade.

O PROJETO EM EXECUÇÃO, que é de 2007, também não leva em conta o grande quantitativo de prédios que está surgindo na cidade, sem vagas suficientes de garagem ou até sem nenhuma vaga. Aí perguntamos: onde os carros irão estacionar, se a obra pública de infraestrutura não está levando em conta esse crescimento vertical?

O FATO É QUE, quando tudo estiver pronto, todos nós iremos lamentar, assim como fazemos hoje em relação ao Viaduto Israel Pinheiro. Infelizmente é esse futuro que se projeta para o SHVP e, com isso, nossos imóveis tenderão a se desvalorizar, caso esse caos anunciado se concretize.

Assim sendo, a competente ação judicial e o requerimento junto ao TCDF serão interpostos em breve, em defesa da boa aplicação de recursos públicos e do interesse coletivo da população do SHVP.

ESTAS SÃO AS RAZÕES QUE JUSTIFICAM ENTRARMOS NA JUSTIÇA E NO TCDF PARA ADEQUAÇÃO DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO ATUAIS À REALIDADE DE VICENTE PIRES.

Atenciosamente,

GILBERTO CAMARGOS

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AMOVIPE

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