quinta-feira, 7 de agosto de 2025

VICENTE PIRES CONTINUA ABANDONADA: MUITA PROPAGANDA, POUCA AÇÃO, NADA NOVO

 



Enquanto as redes sociais oficiais e particulares o administrador regional exibem diariamente vídeos e fotos cuidadosamente escolhidos, com pose, edição filtro e legenda otimista, a realidade das ruas de Vicente Pires segue imutável — e abandonada. A cidade, que clama por atenção real, recebe apenas paliativos, pequenas ações cotidianas que não exigem qualquer protagonismo político para serem realizadas.


Troca de lâmpadas queimadas, poda de mato alto, pintura de faixas e meios-fios, tapa-buracos mal feitos… Esses serviços são rotineiros e fazem parte da agenda de órgãos como a Novacap, a Neoenergia, o Detran e outros. São ações previstas no calendário do governo e que poderiam ser executadas por qualquer servidor técnico, sem a necessidade de interferência do administrador ou de nomeações políticas.


Mas o que realmente precisa ser feito — aquilo que exige coragem, articulação, gestão e comprometimento — segue ignorado. As obras mal executadas, que se deterioram dias após a entrega, continuam sem qualquer fiscalização séria. Ninguém no governo cobra a garantia dos serviços. As calçadas, em sua maioria, estão obstruídas, sem acessibilidade e tomadas por empresários “amigos” da gestão, que se sentem à vontade para bloquear espaços públicos sem sofrer qualquer consequência.


A ausência de rotatórias em cruzamentos críticos tem causado inúmeros acidentes, e a falta de estacionamentos em toda a cidade gera caos diário. Enquanto isso, áreas públicas entre calçadas e imóveis são ocupadas irregularmente por condomínios e estabelecimentos comerciais — tudo isso sob o silêncio conivente do administrador e, principalmente, do deputado distrital que age como se fosse o “dono da cidade”.


Aliás, esse mesmo deputado que sumiu por meses agora reaparece. Como num roteiro já conhecido, sua presença coincide com a aproximação das eleições. Volta a aparecer em divulgações do administrador, prometer obras e fazer postagens como se tivesse, de fato, algum legado para mostrar.


No balanço geral, a população de Vicente Pires só viu a cidade maravilhosa piorar. A sensação de abandono é real, agravada pela ausência de políticas públicas estruturantes e principalmente de coragem para mudar o quadro atual do caos gerado na gestão da cidade nas mãos do Deputado Daniel de Castro e seus aliados. Em contrapartida, sobra propaganda institucional, com uso indiscriminado das redes sociais oficiais para promover a imagem pessoal do administrador — e, por tabela, de seu mentor político.


A população já entendeu que o que está sendo feito é pouco — muito pouco para não dizer NADA. E que os verdadeiros problemas seguem sendo ignorados em nome da autopromoção e da velha prática do “faz de conta”. Para tentar se mostrar como o “salvador da pátria” e aquele que resolve tudo, o administrador regional tem extrapolado suas funções e adotado uma postura autoritária que divide a população em pequenos grupos e enfraquece a organização coletiva dos moradores.


Além disso, tem impedido que lideranças comunitárias participem das reuniões realizadas por ele, negando-lhes o direito de representar a comunidade de forma legítima. Chegando inclusive a desconsiderar lideranças  barrando a entrada da Administração Regional, sendo obrigadas a esperar do lado de fora, na rua, até que o administrador decida se irá recebê-las ou não.


Essa postura, além de desrespeitosa, vai na contramão do que se espera de um servidor público. A Administração existe para servir à população — não para selecionar quem pode ou não participar das decisões que afetam a cidade.


 Vicente Pires merece mais. Merece respeito, compromisso e ações concretas.


Gilberto Camargos

terça-feira, 8 de julho de 2025

JORNAL CONVERSA INFORMAL DE JULHO DE 2025

 











segunda-feira, 7 de julho de 2025

DF EM COLAPSO: A CAPITAL DAS FILAS, DOS CONES E DAS PROMESSAS QUE SUMIRAM

 


Desde que o atual governo assumiu o comando do Distrito Federal, em 2019, a sensação é simples: tudo que já funcionava mal conseguiu piorar. O caos, que antes era motivo de preocupação, agora virou paisagem. A gente já nem estranha. Virou parte do cenário — junto com os buracos, os cones e as intermináveis filas.


Saúde? Só no outdoor.


A saúde pública no DF, que já era deficiente, virou um pesadelo institucionalizado. As filas são quilométricas. Quem não morre esperando atendimento, corre o risco de morrer no corredor. As macas, quando existem, são improvisadas. Estrutura? Zero. Solução? Também não. Mas o marketing está impecável.


Educação: gincana ou teste de resistência?


Conseguir vaga na escola pública virou uma espécie de reality show: só os pais mais persistentes chegam até o fim. Quando conseguem, precisam aceitar que seus filhos estudem longe de casa. Só em Vicente Pires, mais de 3 mil crianças cruzam a cidade todos os dias, sacolejando em ônibus sucateados para estudar em Ceilândia ou Taguatinga.


O curioso? O governo poderia ter resolvido isso faz tempo. Bastava contratar vagas em escolas particulares da região, economizaria cerca de 30% e garantiria qualidade no ensino. Mas parece que preferem investir em diesel para ônibus velhos.


Brasília, a capital dos cones


Brasília virou a capital dos cones. São tantos, que se fossem enfileirados, provavelmente já teriam dado uma volta na Terra ou quem sabe chegado à Lua. Eles estão por toda parte, sinalizando as famosas “inversões de via”: de manhã, caminho livre para o Plano Piloto; à tarde, liberam o retorno para as cidades-satélites.


Isso acontece porque o transporte público nunca deu conta. E em vez de investir ou firmar boas parcerias, o governo continua despejando bilhões por ano no sistema de transporte coletivo que nunca funcionou. Parece que o plano é deixar como está, afinal, sempre cabe mais um cone.


A verdadeira marca: a fila


A fila virou o símbolo oficial do governo. Fila no CRAS. Fila no “Na Hora”. Fila nos hospitais. Fila na UPA. Fila para cirurgia com espera de até 12 anos. Fila para agendar carteira de identidade ou renovar a CNH. Fila no restaurante popular (que acaba quando acaba a comida). Fila para entrar nos ônibus lotados.


E o governo inovou: criou até fila de quem perdeu a casa, esperando agora um viaduto vazio ou quem sabe um bom ponto para morar na rua. Esse governo conseguiu derrubar mais casas de pobres do que todos os governos anteriores juntos. Um triste recorde.


Ah, e tem mais: fila de cones. Porque cone virou símbolo. Cone é sinal de alerta. Cone em fila é praticamente um outdoor ambulante mostrando que você está no governo Ibaneis & Celina Leão.


E se você ousar reclamar, pode ouvir: “Quem é você na fila do pão?”


A fila que nunca para: cargos comissionados


Enquanto a população enfrenta filas para tudo, há uma fila que anda rapidinho: a fila dos cargos comissionados. Para isso, o espaço é ilimitado. Cabe sempre mais um.


O pior pode estar por vir


Se um governo que não funciona já é ruim, imagine um terceiro turno: Celina no comando, Ibaneis no Senado por mais oito anos, e você — distraído — entrando na fila para reelegê-los.


Aí sim, Brasília estará oficialmente entregue. Sem reeleição, sem medo, sem freio. E sem fila? Só se for para tirar foto na propaganda.


Não vos enganeis: Brasília virou a terra das filas, dos cones e das promessas vazias. E quem continua pagando essa conta é você.