Dezessete anos após sua criação pelo decreto 17.502 em vinte e seis de Setembro
de 1996, a Colônia Agrícola não continua a mesma, ou seja, está pior que quando
foi criada.
Na época da criação e assentamento dos moradores era melhor, pois havia
esperança de melhoria e nenhuma perseguição e especulação pelos terrenos.
Afinal, aquela terra não tinha tanto valor.
Mas a paz e a expectativa durou pouco. Dois anos depois a área de assentados
entrou para uma novela chamada FLONA. Sem levar em conta a importância dos
produtores, sem imaginar que eram seres humanos com sentimentos e dificuldades,
o governo simplesmente repassou para a União a área que contava com 134
famílias produzindo seu sustento e ajudando a manter o abastecimento do
Distrito Federal.
A partir de 1999 começou a falta de
motivação dos produtores assentados, pois começaram também as perseguições para
aqueles que eram trabalhadores honestos. Os órgãos federais e distritais
envolvidos na questão ao invés de resolver o problema criado por eles, passaram
a tratar os produtores como bandidos.
De lá para cá sempre tinha um aproveitador mentindo e ou enganando, hora em
troca de votos, outras em troca de terras, mas tudo não passava de promessas
mentirosas feitas por aproveitadores.
Com isso quem deveria produzir passou de produtor a grileiro, de homem da roça
honesto a bandido perseguido. Pela falta de planejamento, covardia, má
administração dos governos este povo passou a viver sem as condições mínimas de
sobrevivência: sem água potável, energia elétrica e escola para os filhos. E
com a perseguição pelo IBAMA e depois pela Fundação Chico Mendes e vários
outros órgãos de repressão do governo, muitos com medo de perder o que tinha
conseguido venderam as terras, outros perderam para bandidos que com ameaças
expulsaram e invadiram as terras.
Os poucos que resistiram com suas chácaras continuam sofrendo a perseguição
implacável dos órgãos governamentais.
Por culpa única e exclusiva do governo, hoje está consolidado o Setor habitacional
26 de Setembro que conta aproximadamente com 7200 famílias.
Em nenhum momento os governantes quiseram resolver a situação do local, pois
entra governo, sai governo e a situação continua a mesma. Não importa quem
ocupe o poder, o povo continua sendo enganado. Candidatos ao governo e a
câmara, em época de eleições, chegam e prometem, garantem mudanças, mas na
verdade não passam de aproveitadores mentirosos, pois na hora que vencem as
eleições abandonam a 26 de setembro e esquecem suas promessas eleitoreiras.
Nesse governo de Rodrigo Rollemberg a população esperava e espera mudanças
positivas para o local. Mas, mesmo o então Senador prometendo apresentar outra
área para a Flona e regularizar a situação, já nos primeiros dias de seu
governo, a diretora da AGEFIS Bruna Pinheiro, em uma entrevista na CBN deixou
todos de cabelo em pé e em alvoroço.
Mais uma vez a esperança e expectativa de dias melhores neste novo
governo, cai por terra. O pesadelo vivido nos anos anteriores, que se
acentuaram nos quatro anos de governo petista com perseguição implacável do
GDF, SEOPS, AGEFIS, Câmara Legislativa através de vários deputados, fazendo
terrorismo, voltou a reinar. Novamente o povo se sente enganado, pois o
Governador Rodrigo Rollemberg havia prometido que as perseguições iriam acabar
em seu governo, iria reestruturar a AGEFIS e melhorar as condições de vida dos
moradores locais.
Para tentar reverter a situação a AMOVIPE, Associação de Moradores de Vicente
Pires e Região, se reuniu com a diretora da AGEFIS e mostrou que o governo com
suas proibições de deixar máquinas fazerem o mínimo no local, tal como patrolar
as ruas para que os ônibus escolares, bombeiros, ambulância e polícia transite
no local, está deixando milhares de famílias com crianças vivendo abaixo da
linha da pobreza. São milhares de pessoas sem água potável, energia elétrica,
transporte, escola, enfim, sem as condições mínimas de sobrevivência. Diante de
tudo isso, a diretora Bruna mostrou um pouco de sentimento e não irá mais
apreender as máquinas que forem trabalhar no local, porém ela avisou que todos
os invasores com menos de dois anos serão retirados do local.
Apenas em uma segunda reunião marcada com a AMOVIPE e com a administradora
Maria Celeste que Bruna informou que nenhum imóvel habitado seria derrubado e
que não fará nenhuma oposição para a arrumação das vias. Mesmo com essas
palavras os moradores não se sentem seguros, pois ainda não tiveram a garantia
do próprio governador de que cumprirá tudo que prometeu e falou quando ainda era
senador e ou candidato a governador.
Segundo Gilberto Camargos, a AMOVIPE estará presente em todos os momentos e irá
lutar com todos os meios disponíveis para mudar o quadro atual da 26. Ele
espera reverter o quadro vivido no governo passado, que não conseguiu retirar o
assentamento com uso da força, porém foi retirado o pouco de conforto que havia
para se viver com dignidade como, por exemplo, a coleta de lixo, água potável,
energia elétrica, saúde pública, segurança e transporte coletivo. E fazendo assim,
deixou as pessoas que ali habitam a mercê dos bandidos que fazem o que bem
entendem no local.
Para Gilberto Camargos, a situação do assentamento é um quadro irreversível e
se o governo tentar tirar os moradores como anunciado pela Diretora da AGEFIS,
Bruna Pinheiro, a situação poderá ficar como o acontecido em 1997 na então
invasão da Estrutural, pois o povo está unido e disposto a resistir com a
própria vida se necessário for.
Mas com a autorização para patrolar e cascalhar as ruas, a situação de caos poderá
melhorar um pouco, pois os ônibus escolares terão condições de passar sem
quebrar, isso já é uma luz.
Gilberto espera agora que o governo reconheça que o lugar é uma região
consolidada, trate como um ASSENTAMENTO e não uma invasão como chamam a região.
Que reconheça também que a região antes do assentamento não era uma mata com
plantas nativas da região, mas uma plantação de eucaliptos que não são árvores
nativas do Brasil. E se lembrem também que quando a região virou FLONA, não
tinha mais condições para isso, pois quando famílias são assentadas, o fazem
para produzir alimentos para o sustento e para o abastecimento do local em que
vivem. E para produzir é necessário desmatar. Então dois anos depois os
assentados já haviam desmatado nada menos do que 80% da área conforme a lei.
É dever do Estado promover a inclusão social das populações carentes e fazer
com que ninguém viva abaixo da linha da pobreza, porém falta o apoio legal para
estes moradores.
Diante de todo o exposto, os assentados clamam por justiça de verdade e espera
ver cumprido o direito do exercício da cidadania imposta pela Constituição
Federal vigente. Eles esperam que o governo permita pelo menos o básico para a
sobrevivência com dignidade como Segurança, Educação, Transporte, mobilidade
com ruas cascalhadas, energia elétrica e saúde. Eles esperam que se promova a
regularização dos assentados na Colônia Agrícola 26 de Setembro afim de que os
mesmos promovam o fim social da terra, produzindo para a sociedade e vivendo
com a tranqüilidade a que todos têm direito.
Eles aguardam ansiosamente que o atual governo cumpra as
promessas de campanha feitas em relação a eles.
Gilberto Camargos
Temos que manter-nos bem ligado e promover fatos que lembrem o governo que precisamos de mais atenção o 26 de setembro esta abandonado. Vamos nos mobilizar...
ResponderExcluirPoderemos apresentar perante orgãos internacionais principalmente da onu em direitos humanos uma representação contra o governo do distrito federal pelo abandono dessa população. sem o minimo de assistencia governamental. meu email: controlssa@gmail.com.
assina waldemar pelegrino
'é dever de juntarmos forças para criação de linha de ônibus que atenda a comunidade. o assentamento 26 de setembro precisa de mobilidade aos moradores, a linha de ônibus deverá atender os moradores, entrada pela DF097 entra na rua 3 chega na via principal entra na rua 4 pega a rua 6 sai na av. principal segue ate a rua 02 segue ate DF097 e sai DF 001. outra linha devera seguir o itinerário inverso, VAMOS A LUTA MEU POVO. A HORA É AGORA
ResponderExcluir'é dever de juntarmos forças para criação de linha de ônibus que atenda a comunidade. o assentamento 26 de setembro precisa de mobilidade aos moradores, a linha de ônibus deverá atender os moradores, entrada pela DF097 entra na rua 3 chega na via principal entra na rua 4 pega a rua 6 sai na av. principal segue ate a rua 02 segue ate DF097 e sai DF 001. outra linha devera seguir o itinerário inverso, VAMOS A LUTA MEU POVO. A HORA É AGORA
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