terça-feira, 24 de novembro de 2020

ESPERAMOS A ORGANIZAÇÃO FINAL DA CIDADE EM 2021

Vicente Pires precisará de obras complementares para melhorar a atual urbanização  

  



A Administração Pública precisa, no momento certo, redefinir suas prioridades e reavaliar sua estratégia de ação, quando aquilo que ela planeja não sai a contento.  

Calçadas novas sem acessibilidade, sem continuidade..

Invasões de calçadas e estacionamentos por edifícios

Pessoas com dificuldade de locomoção e pedestres nas ruas..

As obras estão sendo feitas, é verdade, mas em Vicente Pires falta organizar o trânsito, construir estacionamentos, melhorar a acessibilidade das calçadas e fiscalizar quem está transgredindo os conceitos de urbanismo, a troco de especulação e lucro fácil. 

Não teremos uma cidade perfeita porque ela nasceu ao contrário, começando pela ocupação. E este é apenas o início do problema, como veremos adiante no texto. 

Lá nos idos de 2007, começou um movimento popular para salvar a região da degradação ambiental e urbana, provocada por esse grave problema, iniciado na década de 80.  

Os próprios moradores tomaram para si a responsabilidade de organizar a região, com audiências públicas, pagamento de estudos ambientais e projeto de urbanismo. Um papel que deveria ter sido do Estado. 

Foi um belo exemplo de como podemos nos organizar para mudar nosso próprio destino.  

Na sequência, o que se viu foi o esquecimento desses projetos por parte das autoridades públicas, embora eles tenham sido devidamente protocolados nos órgãos responsáveis. Esses documentos não prosperaram no momento certo, o que acarretou o agravamento previsível das ocupações. 

Felizmente, a vigilância das lideranças e de muitos outros cidadãos não parou, para não se perder por completo o esforço empreendido lá atrás. No governo Agnelo (2011/2014), a ARVIPS conseguiu captar os recursos junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para fazer as obras atuais.  

A seguir, a licitação ocorreu em dezembro de 2014, graças a atitude certeira de uma nova associação de moradores (a AMOVIPE, fundada em 2012), diretamente no Tribunal de Contas do DF. A associação conseguiu a liberação do processo licitatório, que estava travado há cerca de 3 meses por lá. 

O Tribunal questionava sobrepreços no custo da licitação e o governo Agnelo, preocupado com a eleição de 2014, deixou de acompanhar o processo, com grave risco de não licitar em tempo de assinar o contrato com o PAC. 

Esse foi o histórico de lutas travado no passado pelas lideranças comunitárias, em prol da atual obra. A partir de 2015, o governo Rollemberg assumiu, assinou o contrato com a Caixa Econômica Federal e começou a execução das obras.  

Mas ele pecou fazendo alterações ruins nos projetos, o que foi seguido pelo governo atual. A justificativa para tais interferências foi que a cidade não parou de crescer e o projeto original não era mais exequível. Em sentido figurado, talvez a melhor decisão seria “quebrar alguns ovos”, para se ter obras mais qualitativas. 


Rua 5 sem duplicação, caos...

Mesmo assim, hoje se vê que a cidade está melhor, não há o que discutir.  A nossa obra foi planejada para contemplar um determinado adensamento populacional e isso não está sendo observado.  Porque no entorno dela, estão nascendo todos os dias dezenas de projeções de prédios, sem garagem e fora das normas. Quando forem ocupados, a cidade ficará intransitável. 

Isso compromete gravemente o projeto urbanístico, o esgotamento sanitário e o trânsito. A Rua 5, principal via coletora das demais, também ficou com largura reduzida. Mais um equívoco. E ainda não temos previsão de construção de estacionamentos públicos. 

O governo precisa revisitar esses projetos urgentemente a partir de 2021, para corrigir tantas imperfeições e lacunas de obra, tornar a cidade funcional e apertar na fiscalização. Somente assim, teremos algo próximo daquilo que prevemos para a região, dadas as circunstâncias de sua ocupação. 

Desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo de vitórias!

Um comentário:

  1. Vejo hoje nascendo de uma hora para outro prédios de esquina q avançam a ponto do notória ta ter q enfiar o carro p ver quem vem.
    Lojinhas sem estrutura levantando apartamentos sem qualquer organização.
    Tem puxadinhos q já tá no asfalto rsrs

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