quarta-feira, 9 de abril de 2025
quarta-feira, 2 de abril de 2025
Por que Vicente Pires não tem patinetes elétricos?
Eles voltaram!
Quem não lembra dos patinetes elétricos, febre antes da pandemia? Pois é, eles estão de volta, mas não para nós em Vicente Pires! O motivo é simples: mobilidade. No Plano Piloto ou em Águas Claras existem as condições que o DETRAN recomenda para a utilização do patinete elétrico: calçada ou ciclovia. Tanto é que a experiência retornou para esses bairros com 672 patinetes em 2025. Porém, além de Vicente Pires não possuir ciclovia ou ciclofaixa, calçadas estão cada vez mais raras, perdendo espaço para um setor terciário que cresce de forma completamente desregulamentada.
Na primeira gestão de Ibaneis tivemos como administrador o pastor Daniel de Castro. Ele trabalhou como facilitador para a destruição do bairro, fazendo vista grossa ou até completa cegueira para qualquer prédio ou comércio que quisesse acabar com o pouco planejamento das obras de reestruturação dos últimos anos. Estas obras foram pagas com verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal, aprovadas ainda no governo Dilma Roussef e solicitadas pelos moradores através do Orçamento Participativo feito em 2011. Este foi o último ano de orçamento participativo no DF. Voltando ao pastor, ele se elegeu deputado distrital em 2022. Amém irmãos! Contudo, o saldo da gestão dele como administrador regional foi ter deixado a mobilidade de Vicente Pires pior do que a de Sodoma e Gomorra após a ira do Criador.
Avancemos no tempo. Governo Ibaneis II – A Vingança Final. Temos como administrador Gilvando Galdino Fernandes, vulgo Gilvan. Basta olhar as publicações dele e das redes sociais institucionais da administração para ver que Gilvan só tem autorização de publicar algo se antes passar pelo crivo de Daniel de Castro. A viralatisse é tão grande que até na apresentação do perfil do administrador no site da administração ele diz que “teve sua vida pública iniciada em 1998, quando conheceu o Deputado Pr. Daniel de Castro”. Daí já vemos que Gilvan não tem independência sequer para parabenizar a cidade sem citar o ex-titular da pasta. Logo, se na gestão de Daniel de Castro as calçadas foram vistas como inimigas, na gestão de Gilvan continuam a ser perseguidas.
Ah, sim, os patinetes elétricos. Eles não vêm para Vicente Pires porque as calçadas são irregulares, quando existem. Tal fato aumenta a probabilidade de acidentes e a empresa não quer associar sua marca à constantes quedas e judicializações, tudo isso publicado com filtro no Instagram. Se forem andar nas ruas, os patinetes terão que dividir, literalmente, a faixa com os veículos, o que é proibido. Mais uma coisa: como a parte mais próxima ao meio fio é usada para estacionamento, os patinetes seriam ainda mais jogados para o meio da via.
Vejamos então nosso atraso. Os patinetes elétricos chegaram em 2019 à Brasília, sumiram na pandemia e retornaram em 2025. Em pelo menos seis anos o bairro continuou estagnado no tempo, sem oferecer uma estrutura digna à mobilidade de milhares de moradores. Se por um lado não temos mais as enchentes, de outro continuamos “ilhados”. Os patinetes elétricos poderiam ser utilizados para acesso de ruas mais internas como a 4, 6 e 8 à Estrutural ou EPTG, sendo um concorrente direto do Zebrinha.
Aliás: por que é que o Zebrinha não vai pelo menos até a estação Arniqueiras do metrô, efetivando a ideia de integração? Lembre-se disso quando visualizar o próximo vídeo do Gilvan gritando “Vicente Piiiiiires”
Rafael Ayan – Pedagogo,
Assistente Social e Mestre em Educação.
segunda-feira, 17 de março de 2025
Falta de diálogo dos representantes e seguidores de Ibaneis prejudica Vicente Pires
Devido à falta de diálogo do Governo, do Departamento de Estradas e Rodagem - DER e da administração Regional com a população, a Associação de Moradores de Vicente Pires – AMOVIPE, apoiada pelos moradores, promoverá mais uma Ação Civil Pública contra o ineficiente Viaduto Israel Pinheiro.
Essa decisão foi tomada após milhares de manifestações nas redes sociais, com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para os problemas causados aos moradores da cidade, com o fechamento diário do viaduto que dá acesso a Vicente Pires, além de outras reivindicações para a mobilidade.
Sem a atenção merecida, a população se revoltou e esperava que, com isso, o governo despertasse e negociasse imediatamente. Não aconteceu até então, por isso a ação judicial se fazia e se faz necessária.
Por incrível que pareça, a impressão que temos é que as coisas que conseguimos para Vicente Pires, depois de muita negociação com autoridades, não são executadas porque a Administração Regional e o deputado que diz nos representar não se interessam em desenvolver projetos que não foram conseguidos por eles e sim pela AMOVIPE. Daí, por motivos políticos, que se dane o interesse dos moradores.
Vicente Pires não aguenta mais o fechamento do viaduto Israel Pinheiro todas as tardes. Isso é feito para beneficiar os moradores de Águas Claras que causam o maior transtorno usando o viaduto como via de acesso para a Estrutural, utilizando a Rua 03 de Vicente Pires.
Quem precisa entrar em Vicente Pires vindo de Taguatinga e Park Way, tem que ir até o viaduto do Guará e engrossar o engarrafamento no horário de pico para quem retorna do Plano Piloto.
Para mostrar que o governo e seus representantes na cidade não têm diálogo e, quando dizem ter, vê-se que seu objetivo é somente o de enganar a população e ganhar tempo. Isso porque já foram garantidos disposição de vários parlamentares, inclusive federais, de liberar milhões de reais para resolver o problema, iniciando obra da alça viária imediatamente, mas nada aconteceu, só conversas.
Obras no viaduto trariam qualidade de vida aos moradores da cidade, amenizando o fechamento do Viaduto Israel Pinheiro que tanto nos incomoda, porém, mesmo tendo um deputado usando as duas cidades para empregar seus cabos eleitorais, ele nada faz acerca desse problema. E detalhe, o problema o atinge também, porque mora em Vicente Pires, porque em algum momento usa o Viaduto.
A AMOVIPE apresentou a solução há muito tempo, que consiste na construção de uma alça para quem vem na pista principal da EPTG, passando por cima do viaduto Israel Pinheiro, próximo à entrada paralela à Rua 04. Ali, seria construído um recuo com pista de desaceleração, contendo um muro de concreto, um retorno ocupando uma das pistas da via lindeira à EPTG, com mão inglesa até o viaduto. E esta obra ficaria semelhante àquela que foi construída no Viaduto de Águas Claras.
Também teria uma alça viária saindo da altura do Big Box e terminando na Via EPVP, passando por cima do viaduto.
Complementando o projeto, seria feito um corte lateral na Rua 03, esquina com a EPTG, até à entrada do Ultrabox pela Rua 03. Quem viesse pela EPTG teria acesso livre nessa faixa, que estaria demarcada com tartarugas de sinalização na via principal, para que, quem viesse do viaduto pudesse entrar.
Para completar, seria concluída a abertura da Rua 03A que fica logo após a Transplantas, ligando a EPTG à Rua 04, surgindo uma nova via de acesso que beneficiaria a todos.
Ficaria a cargo da AMOVIPE, demais lideranças e Administração Regional, tentarem negociar o espaço da Chácara onde a rua precisaria passar, porém, o asfaltamento dessa nova via seria garantido pelo DER.
Mesmo sabendo do projeto, o governo, o deputado e a administração se calaram desde que apresentamos o projeto. Daí, depois de inúmeras tentativas infrutíferas de diálogo os moradores não veem alternativas a não ser buscar a justiça.
Não dá mais para aguentar um governo que não tem diálogo e ainda engana. Precisamos de um novo representante, um novo administrador, e uma equipe competente, pois mesmo tendo à disposição todo o poder do deputado, que o indicou, nosso administrador não passa de um fala mansa que decorou um texto para promover seu empregador.
Conclui-se que essas pessoas não têm o objetivo de ajudar a cidade, mas de manter servidores nomeados na Administração. Me parece também que há uma estratégia montada, de tirar o foco com desculpas de falta de união, para que o governo tenha motivo para não atender às demandas e manter a cidade no abandono.
Tristemente, a AMOVIPE e os moradores têm muitas dificuldades para conseguir melhorias e tirar a cidade do abandono, porque as picuinhas políticas é que prevalecem. Porque nossos projetos são feitos pensando na qualidade de vida do cidadão Vicentepirense, para que todos tenham orgulho de nossa cidade.
As propostas da Associação são sempre rechaçadas, mas a AMOVIPE e os moradores não vão desistir e, com trabalho duro, mostraremos que é possível avançar em novas conquistas.
O caminho não será simples, nós sabemos, porque aconteceram várias reuniões com o Departamento de Estradas e Rodagem - DER no governo passado e algumas nesse, sem resultados. Nos restou a justiça e só assim conseguiremos reverter a situação.
Mas, mesmo judicializando, não abandonaremos o diálogo e a negociação com a Administração, com o deputado e outros órgãos do governo, se ainda desejarem negociar. Porque o que nos interessa sempre é o resultado em prol da população, independentemente de qualquer picuinha política.
Por Gilberto Camargos