O ano de 2016 se foi! Chegou ao fim um ano marcado por uma
crise moral, marcado pela saída do povo nas ruas para se manifestar sua
insatisfação com os governos. E é interessante e até engraçado como o suposto
término de um período promove mudanças em nossas vidas. A cada dia 31 de
dezembro, fazemos promessas disso e daquilo, decidimos o que será e o que não
será mais feito e escolhemos o que queremos e não queremos mais a partir dali.
E muito do que planejamos, fica apenas nas promessas.
Nesse ano de ano de 2017, teremos muitas escolhas a fazer, será um ano diferente, um ano onde nossas emoções serão tocadas por acontecimentos importantes como a morte do Presidente Temer e do Governador Rodrigo Rollemberg e quem sabe da Bruna Pinheiro. Isso sem falar que o Lula será preso e com ele 90% dos deputados e senadores...
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No início do ano é normal que façamos promessas. Mas durante todo este ano de
2017, ouviremos milhares de promessas e como as promessas de mudanças em nossa
vida, a maioria das promessas que ouviremos não irão se concretizar.
Em 2016 saímos às ruas e prometemos que iríamos mudar nossas vidas,
mudando aqueles que só prometem, mas nada fazem. Prometemos fazer mudanças como
as que fazemos no clima emocional do início de um novo ano. Mas, quais são as
mudanças que exigimos em nossas manifestações populares e realmente se
materializaram?
Na verdade somos tomados por um suposto poder, um suposto controle de
nossas vidas que realmente não temos. A vida é imprevisível e por mais projetos
que traçamos, nunca sabemos ao certo se eles serão concretizados, pois há
vários fatores que interferem neste processo e um deles é quando temos que
contar com a anuência do outro. E se este outro for o governo então mesmo é que
a incerteza de concretização é forte. Muito se diz nesta época, mas a única
coisa certa nessa vida é a morte. Mas claro, a intenção de tentar sempre é
nobre. Lutar sempre, desistir jamais!
Não acontecer às mudanças que planejamos para nossa vida, pode não trazer
malefício e complicações futuras para nós e para outros, mas deixar de fazer as
mudanças no quadro político brasileiro por acreditar nas promessas do ano pré
eleitoral, isso trará com certeza mais quatro anos de azar e de desgraças para
nós e para toda a população.
Não vejo a virada do ano como o fim ou o começo de algo. É claro que
fomos educados em nossa cultura a comemorar uma nova etapa, mas devemos manter
a consciência de que o dia seguinte, o dia primeiro de janeiro, não será
diferente do dia 25 de outubro, ou do dia 16 de março, ou de 23 de abril, a não
ser pelo fato de ser um feriado como outros tantos feriados. Porém, tentar
fazer as mudanças que dependerão de você durante o ano, isso é diferente e será
diferente por muitos inícios de anos.
Por que deveria ser o começo do ano o início de uma nova etapa da nossa
vida? Por que não fazer esse começo hoje ou dia 08 de agosto? Por que não
tratar como "ano novo" o momento em que nos curamos de uma doença,
nos recuperamos de um acidente, conseguimos um emprego melhor, nos casamos,
perdoamos alguém ou temos um filho? A nossa virada de ano, por exemplo, deve
começar quando estamos conscientes do que é melhor para todos, da diferença que
podemos fazer, mudando a forma de pensar e de agir, sendo cidadãos.
Muitas pessoas esperam o primeiro de janeiro para perdoar alguém.
Outros, para iniciar um novo projeto, para emagrecer, parar de fumar, voltar a
estudar. Milhões esperam mudar hábitos, se tornar pessoas melhores. Outros
milhares esperam o momento apenas para agradecer pelo ano que se foi. E me
pergunto: por que esperar a virada do ano pra tudo isso? Podemos e devemos
fazer isso como exercício diário de consciência.
Devemos olhar o quadro atual e começar as mudanças dentro de nós como
melhores cidadãos que pensa no próximo, que ajuda o outro. Um por todos e todos
por um, essa é a única regra que deve reger nossas vidas. Mas acreditando que
2017 é um ano pre eleitoral para 2018, então lembre-se que as promessas que
começam neste ano não virão de cidadãos interessados no bem estar coletivo, mas
no bem estar pessoal e talvez familiar dos que estão prometendo. Pense bem,
afinal se você chegou a ser eleitor é porque sabe decidir por si próprio, então
não seja como os atuais políticos, faça a diferença.
De qualquer forma, o que importa é sermos éticos. A mudança do dia 31 de
dezembro para primeiro de janeiro será mágica, mas se isso não nos garante que
tudo será diferente, então que façamos nossa parte. Que o primeiro do ano seja
um marco de uma nova era, mas jamais esqueçamos de ser humildes, altruístas, de
perdoar, de adotar atitudes do bem, de sermos mais humanos também nos 364 dias
seguintes.
UM FELIZ E PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!
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