terça-feira, 23 de julho de 2019

GOVERNADOR APOIANDO? - Grilagem de terras públicas: ação entre amigos



Por Mino Pedrosa
Um crime de grilagem em terras públicas do governo do Distrito Federal não está passando despercebido com os sobrenomes de personagens com assento político, advocatício e empresarial. Wigberto Ferreira  Tartuce (vulgo Vigão), já conhecido nas delegacias por agressões físicas as ex-esposas, e sua filha Flávia Veloso Tartuce, são protagonistas da grilagem e dupla venda de terras da TERRACAP- Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal, destinadas a agricultura familiar. São 600.000 m² fracionados em 10 chácaras. Cinco delas Vigão e Flávia admitem em cartório ter vendido para Cleverson Marcel Dias e as outras cinco restantes foram adquiridas pelo empresário Marcelo Perboni.

Acontece que: Perboni afirma ter comprado e pago a Flávia Tartuce pelas dez chácaras. Com isso fica claramente configurado o crime da dupla venda da mesma área para dois compradores distintos o que deixaria Cleverson no prejuízo. Perboni afirma ainda que não existe a menor possibilidade de ele aceitar esse prejuízo. Contudo, entrou como intermediários do negócio fraudulento o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), que mantém fortes laços com o megaempresário Marcelo Perboni, que inclusive bancou a festa de aniversário do governador em sua mansão e Rondinelly de Jesus Cabral (Rony), que segundo o advogado de Cleverson é preposto de Vigão e um dos intermediadores. A conversa de Ibaneis com Vigão foi curta e grossa: aconselhando-o a entregar as 10 chácaras para Perboni que deseja realizar um megaempreendimento no local.
Acontece que nesse imbróglio rocambolesco de grilagem de terras públicas, curiosamente mais uma vez Ibaneis tomou conhecimento de ilegalidades e não tomou as providências cabíveis. Nos bastidores Vigão e Flávia dizem que Ibaneis fará uma mudança de destinação de área permitindo que Marcelo Perboni monte empreendimento agrícola (CEASA). A área localizada no Combinado Agrourbano de Brasília, CAUB I – Riacho Fundo II, foi cedida pela TERRACAP a Sigma Radiodifusão Ltda, condicionada a implantação de projeto para plantio de agricultura familiar.  As ilegalidades começam a partir do não cumprimento dos requisitos exigidos pela TERRACAP e SEAGRI (Secretaria de Agricultura) que destinam apenas uma chácara por família de agricultor.
Vigão e sua filha Flávia Tartuce não levaram em consideração as recomendações contratuais: não cultivaram nada nas terras e construíram a sede da Rádio difusora Atividade. Com isso o Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) em 2015 determinou a retirada da rádio do local. Então, Vigão e Flávia venderam cinco chácaras para Cleverson pelo valor de R$ 4.600.000,00 (quatro milhões e seiscentos mil) a serem pagos em 40 parcelas de R$ 115.000,00 e agora venderam para Perboni toda a área o que inclui a mesma área vendida também para Cleverson.
Flávia Tartuce representante da Sigma Radiodifusão Ltda, além dos crimes de grilagem de terras públicas e dupla venda, comete outro crime, exigindo que Cleverson faça os pagamentos diretamente para seu pai Wigberto Tartuce em dinheiro evitando depósitos nas contas da empresa e ocultando patrimônio. Em 2015 o TRF1 confirmou a condenação do seu pai que deveria ressarcir aos cofres públicos a época em mais de R$ 7 milhões desviados do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Todo o patrimônio de Vigão está sob bloqueio judicial o que faz com que Vigão não ponha mais nada em seu nome e usa sua filha Flávia que é proprietária de nove empresas burlar a justiça. Cleverson, então, efetua os pagamentos de despesas pessoais de Vigão e Flávia como cartões de créditos e pagamento em espécie. O interlocutor de Vigão e Flávia, Antônio Vieira Cabral prometeu a Marcelo Perboni que tudo estaria resolvido e que o governador Ibaneis Rocha ficaria satisfeito com o desfecho.  Vigão disse aos quatro cantos da cidade que estava sendo pressionado por Ibaneis para atender o megaempresário Marcelo Perboni que iria construir um empreendimento milionário capaz de substituir a pioneira CEASA no setor de indústria e abastecimento.
No governo petista de Agnelo Queiroz, Wigberto Tartuce tentou regularizar três chácaras com a ajuda do governador. Porém, a TERRACAP deu um parecer contrário a legalização das terras. Agora, no governo de Ibaneis Rocha, Perboni espera uma canetada do “amigo” para viabilizar o projeto milionário. Confiando na parceria com o governador Perboni já está tocando as obras a todo vapor sem as autorizações legais plantando no local tijolos e vigas de concretos.
Fonte: Quidnovebrasil

7 comentários:

  1. É desse jeito, também, na Fazenda Paranoazinho. Juntou governador e urbanizadora Paranoazinho, para afrontar os moradores.

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  2. Parabéns governador já não basta os precatórios

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  3. Grileiros curtindo a vida com suas fortunas e os moradores lutando nas ruas pelas suas propriedades adquiridas de boa fé. Aqui na região de Sobradinho a UPSA tenta vender aos moradores dos Condomínios aquilo que já foi adquirido na década de 80/90. Incrível é que o ente público assiste tudo de camarote.

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  4. Esse marcelo perboni e um picareta safado vive escondido atraz de seguraca ele me deve e nao paga

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  5. E como está a situação atualizada dessas chácaras? Eu vi que terminaram de construir os galpões e asfaltaram as chácaras.

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  6. A fazenda Paranoazinho, nunca foi de José Cândido, pois nasceu fruto de uma escritura nula pleno jure, fruto da mais escandalosa fraude que enganou a todos, menos a mim, que tenho provas que fulminam de vez tal heresia. Nunca vi tanta gente cega!!!!

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  7. A UPA entrou em uma roubada. Estão enganando aos incautos com uma comédia, tudo forjado por uma quadrilha de grileiros, sob o comando de TMA e Cia!

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