SE O GOVERNADOR NÃO VOLTAR ATRÁS, MAIS DE 500 CASAS SERÃO DEMOLIDAS A PARTIR DA PRÓXIMA SEMANA EM VICENTE PIRES, 26 DE SETEMBRO E NO ALTIPLANO LESTE
O governador Rodrigo Rollemberg não se comoveu nenhum pouco com o drama das 25 famílias que tiveram suas casas derrubadas pelos tratores da Agefis na Chácara 200 de Vicente Pires. Os apelos feitos por uma comissão de moradores de Vicente Pires e do Jardim Botânico recebida nesta sexta-feira 14, no Buriti, não surtiram efeitos. O governador se mostrou irredutível chegando a bater boca com o povo. Deixou claro quem é que manda em Bruna da Agefis. O tom arrogante do chefe do Executivo é sinal de que as derrubadas irão prosseguir a partir da próxima semana.
Oito deputados distritais participaram da reunião e reforçaram o pedido em nome da população para que Rollemberg cessasse as derrubadas programadas pela Agencia de Fiscalização, programada para a próxima semana. Rollemberg apenas afirmou que irá refletir, mas não garantiu intervir nas ações comandadas por Bruna Pinheiro, presidente da Agefis.
A partir dessa segunda-feira a população de Vicente Pires vai continuar amanhecendo o dia sobressaltada e sob terror do Estado, já que a agenda de derrubadas do governo socialista vai continuar de pé para erradicar construções em 80 chácaras e na comunidade 26 de Setembro.
Na programação constam, ainda, derrubadas de casas em condomínios do Altiplano Leste e São Bartolomeu na região do Jardim Botânico.
O governador se apega a uma fotografia tirada por satélite do Google Earth datada do dia 20 de junho do ano passado quando o governo Agnelo descobriu que poderia extrair muitas “vantagens” com o seu programa de Parceria Publico Privado, legado absorvido pelo atual governo.
O problema é que, no conturbado mapa fundiário do Distrito Federal, o GDF não sabe, até hoje, definir com precisão o que são terras públicas ou terras particulares por não possuir um sistema de controle geométrico da configuração das propriedades sobre seu território. Centenas de ações judiciais são reclamadas por particulares que tem suas terras turbadas pela Terracap.
No caso de Vicente Pires a os moradores vivem amedrontados de passar pelo mesmo drama das 25 famílias da chácara 200 que de uma ora para outra viram suas casas serem transformadas em pó e em um monte de ferros retorcidos pelas lâminas dos tratores em operações comandadas pela Agefis há dez dias passados.
A apavorada população de Vicente Pires, nos últimos dias, tem corrido para dentro da Câmara Legislativa para exigir que os deputados saiam em defesa dos moradores ameaçados de perderem suas casas.
Rollemberg só recebeu nesta sexta-feira a comissão de moradores, apenas para cumprir um acordo feito, um dia antes, com os distritais que ameaçaram a trancar a pauta de votação de projetos de interesses do Executivo, caso o governo continuasse a ignorar o grave conflito social que envolve a população de Vicente Pires e o Governo de Brasília.
A presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PDT), Raimundo Ribeiro (PSDB), Wasny de Roure (PT) e Rodrigo Delmasso (PEN) defenderam a criação de uma comissão integrada por deputados, setores do GDF e dos segmentos da sociedade civil em busca de uma solução menos traumática para quem adquiriu um lote de boa-fé e construiu a sua casa em Vivente Pires e no Jardim Botânico.
A proposta contou com a concordância dos deputados Reginaldo Veras (PDT), Bispo Renato (PR) e pelo líder do governo Julio Cesar, presentes a reunião. Mas o governador se mostrou irredutível. Alegou que o seu governo é da legalidade, que não irá interferir nas operações da Agefis. Apenas fez promessas de analizar o caso. Foi um balde de água fria para que acreditava que ia dormir em paz e sem o ronco dos tratores.
Fonte: Radar dos Condomínios
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