domingo, 23 de agosto de 2015

Moradores de Vicente Pires acusam agentes públicos de receberem propina e têm casas derrubadas

Mãe e filha saindo do condomínio com o que conseguiram carregar após a casa ser derrubada, sem sonho, sem rumo..., levando apenas a tristeza no coração e lagrimas nos olhos.
Rodrigo Rollemberg transformando o sonho de uma vida em pesadelo... Jamais vamos esquecer...


Abaixo o vídeo que mostra os fiscais da Agefis sendo acusado de receber propina...


O Terror na Chácara 200 de Vicente Pires começou no dia 14 de julho. Uma operação de derrubada deixou os ânimos acirrados entre moradores e agentes da Secretaria da Ordem Pública e Social (SEOPS) e da Agência de Fiscalização (AGEFIS). Um cadeirante que se colocou em frente à própria casa, para impedir a derrubada, chegou a ser agredido com socos. A ação pode ser vista em vídeos que circulam na Internet. Uma casa foi derrubada na ocasião.

À época moradores afirmavam que o motivo da investida dos fiscais era por causa de dinheiro, conforme falas do vídeo. "Cadê o dinheiro que vocês pegaram adiantado? Isso aqui foi pago, tem testemunha, todos os moradores pagaram". "Aí não saiu mais dinheiro vão derrubar", indignaram-se.

CHÁCARA 200 VAI AO CHÃO - Menos de um mês depois, no dia 4 de agosto a chácara 200 foi alvo de um verdadeiro massacre, feito com a aprovação covarde do governador Rodrigo Rollemberg e executado pelas mãos de ferro de Bruna Pinheiro, diretora da AGEFIS, com um aparato policial digno de uma guerra e ampla cobertura da imprensa.  Os moradores tentaram reagir, mas diante da força opressora do Estado, foram humilhados e assistiam em pânico suas casas irem ao chão. Tratores avançavam sobre casas habitadas, a Constituição Federal foi rasgada, quando agentes públicos de forma truculenta invadiam os domicílios e retiravam seus moradores à força. Foram três dias de massacre, no condomínio restaram oito casas de pé por força de liminar. Ainda assim, o governo arrancou-lhes a água e a energia, destruindo os postes e levando todo o cabeamento, além de danificarem  o asfalto.

NOVAS DEMOLIÇÕES - Durante os três dias de pânico o presidente da Associação de Moradores de Vicente Pires -  AMOVIPE, Gilberto Camargos, buscou diálogo com o governo de todas as formas. Organizou manifestações, fechou vias como a Estrutural e a EPTG na intenção de por fim ao desespero daquelas famílias. No entanto a conversa com o governo acirrou ainda mais os ânimos, além de não retroceder, o governo anunciou derrubadas em outras 80 chácaras e demolição de todos os imóveis construídos depois de julho de 2014.

As casas que foram derrubadas, na chácara 200 de Vicente Pires, eram tão recente quanto suntuosos prédios que crescem por toda a cidade, mostrando o quanto ineficiente é a fiscalização da AGEFIS, que já pensa em licitar uma empresa de demolições para por inúmeros empreendimentos ao chão. Terrorismo? Propina? Só o tempo poderá dar essa resposta.


Em um governo, eleito com a proposta de uma nova política, havia a expectativa de que as velhas práticas fossem substituídas pela seriedade da regularização. Uma cidade consolidada, com Administração própria, Posto de Saúde, Escola pública, Delegacia e Agência do BRB precisa sair da ilegalidade. Os critérios precisam se estabelecer a partir deste governo, sem privilégios ou injustiças, ou o governo passa ser visto como a continuação das quadrilhas que já saquearam o DF, onde interesses escusos ditam a regra do que pode ou não ser feito.

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