quinta-feira, 30 de julho de 2020

A velha forma de fazer política continua


 

A velha e cruel forma de fazer política

Buscando o próprio bem 

com o mal de alguém.

 

A velha e cruel forma de fazer política onde o eleitor 

é apenas uma moeda de barganha.

 

A velha e cruel forma de fazer política no Brasil não deixa de existir no Distrito Federal, especialmente nos aliados que ocupam cargos no governo Ibaneis.


 

Essa triste forma de fazer política teve o seu inicio quando Cabral e a sua esquadra, em 22 de abril de 1500 chegaram ao litoral sul do atual estado da Bahia, no monte que foi batizado de Monte Pascoal.

 

E quando encontraram os índios, começou então "A velha e cruel forma de fazer política", onde os portugueses começaram a oferecer aos nativos da nossa terra: espelhos, ouro, especiarias portuguesas, em troca da confiança, do afeto daquele povo simples e inocente; chegaram até a oferecer água velha para os índios que, claro, recusaram.


Uma barganha simples, que custaria aos nativos a perda de suas terras, de sua rotina, de sua paz.

 

E hoje, o que há de diferente nisso? Esses fatos históricos lembram a triste realidade de hoje? Não é bastante contemporânea?

 

Política deveria ser o exercício de poder de todos para todos, mas o poder da velha política é o exercício do desprezível. Desprezível é tudo aquilo que não colabora para o enriquecimento do humano, mas para a sua (ainda) maior degradação. Como se fosse possível. Pior é que sempre é. (…) Ah, a grande náusea por esses pequenos poderosos, que ferem e traem e mentem em nome da manutenção de seu ego imensamente medíocre. Porque sem ferir, nem trair, nem mentir tudo cairia por terra num estalar de dedos.

 

Eu faço assim — clack! — e você desmonta. Eu faço assim — clack! — e você desaparece. Mas você não desmonta nem desaparece: você é que manda, essa ilusão de poder te mantém. Só que você não existe, como não existe nem importa esse mundo onde você se julga senhor, O outro lado, o outro papo, o outro nível — esses, meu caro, você nunca vai saber sequer que existem. Essa é a nossa vingança, sem o menor esforço.


Essa forma de fazer política não muda porque é uma mina para os políticos da cruel e velha forma de fazer política, tanto a nível local, estadual e também do Brasil.


Nos intervalos de cada pleito, aqueles que almejam um cargo eletivo usam seus conhecimentos, influências e número de votos para estar no poder; os votos daqueles que buscavam mudanças, agora são moedas valiosas na troca por cargos que levará a mais cargos. É tão sujo e nojento que chega a dar náuseas. Aquele candidato, com muitos votos e não eleito, usa esses votos para influenciar sua conquista; quem está no poder como governo, vice, senadores e deputados, não olham para os eleitores, mas para o número de votos do candidato e, para ter um aliado, arruma um cargo público em algum órgão como secretarias, administrações regionais e outros. Uma vez no cargo, eles não estão preocupados em fazer o que realmente a população precisa, mas na forma como vão se promover.

 

Se não bastasse já estar usando a maquina para seu cargo, uma vez na posse, traz a todos quanto puderem entre seus aliados políticos para também mamarem nas tetas do estado. Assim, o político das antigas usa o dinheiro público para se beneficiar pessoalmente e manter fiéis aqueles que o apoiam eleitoralmente. Isso sem falar que, no exercício do cargo, faz todo tipo de troca visivelmente prejudicial à população, como deixar de lados coisas erradas e até mudar obras em benefício de alguns, tudo em troca de ser visto e ter apoio político.

 

O Distrito Federal vive uma batalha em termos político, social e econômico, onde apenas os interesses pessoais de uma classe da velha política são beneficiados. E é sobre essa guerra suja, onde o eleitor, principalmente os mais simples, são os mais feridos nessa batalha.

 

A velha e cruel forma de fazer política tem como pilares principais a falsa moral, o nome de Deus, o serviço à população de uma forma condicional, como moeda de troca. Políticos que usam a mazela do povo para uma autopromoção, onde na verdade o seu maior desejo é o saque aos cofres públicos, mesmo que seja através de jeitinhos para si e para os aliados, uma mina de ouro chamada governo. Esses, batem no peito dizendo “sou honesto, não roubo, não recebo propina, não sou comprado”; mas existe honestidade em usar o que é público para seus interesses?


Eles têm como rotina diária, se apresentam como trabalhadores incansáveis que estão dia e noite em prol de todos, a falsa modéstia, acompanhada de sua amiga hipocrisia e, claro, com uma soberba disfarçada de empatia, de carisma.

 

Esses, não respeitam a democracia, pois a enxergam como uma ditadura de coronéis, onde a cidade é o seu curral e os eleitores o seu gado, já como dizia um velho amigo: "Se um boi soubesse a força que tem, nunca deixaria um vaqueiro colocar em seu lombo uma sela", e isso é uma grande verdade, se a população entendesse a força que tem, nunca se deixaria enganar por essa classe suja de políticos.


Eles também tem como pilar o ataque a pessoas, seja de qualquer classe, que desejem e estejam lutando por uma cidade melhor. Estão desesperados para desqualificar e tirar a credibilidade de quem luta de verdade. O objetivo é o de humilhar, censurar, constranger e calar. Isso não é de agora, já aconteceu várias vezes antes, por isso a velha política. Eles se aproveitaram do conhecimento e das opiniões para alçar o poder, depois fazer bravatas, dar o tapa e esconder a mão. Apresentam-se com uma nova forma de fazer política, onde o político é um servidor publico, que tem o prazer de servir a população.



Os governos, mesmo os democráticos, não nos oferecem garantias de mudanças profundas no velho estilo de se fazer política (ou seja, de se apropriar da coisa pública, seja o apropriante um agente público ou um agente privado com influência no governo).

Essa velha tradição (de só mudar as abelhas, não a colmeia) já não condiz com o Brasil moderno (que foi para as ruas pedir o fim da corrupção). A forma de liderar nosso país, principalmente no Distrito Federal, em regra, é o que existe de mais arcaico no cenário nacional. Os anos passam e isso teima em não desaparecer.

 

Nas sociedades comunistas (sob naufrágio total), as classes dominantes são formadas pelas burocracias subordinadas a um ditador. Nas sociedades capitalistas (ainda que se trate de um capitalismo peculiar, como é nosso caso) o Estado é a única instituição que catalisa os interesses dos donos do poder (oligarquias governantes mais grupos, setores ou famílias influentes), apresentando-os (magicamente) como interesses de todos (da coletividade).

 

Ter o poder, se apoderar do Estado (por qualquer que seja o meio constitucionalmente previsto), é o sonho diário de todos os que aspiram a exercer o poder político, porque isso permite que os projetos particulares se imponham sobre o resto da nação.

 

Lamentável, querem esconder seus pecados e até usam Deus para ter credibilidade e, assim, vão levando e vivendo a velha e nojenta política. A nós, resta orar, jejuar e esperar o milagre!

2 comentários: