terça-feira, 6 de agosto de 2013

Presidente Dilma: A queda na popularidade.Postado por Do Cafezinho



Por J. Loival

As manifestações que ocorrem e ainda estão ocorrendo no Brasil provocou um estrago enorme na popularidade dos políticos brasileiros, em especial da Presidente Dilma. O governo, ao que parece está perdido, para tentar dar respostas das ruas tomou decisões no afogadilho e embasado nos marqueteiros. Tentou-se alterar a Carta Magna, voltou atrás, tentou emplacar o plebiscito para mudar o foco das manifestações, também, não deu certo, buscou alterar a formação acadêmica dos médicos, também, não deu certo e teve que voltar atrás, agora tenta alterar uma das leis mais importante desse país – Lei de Responsabilidade Fiscal (101/200). Nesse vai e vêm muitas outras decisões ficaram pelo meio do caminho.

O congresso para tentar se livras desse redemoinho, buscou mostrar serviço, mas ficou somente, também, nas boas intenções. Edita uma lei aqui outra lá, mas nada que represente mudanças efetivas. Agora, mesmo contra a vontade do PT, Dilma e Lula tentar emplacar uma emenda constitucional para reduzir o número fenomenal de Ministérios, de 39, para algo em torno de 20. Quiçá, seja esse a única medida positiva anunciada até agora que vai ao encontro dos anseios dos manifestantes.



A inflação bate na nossa porta, o dólar em alta, os investimentos externos afugentando-se, o sistema elétrico brasileiro dá sinais de que podemos ter racionamento de energia, leiam-se apagões, os juros voltam a subir sistematicamente, os preços do petróleo, embora aquém do esperado pelos acionistas, está com preço elevadíssimo. Diesel, mola mestre no transporte dos produtos brasileiro chega a R$ 2,50, o crescimento, o Pibinho, não deve passar dos dois pontos, o desemprego aumentando, o endividamento do brasileiro na estratosfera, a divida brasileiro em patamares jamais vistos, os investimentos na infraestrutura estancada, enquanto isso o governo gasta bilhões de reais para manter pessoas sem trabalhar – bolsa família – e com o funcionamento da máquina. O único item positivo são as reservas cambias, mas até quando ela vai suportar?

Em que pese à privatização do PSDB, esse grupo que está à quase 11 anos no poder pegou o Brasil em condições de fazer um ótimo trabalho de crescimento econômico, mas não deu importância às visões estratégicas, e resolveu aposta nos programas assistencialista, e abafar os movimentos sociais, inserir no governo os sindicalistas, ou seja, enquadrou os sindicalistas; não havia ninguém para liderar as pessoas para buscar melhores condições de trabalho. Até certo ponto isso estava dando certo, mas eis que surge um movimento independentemente de tudo que até então se viu. O povo saiu das amarras dos sindicatos, políticos, partidos e do poder econômico e foi às ruas. Cada um era seu próprio líder.



Os sindicatos e Centrais Sindicais acostumadas a ficarem nas abas do governo por mais de uma década, também, ficaram atônitas (http://www.loival.com.br/artigos-ler.php?not=4530 ). Tentaram ir às ruas para defender o governo, mas não teve adesão do povo, ficaram só no faz de contas. Não dá mais. Os ditos “representantes” dos trabalhadores naufragaram e perderam a credibilidade. Isso é perigoso, pois os empresários já identificaram isso, e os próximos governantes vão usar isso para destroçar ainda mais os servidores público. Ou seja, os trabalhadores que ficaram séculos desamparados podem inaugurar uma nova fase de isolamento.



Para tentar reverter à impopularidade e tentar salvar a reeleição e assim se manterem no poder, por pelo menos mais quatro anos, o governo pode tomar decisões – tais como ampliar o assistencialismo e quebrar contratos de concessões -, que no futuro vai trazer consequências financeiras e estruturais desastrosas para o brasileiro. Coadunando com isso, e os gastos bilionários com a copa das confederações, e os que estão por vir: Copa do Mundo e Olimpíadas, o nosso futuro não é nada promissor.



O governo parece estar desorientado e não sabe que rumo tomar. Principalmente, agora com as voltas das manchetes sobre o mensalão do PT. Mesmo que haja uma redução de pena, o povo não vai absolver essa redução como atenuação de culpa do PT, pelo contrário, qualquer redução de pena pode acirrar ainda mais os ânimos dos brasileiros. Tirando aqueles que têm ligação direta com o partido dos trabalhadores e com o governo, o povo está irado com esse processo. O que o povo brasileiro espera: é que haja mudança sistemática no processo eleitoral, na tributação deste país e estrutural. Não dá mais para aceitar esse sistema que quem vence é o poder econômico: http://www.loival.com.br/artigos-ler.php?not=4526 .



Aluno que não faz o seu dever de casa não passa de ano, assim é o governo: Governo que não faz o dever de casa leva o país ao calabouço.



Diante de tudo isso, para os políticos e para aqueles que levam vantagem com a eleição de um ou outro partido é saber: O PT ainda tem chances de se manter no poder? Sobre isso escrevemos: http://www.loival.com.br/artigos-ler.php?not=4688 Ou seja, em que pese todo esse cenário caótico que se desenha, é pouco provável que haja grandes mudanças nas cadeiras do Poder. O povo brasileiro ainda é muito dependente do poder econômico. Ganha quem gasta mais. Não há objetividade, nem tampouco uma visão estratégica.



Os jovens os mais prejudicados – bem preparados, mas sem qualificação especificas, sem experiências e sem oportunidades no mercado de trabalho são a nossa esperança para mudar o rumo desse país. Não adianta ter uma graduação e uma pós se não tem emprego para esses jovens. Agora com as redes sociais, ferramenta extraordinária, é possível que esses jovens incorporem a nova realidade e saia das amarras do poder econômicos e dê seu grito de liberdade. Será?

Fonte: Blog do Cafezinho

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